sábado, 10 de janeiro de 2009

GRUPO DOS OITO [G8]


Formado pelos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Japão) e a Federação Russa, o Grupo dos oito (G-8) caracteriza-se como um fórum de discussões econômicas, políticas e sociais. As decisões tomadas têm grande influência mundial, conseqüência do peso econômico que o grupo possui. Juntos, esses países detêm mais dê 50% da produção industrial mundial e aproximadamente 4/5 da produção dos países industrializados, gerando em 2001 quase 70% da riqueza do planeta.

Os primeiros passos para a formação do G-8 foram dados em 1975, quando o então presidente francês Giscard d'Estaing buscou reunir os chefes de Estado e de governo dos países mais ricos do planeta, com o propósito de realizar uma reunião informal, sem a participação dos conselheiros que geralmente estão presentes noS encontros entre nações. Assim, eles poderiam discutir questões mundiais em um ambiente descontraído, em que prevaleceria o diálogo franco e aberto. Reunidos no castelo francês Rambouillet, o primeiro encontro contou com a participação de seis países - França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Japão - que discutiram a então crise do petróleo e suas conseqüências.

Com o sucesso do primeiro encontro, ficou acertado que se reuniriam anualmente, fato que ocorreu já no ano seguinte, 1976, quando foi admitido o ingresso do Canadá. Assim, a organização contava com sete países - motivo que a levou a ser chamada de Grupo dos sete (G-7).

Por vários anos o grupo permaneceu composto apenas por esses membros, até que em 1998 foi admitida a entrada da Rússia, passando a se chamar de G-8. A história da Federação Russa nessa organização é interessante. Desde o início dos anos 1990 esse país participava informalmente dos encontros, apenas como, observador, e a sua inclusão deu-se muito mais por motivos estratégicos do que econômicos. A Rússia não é uma das maiores potências econômicas do planeta, tendo passado por graves problemas financeiros nos últimos dez anos. No entanto, o seu grande arsenal atômico a eleva à condição de importante peça da atual geopolítica mundial, fato que sensibilizou os antigos membros a aceitar sua entrada. Porém, essa integração possui alguns limites, pois os russos não participam das reuniões envolvendo os ministros das finanças e dos bancos centrais, que contam apenas com a participação de representantes dos sete iniciais. Recentemente, os países-membros tomaram uma histórica decisão, convidando a Rússia a presidir o grupo em 2006, ano em que também sediará uma reunião de cúpula da organização. Os antigos membros aprovaram essa decisão levando em consideração as expressivas mudanças econômicas e democráticas ocorridas no país nos últimos anos.

Vale lembrar que, geralmente, os encontros do G-8 são marcados por protestos contra a globalização, o neoliberalismo e a crescente desigualdade mundial, pois esse grupo é visto por muitos como o grande criador das bases econômicas e sociais vigentes no mundo atual.
Revista Discutindo Geografia - ed. 5

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