Todos os envolvidos no conflito são acusados de atrocidades contra civis
Os confrontos entre tropas da República Democrática do Congo, vários grupos de milícias e rebeldes liderados pelo general Laurent Nkunda aumentam o risco de uma catástrofe humanitária na região.
Segundo a Organização das Nações Unidas, ONU, cerca de 45 mil pessoas deixaram campos de deslocados no leste do Congo nas últimas semanas, fugindo dos rebeldes que estavam a avançar pela região - que já tem cerca de 1 milhão de deslocados.
As forças rebeldes ameaçam tomar Goma, capital da província de Kivu do Norte e uma das maiores cidades do leste do país.
Os confrontos ganharam força a partir de Agosto, quando um acordo de paz assinado entre o governo e os rebeldes em Janeiro foi suspenso.
A BBC responde a algumas perguntas sobre o que motivou os conflitos e quais as possíveis consequências.
Por que estão a ocorrer novos confrontos?
Não está claro ainda. O general Nkunda diz que luta para proteger a sua etnia, a tutsi, de ataques por parte de rebeldes ruandeses da etnia hutu. Entre esses rebeldes, segundo Nkunda, estariam ruandeses acusados de participar do genocídio ocorrido em Ruanda em 1994, que se auto denominam Frente Democrática de Libertação do Ruanda, FDLR.
No genocído de Ruanda, milícias extremistas hutu e integrantes do Exército ruandês foram acusados de cometer um massacre sistemático de tutsis. Em 100 dias, cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram chacinados.
O governo do Congo já prometeu repetidas vezes impedir que milícias hutus utilizem o seu território, mas até agora não cumpriu a promessa. Observadores referem que o governo congolês apoia igualmente grupos de milícias que actuam na região.
O último prazo para cumprir essa medida expirou no final de Agosto, exatamente quando os cofrontos foram retomados.
No entanto, alguns analistas afirmam que os confrontos poderiam ter outro motivo. O leste do Congo é rico em recursos naturais, como ouro, e a luta poderia ser pelo controle dessas riquezas.
O general Nkunda tem apoios?
O governo do Congo acusa o Ruanda de apoiar o general Nkunda com tropas e artilharia pesada.
O Ruanda nega essas acusações, apesar de ter invadido o Congo duas vezes nos últimos anos.
O presidente de Ruanda, Paul Kagame, é um ex-combatente tutsi, líder da Frente Patriótica do Ruanda, FPR, que participou no derrube do regime responsável pelo genocídio.
O Exército congolês é acusado de colaborar com rebeldes hutus tanto nos confrontos armados como na exploração das minas da região.
Os conflitos já provocaram perto de 1 milhão de deslocados internos
Isso leva alguns analistas a afirmar que seria plausível que o Ruanda estivesse a usar as forças do general Nkunda para pressionar o Congo a cumprir a sua promessa de desarmar as milícias hutus.
O que é que a ONU tem feito em relação ao conflito?
Essa é a pergunta feita por muitos congoleses. A ONU tem uma força de paz de 17 mil soldados no Congo - a maior missão da organização no mundo, a MONUC.
Alguns congoleses acusam a ONU de não fazer nada, e já houve ataques aos escritórios da organização em Goma.
A missão da ONU, porém, enviou helicópteros para ajudar a frear o avanço das forças rebeldes em Goma e pediu reforços para ajudar a pôr fim aos confrontos.
O próprio Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, está agora pessoalmente envolvido nas negociações e nomeou um enviado à região, o antigo presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo.
Qual a situação dos civis?
As agências humanitárias estão extremamente preocupadas com as dezenas de milhares de pessoas que vivem na área dos conflitos.
Todos os lados são acusados de cometer atrocidades contra civis, principalmente violações em massa.
Segundo a Organização das Nações Unidas, ONU, os confrontos violentos dos últimos meses estão a provocar uma catástrofe humanitária para a região que conta agora com cerca de 1 milhão de deslocados.
Os confrontos entre tropas da República Democrática do Congo, vários grupos de milícias e rebeldes liderados pelo general Laurent Nkunda aumentam o risco de uma catástrofe humanitária na região.
Segundo a Organização das Nações Unidas, ONU, cerca de 45 mil pessoas deixaram campos de deslocados no leste do Congo nas últimas semanas, fugindo dos rebeldes que estavam a avançar pela região - que já tem cerca de 1 milhão de deslocados.
As forças rebeldes ameaçam tomar Goma, capital da província de Kivu do Norte e uma das maiores cidades do leste do país.
Os confrontos ganharam força a partir de Agosto, quando um acordo de paz assinado entre o governo e os rebeldes em Janeiro foi suspenso.
A BBC responde a algumas perguntas sobre o que motivou os conflitos e quais as possíveis consequências.
Por que estão a ocorrer novos confrontos?
Não está claro ainda. O general Nkunda diz que luta para proteger a sua etnia, a tutsi, de ataques por parte de rebeldes ruandeses da etnia hutu. Entre esses rebeldes, segundo Nkunda, estariam ruandeses acusados de participar do genocídio ocorrido em Ruanda em 1994, que se auto denominam Frente Democrática de Libertação do Ruanda, FDLR.
No genocído de Ruanda, milícias extremistas hutu e integrantes do Exército ruandês foram acusados de cometer um massacre sistemático de tutsis. Em 100 dias, cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram chacinados.
O governo do Congo já prometeu repetidas vezes impedir que milícias hutus utilizem o seu território, mas até agora não cumpriu a promessa. Observadores referem que o governo congolês apoia igualmente grupos de milícias que actuam na região.
O último prazo para cumprir essa medida expirou no final de Agosto, exatamente quando os cofrontos foram retomados.
No entanto, alguns analistas afirmam que os confrontos poderiam ter outro motivo. O leste do Congo é rico em recursos naturais, como ouro, e a luta poderia ser pelo controle dessas riquezas.
O general Nkunda tem apoios?
O governo do Congo acusa o Ruanda de apoiar o general Nkunda com tropas e artilharia pesada.
O Ruanda nega essas acusações, apesar de ter invadido o Congo duas vezes nos últimos anos.
O presidente de Ruanda, Paul Kagame, é um ex-combatente tutsi, líder da Frente Patriótica do Ruanda, FPR, que participou no derrube do regime responsável pelo genocídio.
O Exército congolês é acusado de colaborar com rebeldes hutus tanto nos confrontos armados como na exploração das minas da região.
Os conflitos já provocaram perto de 1 milhão de deslocados internos
Isso leva alguns analistas a afirmar que seria plausível que o Ruanda estivesse a usar as forças do general Nkunda para pressionar o Congo a cumprir a sua promessa de desarmar as milícias hutus.
O que é que a ONU tem feito em relação ao conflito?
Essa é a pergunta feita por muitos congoleses. A ONU tem uma força de paz de 17 mil soldados no Congo - a maior missão da organização no mundo, a MONUC.
Alguns congoleses acusam a ONU de não fazer nada, e já houve ataques aos escritórios da organização em Goma.
A missão da ONU, porém, enviou helicópteros para ajudar a frear o avanço das forças rebeldes em Goma e pediu reforços para ajudar a pôr fim aos confrontos.
O próprio Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, está agora pessoalmente envolvido nas negociações e nomeou um enviado à região, o antigo presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo.
Qual a situação dos civis?
As agências humanitárias estão extremamente preocupadas com as dezenas de milhares de pessoas que vivem na área dos conflitos.
Todos os lados são acusados de cometer atrocidades contra civis, principalmente violações em massa.
Segundo a Organização das Nações Unidas, ONU, os confrontos violentos dos últimos meses estão a provocar uma catástrofe humanitária para a região que conta agora com cerca de 1 milhão de deslocados.
BBC AFRICA
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