10 Fevereiro, 2009
A MONUC tem sido bastante criticada por não fazer o suficiente em prol da população.
Na República Democrática do Congo, depois de uma breve visita à localidade de Doruma, na fronteira com o Sudão, o coordenador humanitário das Nações Unidas, John Holmes, reconheceu que as consequências da operação conjunta ugandesa e congolesa contra os homens de Joseph Kony tem sido catastrófica.
Holmes disse que a operação militar ainda não conseguiu por cobro à devastação provocada pelo Exército de Resistência do Senhor.
Desde finais de Dezembro, e só em Doruma, cerca de treze mil pessoas foram obrigadas a fugir dos ataques do grupo rebelde ugandês.
Holmes afirmou que embora a operação para expulsar os rebeldes ainda não tivesse surtido efeito, era preciso dar-lhe continuidade:
..."Queremos garantir que quando as pessoas vão para casa possam ter a certeza que podem ir em segurança e que podem recomeçar a sua vida normal.”
Riscos
Segundo acrescentou “há sempre um risco, ainda não estamos em condições para que tal aconteça em larga escala, embora existam áreas onde um vasto número de pessoas começam a regressar a casa.”
“Isto é positivo e o que todos querem ver a acontecer" concluiu.
Quanto às Nações Unidas, John Holmes disse que vai tentar fazer do pouco que há, o melhor possível.
Queremos garantir que quando as pessoas vão para casa possam ter a certeza que podem ir em segurança e que podem recomeçar a sua vida normal.
O coordenador humanitário das Nações Unidas, John Holmes
Com menos de trezentos soldados da paz sedeados no aeroporto de Dungu, a MONUC, a força da ONU responsável pela protecção e assistência a civis, tem sido bastante criticada por não fazer o suficiente em prol da população.
Mas Holmes afirmou que a MONUC pode fazer mais.
É suposto que as forças ugandesas abandonem o Congo até ao final desta semana mas um porta-voz do exército ugandês em Dungu sugere que vai ser levada a cabo uma avaliação para decidir se devem ou não permanecer mais tempo no país.
Hoje John Holmes tem encontros previstos com o presidente Joseph Kabila, com o chefe da MONUC, Alan Doss e com representantes dos doadores internacionais.
BBC AFRICA
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