terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Curiosidades 3


Quais são as ilhas brasileiras mais distantes do continente?
São as ilhas do arquipélago de Trindade e Martim Vaz. Localizado no meio do oceano Atlântico, ele fica a 1 167 quilômetros de Vitória, a capital capixaba, e a aproximadamente 2 400 quilômetros do continente africano. De barco, a viagem até lá dura dois dias. O arquipélago é constituído por duas ilhas principais (Trindade e Martim Vaz, como diz o nome) separadas entre si por 49 quilômetros. O arquipélago foi descoberto em 1501 pelo navegador português João da Nova. Durante um curto período (de 1890 a 1896), essas ilhas foram ocupadas por tropas britânicas. Ponto mais oriental do Brasil, Trindade e Martim Vaz formam com Fernando de Noronha, atol das Rocas e São Pedro e São Paulo os quatro arquipélagos oceânicos nacionais – as ilhas oceânicas são aquelas que são as pontas de cadeias de montanhas submarinas que emergiram e não têm nenhuma ligação com o continente, ao contrário das ilhas continentais, que são próximas da costa e estão ligadas a ela pela plataforma continental. “Ao longo dos 8 mil quilômetros
da costa brasileira, existem por volta de mil ilhas marítimas continentais”, afirma Sílvio Barone, coordenador do Instituto Ilhas do Brasil. :-P

TERRA À VISTA!
Distância da ilha mais afastada ao continente equivale ao percurso Rio-Brasília

SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Formado por cinco ilhas maiores e numerosos rochedos, o arquipélago possui uma estação científica com a presença permanente de quatro pesquisadores, que têm que se virar mesmo sem água potável. O consolo é que o lugar é considerado um santuário da vida marinha

FERNANDO DE NORONHA
O mais famoso arquipélago brasileiro é constituído por 21 ilhas e ilhotas, que abrigam algumas das mais bonitas praias brasileiras. Antes de se tornar um paraíso turístico e ecológico, foi sede de uma colônia penal que funcionou entre 1737 e 1942 Fortaleza–São Luís (1 070 km)

TRINDADE E MARTIM VAZ
Como toda ilha oceânica, o arquipélago pertence a uma cadeia de montanhas submarinas do Atlântico. A ilha de Trindade, a maior delas, tem 9,2 km2, possui 12 praias e abriga uma base da Marinha, onde vivem menos de 50 pessoas. Já Martim Vaz é um rochedo desabitado

ATOL DAS ROCAS
Primeira reserva biológica marinha do Brasil, criada em 1979, o atol das Rocas é formado pelas ilhas do Farol e do Cemitério, ambas desabitadas. Lá, a visitação não é permitida, já que é uma área de preservação. Foi descoberto em 1503



É verdade que a massa da Terra está aumentando?
Sim, mas o aumento de massa do planeta não representa uma mudança tão impactante. Ao longo de toda a idade da Terra (algo como 4,5 bilhões de anos) estima- se que ela ganhou um “pneuzinho” em seu diâmetro de apenas 66 cm. Essa “gordura” que aumentou a espessura do plane ta é, em sua maioria, composta de poeira cósmica trazida por meteoritos e demais corpos espaciais que chegaram ao solo terrestre. Comparada com a massa da Terra – quase 6 sextilhões de toneladas –, a massa adicional representada por essa poeira parece bobagem, mas objetivamente o número impressiona: até hoje a Terra “engordou” 675 trilhões de toneladas, o que daria uma média de cerca de 150 milhões de toneladas por ano. Além do peso adicional vindo do espaço, você deve estar se perguntando se o aumento populacional, os carros, as árvores, os prédios e os animais não aumentam a massa do planeta. A resposta é não! A razão para isso é simples: tudo que “nasce” na Terra (desde os seres vivos até qualquer objeto) vem do próprio planeta. “As pessoas crescem e ganham massa graças à proteína total que existe no sistema, que é reciclada pelos organismos decompositores e produtores. Portanto, não há acréscimo de massa nesse caso”, diz o geofísico Eder Molina, da USP. E a prova maior de que realmente a massa da Terra não sofreu alteração em todos esses anos são pa râmet ros físicos, como a posição e a distância da Lua em relação ao planeta, que sempre foi a mesma. :^m



Como o petróleo é extraído do fundo do mar?
por TIAGO JOKURA
O processo de extração de petróleo varia muito, de acordo com a profundidade em que o óleo se encontra. Ele pode estar nas primeiras camadas do solo ou até milhares de metros abaixo do nível do mar. É o caso das megarreservas descobertas na bacia de Santos nos últimos meses. O campo de Tupi, anunciado em outubro do ano passado, pode acrescentar até 8 bilhões de barris de petróleo aos 12 bilhões da nossa reserva atual. Já o campo Pão de Açúcar, descoberto em 2008 e ainda visto como uma incógnita por especialistas, seria, segundo o que se comentou até agora, o terceiro maior campo do mundo, o que colocaria o Brasil entre os maiores produtores do planeta. Mas não será fácil extrair esse óleo todo. Primeiro, porque esses campos estão a 300 quilômetros da costa – o que dificulta o transporte, quando a produção estiver a todo vapor – e, segundo, a razão principal: o ouro negro está encravado entre rochas situadas 7 mil metros abaixo do nível do mar e, o que é pior, sob uma camada de 2 mil metros de sal. A exploração desse tipo de campo não é uma novidade só para o Brasil. Muito dinheiro terá que ser investido para fazer o petróleo da bacia de Santos vir à tona. Entenda por que nas explicações abaixo. B)

PRODUTO INTERNO BRUTO
Com a tecnologia atual, no máximo 30% do petróleo e do gás natural de Tupi serão extraídos

1) Antes de qualquer coisa, é preciso descobrir onde está o petróleo. Para isso, existe a sísmica. Um navio percorre milhares de quilômetros rebocando cilindros com ar comprimido e dispara rajadas de tempos em tempos. É como uma explosão, que gera ondas sonoras que batem no solo e voltam

2) Os hidrofones, rebocados pelo navio, recebem as ondas sonoras e as decodificam, transformando-as em imagens. São representações das camadas do solo. Através delas os especialistas descobrem se há petróleo incrustado entre as rochas e, se houver, onde está. Aí perfuram o poço para tentar chegar ali

3) perfuração começa com a instalação do BOP no poço. É um conjunto de válvulas para controlar a pressão da perfuração e impedir que o óleo vaze. Quando a perfuração termina, o BOP é trocado por uma estrutura parecida com uma árvore de natal, que controla a extração

4) No início da perfuração são usadas brocas largas, com cerca de 20 polegadas (50 cm) de diâmetro. Elas são feitas de aço e, na ponta, têm pedacinhos de diamante, o minério mais duro que existe. Durante a perfuração elas são resfriadas por uma lama especial, que, além de lubrificar, leva pedaços de rocha para a superfície, onde são analisados

5) As perfurações são interrompidas para troca de brocas ou injeção de cimento, que reveste o duto, sustentando as paredes do poço. Isso é feito assim: o cimento desce pelo tubo por onde passa a broca e sobe pelos vãos laterais, formando a parede. Em seguida, uma broca menor continua a perfuração

6) O petróleo de Tupi está em uma camada geológica acumulada antes do sal: o pré-sal. Para chegar lá, o desafio é atravessar a espessa camada de sal pastoso, que se movimenta e pode até tapar os poços. A saída é fazer uma perfuração horizontal. Assim, evita-se furar vários poços verticais para explorar todo o pré-sal, que tem “só” 120 m de espessura

7) Quando se alcança o óleo, um minicanhão é usado para provocar uma explosão entre as rochas. Em seguida, gases ou líquidos são injetados para abrir as fissuras formadas. É por essas fissuras que o petróleo e o gás natural chegam ao poço. A partir daí, eles sobem graças à pressão do reservatório natural

8) Para minimizar a diferença de temperatura entre o petróleo que sobe (63 ºC) e a água do oceano (2 ºC), o tubo flexível que liga o poço até a plataforma de produção tem revestimento térmico e temperatura controlada por fios elétricos e fibra óptica. Tudo isso para evitar que surjam coágulos, capazes de entupir a tubulação

9) Antes de chegar ao continente, o petróleo de Tupi – mais leve e valioso do que o explorado atualmente no Brasil – será processado e armazenado em naviosplataforma. Se a construção de oleodutos ligando essas embarcações ao continente ficar cara demais, é provável que o transporte seja feito com navios mesmo.

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