Os 31 mil 'céticos' no aquecimento global
Geraldo Lino
29/mai/08 (Alerta em Rede) - Um dos principais argumentos manipulados pelos perpetradores da fraude do aquecimento global antropogênico é o do assim chamado “consenso científico” que existiria sobre o tema, encarnado nos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. Uma mídia acrítica e, em grande medida, comprometida com o “catastrofismo” – que, afinal de contas, costuma render melhores manchetes -, contribui de forma decisiva para transmitir ao público em geral a falsa idéia de que a ciência já teria de fato concluído pela responsabilidade das atividades humanas no aquecimento atmosférico das últimas décadas. Assim, os poucos cientistas que ainda se oporiam aos cenários alarmistas seriam “céticos” incorrigíveis ou, pior, estariam a serviço de grandes empresas petrolíferas ou carvoeiras, interessadas em evitar as pretendidas limitações aos usos dos combustíveis fósseis.
Tal argumento passa por cima de um fator crucial: a verdadeira ciência não se baseia em qualquer tipo de “consenso”, mas em um compromisso com a busca permanente da verdade. Ao contrário, a história das ciências registra que alguns dos maiores avanços no conhecimento ocorreram quando cientistas engajados naquele compromisso apresentaram descobertas ou conceitos que romperam os “consensos” anteriormente estabelecidos. No próprio caso dos estudos climáticos, entre as décadas de 1940 e 1970, prevalecia o “consenso” de que as temperaturas estavam diminuindo, do que os alarmistas da época se apoderaram para proclamar a iminência de uma nova era glacial, como revelam consultas aos jornais e revistas daquele período.
De qualquer maneira, se o problema são números, os “aquecimentistas” tiveram que provar do próprio remédio, quando o Instituto de Ciência e Medicina da Universidade de Oregon, nos EUA, deu início, em 2001, ao que viria a ser conhecido como a Petição de Oregon. A Petição é um pequeno texto de dois parágrafos dirigido às autoridades governamentais dos EUA, o qual adverte sobre os riscos envolvidos na adoção da agenda “aquecimentista” embutida no Protocolo de Kyoto. A intenção dos organizadores, entre eles o Dr. Frederick Seitz, ex-presidente da Academia Nacional de Ciências, era a de reunir o maior número possível de assinaturas de adesão entre cientistas estadunidenses qualificados de várias disciplinas científicas, para chamar a atenção das autoridades e do público.
Em pouco tempo, a Petição atraiu mais de 18 mil adesões em todo o país, mas, também, a atenção dos ambientalistas, que se empenharam em desacreditá-la inserindo falsos cientistas na listagem, como fez o Greenpeace com o nome da roqueira inglesa Geri Halliwell, da extinta banda feminina Spice Girls.
Agora, porém, o instituto decidiu renovar a iniciativa e, depois de depurar as adesões espúrias, abriu novamente o texto às adesões. O resultado foi inesperado e impressionante: mais de 13 mil novos cientistas se apresentaram para subscrever o documento, elevando o total a mais de 31 mil aderentes (dos quais 9 mil com grau de doutorado). Como seria de se esperar, a chamada grande mídia não tem demonstrado o menor interesse na iniciativa, cuja divulgação tem ficado por conta de artigos isolados e blogs na Internet. A seguir, apresentamos o texto completo do documento, que é sintético, mas contundente:
Nós instamos o governo dos EUA a rejeitar o acordo sobre aquecimento global que foi elaborado em Kyoto, Japão, em dezembro de 1997, e quaisquer outras propostas similares. As propostas limitações aos gases de efeito estufa seriam danosas ao meio ambiente, obstaculizariam o progresso da ciência e da tecnologia e prejudicariam a saúde e o bem-estar da Humanidade.
Não existe qualquer evidência científica convincente de que a liberação de dióxido de carbono, metano ou outros gases de efeito estufa pelos humanos esteja causando ou venha a causar, no futuro previsível, um aquecimento catastrófico da atmosfera da Terra e a desestabilização do clima terrestre. Ademais, existem substanciais evidências científicas de que aumentos nas concentrações de dióxido de carbono atmosférico produzem vários efeitos benéficos para os ambientes naturais vegetais e animais da Terra.
Palavra da ciência.
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