segunda-feira, 16 de maio de 2016

Por que as árvores do Cerrado possuem troncos tortuosos?


 Lucas Baptista



ILUSTRAS: Sabrina Eras

É devido a uma combinação de fatores naturais. A flora do Cerrado possui características biológicas que a protegem da morte em caso de queimadas - fenômeno comum na região devido aos raios. Mas o fogo mata alguns brotos, de modo que os galhos estão sempre crescendo numa direção diferente (veja no infográfico abaixo). Vale lembrar que o Cerrado é um bioma do tipo savana (em que as árvores são espaçadas o suficiente para deixar que a luz solar chegue ao solo e permita o crescimento de grama) exclusivo da América do Sul, predominante principalmente no Centro-Oeste do Brasil. A vegetação, típica de climas secos, se compõe de arbustos e pequenas árvores com troncos tortuosos e casca e folhas grossas.

1) CASCA GROSSA

O súber é um tecido formado por células mortas e que envolve troncos e galhos. Ele é interpretado como uma característica de adaptação ao fogo. Agindo como isolante térmico, o súber impede que as altas temperaturas das labaredas atinjam os tecidos vivos mais internos dos caules

2) TERRA FRACA

O solo é naturalmente rico em alumínio e pobre em nutrientes, o que faz com que a vegetação não cresça muito. Por isso, é comum ver árvores baixas no Cerrado, com entre 2 e 6 m (a não ser nas partes conhecidas como Cerradão, em que há mais disponibilidade de água e nutrientes)

3) DEBAIXO DA TERRA

Raízes e outras estruturas subterrâneas, como tubérculos, são muito bem desenvolvidas nas plantas do Cerrado - em parte para buscar água em lençóis a 20 m abaixo do solo. Com isso, a vegetação pode rebrotar com rapidez após intempéries climáticas, como o fogo, por exemplo


VIDA APÓS AS CHAMAS

Brotos de cima queimam, então o jeito é ir para os lados


1. O fogo, resultante de descargas elétricas naturais, é comum na região. Ele queima a gema (ou broto) apical, uma concentração celular no ápice do caule. Por isso, a árvore deixa de crescer para cima

2. A árvore não morre por causa da casca grossa, do súber e das raízes (veja acima). Com isso, as gemas axilares, que ficam nas laterais do caule, germinam, fazendo com que a árvore cresça para os lados

3. O processo de queimada e morte das gemas é contínuo, de modo que os galhos ganham sequências de curvas e ficam "tortos". Afinal, a cada momento, há uma gema axilar brotando para um lado diferente

PERGUNTA DO LEITOR Cristiano da Silva

CONSULTORIA Renata Carnevale, engenheira florestal / FONTES Livro Ecossistemas, da Enge-Rio, e Manual para Recuperação da Vegetação de Cerrado, da Floresta Estadual e Estação Ecológica de Assis
Revista  Mundo Estranho

Onde já nevou no Brasil?

 Ricardo Manini




Pergunta do leitor - Ruan P. Orlandini,

Bonfim Paulista, SP

Já caiu neve nos estados do Sul e Sudeste (exceto Espírito Santo) e também em cidades do Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste. A neve é formada em nuvens com temperatura interna abaixo de 0oC, e no Brasil inteiro há nuvens assim. No entanto, para ela chegar ao chão, a temperatura do ar entre a nuvem e o solo não pode ser positiva em nenhum ponto. Caso contrário, os flocos de gelo derretem e viram gotas de água. No Sul, a neve é mais frequente. Em 2013, 25 cidades do Rio Grande do Sul registraram o fenômeno. Nevou até em Curitiba (PR) e na grande Florianópolis (SC). O acúmulo de neve por aqui, no entanto, costuma ser pequeno: embora já tenha chegado a mais de 1 m de espessura, raramente ultrapassa 10 cm.

No Sudeste, há registros de neve no Parque Nacional de Itatiaia, entre RJ e MG. Em SP, já caiu neve em Cunha e Campos do Jordão

Casos históricos de neve no país

Vacaria, RS, 1879

Um jornal gaúcho publica que, em 7 de agosto, caiu tanta neve que os bois ficaram apenas com os chifres de fora.

São Joaquim, SC, 1957

Neva por oito horas. A cidade fica coberta por sete dias e a Força Aérea Brasileira precisa ajudar enviando medicamentos.

Caxias do Sul, RS, 1975

Primeira partida de futebol com neve no Brasil. O Juventude vence o Inter de Santa Maria por 2 x 0 num campo esbranquiçado.

Santa Catarina, 2013

Há precipitação de neve em um terço das cidades. No Brasil, não há registros anteriores em área tão ampla.

Fontes Site da Biblioteca Nacional

Consultoria Augusto Pereira Filho, Carlos Morales e Fabio Gonçalves, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, da USP
Revista Mundo Estranho

Qual o melhor país do mundo para trabalhar?



José Eduardo Coutelle


ILUSTRA Maurício Pierro



Separe o passaporte e tente a sorte em outras nações!


1) O melhor país para... CASAR

Para driblar o estresse de organizar um casório, vá para os EUA. Mais especificamente, Las Vegas, onde basta o casal ser maior de idade, apresentar documento com foto e pagar uma taxa de US$ 60. A licença é expedida na hora e alguns locais realizam uma cerimônia para até 18 convidados por apenas US$ 75! Não é à toa que, só no ano passado, houve 80.493 matrimônios lá



2) O melhor país para...PEGAR UM TÁXI

O jornal Daily Mail comparou tarifas de 27 grandes cidades e deu a taça a Buenos Aires, na Argentina. Como a capital tem mais de 38 mil taxistas licenciados,o preço das corridas foi lá para baixo. A média é de US$ 0,30 por quilômetro percorrido. No Rio,o valor ficou em torno de US$ 0,90. A mais cara é Berlim, na Alemanha: US$ 3,5 por quilômetro



3) O melhor país para...FICAR DOENTE

Ninguém quer adoecer numa viagem, mas, se for acontecer, que seja no Reino Unido. O sistema de saúde público é considerado o melhor do mundo, graças à facilidade, qualidade e eficiência dos atendimentos.O orçamento anual passa dos 110 bilhões de libras. Por isso, quase 90% da população opta pelo atendimento público, também concedido a turistas e imigrantes.Todo formado em medicina precisa passar pelo menos dois anos trabalhando na rede pública. E geralmente fica lá: os salários chegam a R$ 22 mil



4) O melhor país para...MORAR

Junte suas coisas e vá para a Dinamarca, cuja população é a mais feliz do mundo, segundo o World Happiness Report 2013. Motivos de tanta alegria: os índices de corrupção, violência e poluição são baixíssimos,o sistema de saúde e educação é eficiente e há várias leis que estimulam a relação familiar, como licença-maternidade de um ano (com quatro meses remunerados para as mães)



5) O melhor país para...SER PRESO

Outra dor de cabeça que ninguém quer. Mas, se rolar na Noruega, nem precisa encanar muito. A pena máxima é de 21 anos atrás das grades (ela raramente é aplicada e você ainda tem chance de sair bem antes, em condicional). Aliás, esqueça "grades". A prisão de segurança máxima, em Halden, dispõe de suítes individuais com banheiro, frigobar e até TV de plasma!



6) O melhor país para...TRABALHAR

Nada se compara à Suíça. O país emprega oficialmente 79% da sua população em idade ativa e 90% recebe salário acima de US$ 4.538 (boa parte, muito acima disso, segundo o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A média de horas trabalhadas é de 1.632 por ano. Ou seja, descontando férias e fins de semana, não chega a oito horas diárias



7) O melhor país para...TRANSAR

Se você acredita que todo pesquisado é honesto em suas respostas, vá para a Grécia ou para a Nigéria. Cerca de 87% dos gregos dizem que praticam orala e rola pelo menos uma vez por semana, a melhor média mundial segundo uma pesquisa da marca de camisinhas Durex. Os nigerianos se dizem campeões da satisfação: 67% aprovam sua vida sexual


8) O melhor país para...VIAJAR

A equipe de VIAGEM TURISMO indica a Cidade do Cabo, na África do Sul - também no topo da lista deste ano (2014) de veículos como The New York Times, The Guardian e Travel Leisure. Conheça algumas das atrações:

Montanha da Mesa:Essa formação plana no topo domina a paisagem, é cercada por um parque nacional e próxima de quase 100 praias. Aventureiros: se joguem!

Ilha Robben:Foi na prisão de segurança máxima dessa ilha que Nelson Mandela ficou preso por 18 anos. Hoje,o local é patrimônio mundial da Unesco

Beta e Oudekraal:Duas das praias mais bonitas do país, isoladas por formações rochosas e árvores, respectivamente. Águas cristalinas e areias sedosas
Revista Mundo Estranho

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Notícias Geografia Hoje


Opep prevê mercado petrolífero em déficit em 2017


O mercado petrolífero pode voltar ao déficit em 2017, devido à redução da produção dos países não membros da Opep

O mercado petrolífero pode voltar ao déficit em 2017, devido à redução de produção dos países não membros da Opep, segundo um relatório desta organização publicado nesta sexta-feira.

"Há sinais convergentes da queda de produção dos países não membros da OPEP que devem provavelmente dar uma guinada no mercado e colocá-lo em déficit em 2017", após uma redução dos investimentos devido aos baixos preços, estimou a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em seu relatório mensal, apresentado em Viena.

Esta queda da produção é resultado da redução de investimentos em vários países nos últimos meses, devido aos baixos preços do petróleo. Nos Estados Unidos, por exemplo, os poços de exploração caíram em mais da metade em um ano.

A OPEP também apontou a queda substancial da produção na Colômbia, no México e no Cazaquistão. No caso destes dois últimos países, a redução de produção "pode seguir em 2017".

Para 2016, no entanto, o cartel de 13 países, que extrai cerca de um terço do petróleo mundial, continua prevendo uma superprodução, já que suas previsões de produção e de consumo mundiais não se modificaram.

Segundo a organização, a demanda média deve se fixar em 94,18 milhões de barris por dia (mbd), contra uma produção dos países não membros da OPEP de 56,4 mbd.

Na prática, isso significa um excedente de cerca de 1 mbd. Os países da OPEP já extraíram 32,44 mbd em abril, depois de terem extraído 32,25 mbd em março, de acordo com o documento.

"De forma geral, a superprodução persiste e a produção continua sendo elevada", insiste a OPEP, embora existam sinais de que "a situação de superabundância persistente da oferta deve se atenuar".

Recuperação de preços

Os preços já aumentaram 40% desde seu mínimo em janeiro, "impulsionados pela perspectiva de uma aceleração da queda da produção americana de petróleo, um dólar fraco, as interrupções de fornecimento e as previsões de uma importante redução da produção fora da OPEP", segundo o relatório.

Apesar dos conflitos internos, a OPEP nega-se há vários meses a reduzir de forma unilateral sua produção, o que significaria ceder partes do mercado. A Arábia Saudita defende, pelo contrário, saturar o mercado para eliminar os países menos competitivos.

De fato, a produção do cartel tende a crescer, especialmente pelo maior peso do Irã depois do levantamento, em janeiro, das sanções internacionais que asfixiavam o país.

Em abril, a república islâmica, que busca alcançar uma produção de 4 mbd, viu sua produção diária subir em quase 200.000 barris, a 3,45 mbd.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Qual foi o maior tsunami da história?


Patricia Hargreaves

A maior onda do mundo da qual se tem notícia aconteceu em 9 de julho de 1958, na baía de Lituya, no Alasca. Tudo começou quando um terremoto enorme (que atingiu entre 7,9 e 8,3 pontos na escala Richter) sacudiu a falha de Fairweather, a 13 km de onde a onda estourou. O sacode, que foi sentido numa área de 400 mil km², fez com que aproximadamente 30 milhões de m³ de terra e pedras fossem lançados no mar. O impacto dessa massa na água levantou um vagalhão de 524 m de altura! Só para ter uma ideia, a maior onda já surfada, pelo havaiano Garrett McNamara em novembro do ano passado, tinha “apenas” 27 m! O tsunami campeão ganharia fácil do Empire State, prédio de 102 andares em Nova York, que tem cerca de 443 m. A sorte é que esse desastre atingiu uma área desabitada, destruindo apenas a vegetação local.
Revista Mundo  Estranho

Qual é a maior favela do mundo?





Gabriela Portilho
É a comunidade de Kibera, em Nairobi, capital do Quênia, com cerca de 2,5 milhões de habitantes. Como em toda favela, as condições de saneamento, habitação e infraestrutura são extremamente precárias. Pela definição da Organização das Nações Unidas (ONU), favela é um conjunto de moradias em que se vive sem um ou mais dos seguintes itens: água potável, instalações sanitárias próprias, segurança e número suficiente de cômodos. A África é o continente com mais gente nessas condições: 61,7% dos habitantes. Em Serra Leoa, recordista mundial, 97% da população urbana vive em barracos. A Rocinha, maior favela do Brasil, é dez vezes menor do que Kibera, com cerca de 250 mil moradores.

Fonte: Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (Un-Habitat)
Revista Mundo Estranho

Geografia e a Arte

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