terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Fiéis do Islã formam a segunda maior religião do planeta

abril, 2003
Fiéis do Islã formam a segunda maior religião do planeta


Fiéis muçulmanos rezam durante dia de descanso

Com cerca de 1,2 bilhão de seguidores, o islamismo, fundado pelo profeta Maomé há 1.400 anos no que hoje é a Arábia Saudita, é a segunda maior religião do mundo em número de fiéis.

O termo "islã" vem do árabe e significa submissão. Uma pessoa se submete à vontade de Deus, conhecido no Islã como Alá, para viver e pensar como Alá deseja.

Islamismo é mais do que um mero conjunto de convicções religiosas. A fé islâmica proporciona um sistema social e legal e estabelece diretrizes para administrar a vida em família.

O islamismo oferece ainda códigos de vestimenta, higiene e ética, lei e ordem, assim como rituais religiosos e devoção a Deus.

Os cinco pilares da fé islâmica:

1- A declaração da fé chamada de shahada: “Confesso que não há outro deus a não ser alá e que Maomé é o profeta de Alá”. Essa frase tem que ser dita pelo muçulmano ao levantar e antes de dormir.

2- O ritual de oração realizado cinco vezes por dia por todos os islâmicos acima de 10 anos. A oração é feita em direção à cidade de Meca, na Arábia Saudita.

Fiel reza em busca de santificação

3- Observar o jejum durante o mês sagrado do Ramadã (tempo especial para oração intensa e auto-exame), que ocorre no nono mês do calendário islâmico.

4- Dar esmolas aos pobres, o equivalente a 2,5% das economias de um ano.

5- Pelo menos uma vez na vida , fazer o hajj, a peregrinação à cidade de Meca (durante o hajj, o islâmico se dedica inteiramente a Alá). Cada peregrinação costuma reunir dois milhões de muçulmanos de todo o mundo em Meca. O alvo da peregrinação é a caaba, construção em forma de cubo na qual se reverencia um meteorito negro que fica no centro da grande mesquita em Meca.

Milhões de islâmicos participam todos os anos do hajj

Ne peregrinação, os islâmicos dão sete voltas ao redor da caaba, que acreditam tenha sido construída por Abraão ou Ibrahim que se tornou um lugar pagão completo de ídolos.

Maomé retirou as imagens do local após a conquista de Meca em 630, e hoje o local é o mais sagrado do mundo islâmico.

Para ir ao hajj, a pessoa tem que ser islâmica, entender o significado espiritual da jornada, estar fisicamente capaz, pagar sua própria viagem e sustentar a família enquanto estiver em Meca.

Islâmicos unidos em uma só comunidade

Quando o Ramadã termina, os muçulmanos celebram o Eid Al Fitr, há troca de presentes, orações, refeições especiais, e os fiéis vestem roupas novas.

Durante o Ramadã, os fiéis se abstêm dos prazeres do corpo desde o amanhecer até o anoitecer.

Não se podem fazer refeições, fumar, mascar chicletes e manter relações sexuais. Os fiéis também devem se abster de maus pensamentos, fazer o bem e exercer o auto-controle.

Xiitas e sunitas

Os países com as maiores populações islâmicas se encontram não no Oriente Médio, onde a religião surgiu, mas em outras partes da Ásia.

Com 170 milhões de muçulmanos, a Indonésia é o maior país islâmico do mundo, seguido do Paquistão (136 milhões), de Bangladesh (105 milhões) e da Índia (103 milhões).

Os lugares considerados mais sagrados pelos muçulmanos são: as cidades de Meca, Medina e Jerusalém, todas localizadas no Oriente Médio.

Há dois grupos de islâmicos: os sunitas que formam 90% de todos os fiéis, e os xiitas, que são a maioria em países como o Irã e o Iraque.

Os islâmicos acreditam que tudo na vida deve ser submetido a Deus. Por isso, muçulmanos têm dificuldade de entender a separação que ocidentais fazem entre a vida religiosa e a vida secular.

Para os muçulmanos, está é uma atitude completamente errada, pois não somente indivíduos, mas as instituições de uma sociedade também devem servir a Alá.
BBC Brasil

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