domingo, 8 de fevereiro de 2009

O peso e a influência das 12 maiores metrópoles brasileiras

Brasília
Rio de Janeiro
São Paulo

18/11/2008 - Nelson Bacic Olic
Não apenas por sua população (19,5 milhões de habitantes em 2007), mas, sobretudo por sua influência sobre outras cidades e regiões, algumas a mais de 3,5 mil quilômetros de distância, a região metropolitana de São Paulo é a única a receber a denominação de grande metrópole nacional, de acordo com a classificação adotada pelo IBGE. Sua área de influência abrange o Estado de São Paulo, parte do Triângulo Mineiro e do Sul de Minas Gerais e se estende por Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre. Os 1.028 municípios sob influência de São Paulo abrigam cerca de 28% da população brasileira e são responsáveis por aproximadamente 40,6% do PIB do País.

Num segundo nível hierárquico de identificação de redes urbanas, que o IBGE denominou de "metrópole nacional", estão Rio de Janeiro (11,8 milhões de habitantes na área metropolitana e 14,4% do PIB nacional) e Brasília (3,2 milhões de habitantes, 6,9% do PIB).

Os outros nove núcleos urbanos mereceram uma terceira classificação, batizada simplesmente de "metrópole". Dentre eles, há alguns que têm maior peso na geração do PIB nacional do que Brasília, como são os casos de Curitiba (9,9%), Porto Alegre (7,4%) e Belo Horizonte (7,5%). Mas estão com classificação inferior à de Brasília por causa dos critérios que o IBGE utilizou para estabelecer a hierarquia dos grandes centros urbanos.

Entre esses critérios estão, por exemplo, a presença de órgãos públicos, a localização de grandes empresas, a oferta de vagas no ensino superior e serviços de saúde e a existência de emissoras de televisão aberta com programação própria.

Na administração pública, o estudo procurou identificar as relações de subordinação administrativa na área federal. No setor privado, buscou a localização das sedes e das filiais das grandes empresas, para tentar estabelecer a relação de dependência de uma unidade em relação à outra. Neste último aspecto, pode-se constatar a grande concentração do poder econômico das cidades de São Paulo e no Rio de Janeiro. A primeira abriga cerca de 73% das sedes das 500 maiores empresas enquanto a segunda sedia 23% delas.

Do cruzamento dessas informações resultaram em muitas áreas de influência urbana superpostas. Por exemplo, certas regiões de Minas Gerais, como a área conhecida como Zona da Mata Mineira, são influenciadas tanto por Belo Horizonte como pelo Rio de Janeiro.

O estudo identificou também um terceiro nível de núcleos urbanos denominado "capitais regionais", que correspondem a 70 centros que se relacionam com as metrópoles, mas influenciam um número variável de aglomerados urbanos de níveis inferiores. Num nível ainda menor o IBGE apontou a existência de 169 centros sub-regionais, com atividades menos complexas e com área de influência mais reduzida; outras 556 cidades foram consideradas centros de zona, com atuação restrita a alguns poucos municípios vizinhos. Por fim, as demais 4.473 cidades que são sedes de municípios foram consideradas centros locais, cuja atuação não vai além de seus próprios limites municipais.

O peso demográfico* e econômico* das 12 maiores metrópoles brasileiras

Metrópole % da população % do PIB
São Paulo 28,0 40,6
Rio de Janeiro 11,3 14,4
Brasília 2,5 4,3
Manaus 1,9 1,7
Belém 4,2 2,0
Fortaleza 11,2 4,5
Recife 10,3 4,7
Salvador 8,8 4,9
Belo Horizonte 9,1 7,5
Curitiba 8,8 9,9
Porto Alegre 8,3 9,7
Goiânia 3,5 2,8
Fonte: IBGE
*Obs: a soma não perfaz 100% por conta de superposição de áreas de influência das diferentes metrópoles.
texto da revista Pangea Mundo

Um comentário:

Anônimo disse...

Fosse eu mais jovem, me bandaria para longe de qualquer dessas metrópoles.
Mas, já meio antiguinha, não me abraça essa coragem.
A informação é ótima, pois a gente sabe muito pouco do Brasil , a não ser as baixarias, que vendem.
Obrigada.

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