quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
A nova 'ordem mundial' do carbono
A nova 'ordem mundial' do carbono
Nilder Costa
10/fev/08 (AER) – Aos que acreditam ser o fator antropogênico a principal causa do chamado aquecimento global, apesar das crescentes evidências demonstrando tratar-se de uma tese cientificamente fraudulenta, seria recomendável que atentassem para algumas diretrizes que estão sendo desenhadas para usar o ‘carbono’ como elemento formador de uma nova ordem mundial.
Quem explica o esquema é Simon Linnett, graduado executivo do N.M. Rothschild & Sons, ramo inglês da casa bancária historicamente vinculada ao sistema colonial europeu e, particularmente, do ex-Império Britânico.
Em recente artigo publicado no influente jornal inglês Telegraph, Linnett argumenta ser inevitável a criação de um novo organismo internacional – a Agência Mundial de Meio Ambiente – com poderes para regular a comercialização de carbono. [1]
Como banqueiro, Linnett diz-se satisfeito de que o atual sistema de ‘cap-and-trade’ de carbono estar se tornando na metodologia dominante para o controle de CO2. ‘Diferentemente da taxação, ou simples regulação, o ‘cap-and-trade’ oferece um escopo maior para o envolvimento do setor privado (leia-se bancos) e inovação’, diz ele.
Adicionalmente, segundo ele, taxas e regulações só podem ser impostas em nível local ou nacional, enquanto o ‘cap-and-trade pode operar globalmente. ‘E recordem-se que o problema é global’, justifica Linnett.
E enuncia as condicionantes para que o setor privado (banca) possa participar ‘entusiasticamente’ no mercado de comercialização de carbono:
- Longo: o esquema ‘cap-and-trade’ tem que ser vigente por longo prazo
- Forte: o esquema tem que ser o mecanismo dominante para patrocinar ‘mudanças de comportamento’ que precisam estar perfeitamente claras para a população mundial; e
- Legal: o esquema terá que ser imposto por lei
‘Uma implicação chave para a criação de um sistema legal e global de comercialização [de carbono] é a implícita perda de soberania. Os governos têm que estar preparados para permitir alguma subordinação de seus interesses nacionais para essa iniciativa mundial. Contudo, isso não significa um novo sistema de governo acima das nações individuais’, diz Linnett, ‘mas sim uma mudança na maneira em que tratados são acordados e redigidos’.
O recado final de Linnett é curto e direto:
Assim, a comercialização de emissões [de CO2] pode estabelecer uma nova ordem mundial para um planeta sustentável baseado no compartilhamento da capacidade terrestre de absorver as emissões nocivas.
É o ambientalismo a serviço de um ‘governo mundial’ para controlar as atividades econômicas das nações com a devida cobrança de tributos ‘verdes’.
Notas:
[1]Carbon trading must be globally regulated, Telegraph, 31/01/2008
http://www.alerta.inf.br/index.php?news=1263
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