terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Curiosidades 2


Quanto tempo vai durar o petróleo no mundo?por Gabriela Portilho
A estimativa depende da descoberta de novas reservas, do aumento da produtividade nos poços e da evolução do consumo no mundo. Se tudo ficar como está hoje, o petróleo vai durar mais 40 anos. Para chegar a esse resultado, fomos atrás do total de reservas no mundo - 1,2 trilhão de barris segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Em seguida, dividimos esse valor pela média de produção - 81 milhões de barris por dia. Nos cálculos, consideramos apenas as reservas provadas, sem levar em conta projetos ainda em avaliação, como a reserva brasileira de Tupi. Outro fator que pode dar uma sobrevida ao combustível é a melhora das tecnologias de extração. "Nunca imaginamos tirar petróleo em bacias com mais de 7 mil metros de profundidade. Hoje, isso já é possível", diz o geólogo Chang Kiang, da Unesp.

Pane seca
Veja quando as reservas de óleo de alguns países podem se esgotar
Iraque

ESTIMATIVA DE DURAÇÃO - 158 anos

PRODUÇÃO, EM MILHÕES DE BARRIS POR DIA - 1,9

RESERVAS, EM BILHÕES DE BARRIS - 115

A invasão americana do país provocou uma baixa na produção de petróleo de 1 milhão de barris por dia - cinco vezes a produção diária da Itália! Só para ter uma idéia, em cada barril cabem 159 litros de petróleo. São, portanto, 159 milhões de litros de petróleo a menos, o que daria pra encher cinco "piscinões de Ramos"

Arábia Saudita

ESTIMATIVA DE DURAÇÃO - 67 anos

PRODUÇÃO, EM MILHÕES DE BARRIS POR DIA - 10,8

RESERVAS, EM BILHÕES DE BARRIS - 264,3

De longe, a Arábia possui as maiores reservas do mundo. São 264 bilhões de barris, praticamente o dobro do vice-líder, Irã, que possui "apenas" 137 bilhões. Tudo isso porque a placa de solo sobre a qual a Arábia está continua colidindo com a placa eurasiana. Esse movimento cria dobras no subsolo, gerando vãos onde o óleo se acumula

Rússia

ESTIMATIVA DE DURAÇÃO - 22 anos

PRODUÇÃO, EM MILHÕES DE BARRIS POR DIA - 9,7

RESERVAS, EM BILHÕES DE BARRIS - 79,5

A Rússia é hoje a maior produtora de petróleo cru, porção mais pesada do líquido, de onde são retirados a gasolina e o óleo diesel, por exemplo. Em julho de 2007, a Rússia pediu à ONU que incluísse em seu território 119 km2 do círculo ártico, área disputada por outros sete países que contém em seu subsolo 400 bilhões de barris

Brasil

ESTIMATIVA DE DURAÇÃO - 18 anos

PRODUÇÃO, EM MILHÕES DE BARRIS POR DIA - 1,8

RESERVAS, EM BILHÕES DE BARRIS - 12,2

O campo de Tupi, recém-descoberto na bacia de Santos, vai colocar o Brasil na lista das dez maiores reservas do mundo. Do atual 24º lugar, nosso país vai pular para a oitava ou nona posição. Outro país da América do Sul, a Argentina, tem reservas de apenas 2 bilhões de barris, suficientes para mais oito anos

EUA

ESTIMATIVA DE DURAÇÃO - 7 anos

PRODUÇÃO, EM MILHÕES DE BARRIS POR DIA - 6,8

RESERVAS, EM BILHÕES DE BARRIS - 17,1

Os EUA são os maiores devoradores de petróleo do mundo, consumindo em média 20 milhões de barris por dia, 14 milhões a mais do que a China, segunda colocada. Cada americano gasta em média 8 toneladas de petróleo por ano, média que foi triplicada nos últimos 30 anos! Os combustíveis alternativos ainda são raridade por lá

OBS.: DADOS LEVANDO EM CONTA RESERVAS COMPROVADAS ATÉ 2006, E ATUAL RITMO DE EXTRAÇÃO DE CADA PAÍS



Qual é a maior torcida do mundo?
por Tiago Jokura
O time mais querido do mundo é o Flamengo, do Rio de Janeiro, com mais de 32 milhões de torcedores. E isso só aqui no Brasil - na nossa lista, não consideramos os torcedores multinacionais, como chineses que amam o Manchester United, por exemplo. Em segundo lugar, vêm os torcedores do Chivas, do México, que são mais de 30 milhões no país. Para chegar a esse resultado, fomos atrás de pesquisas recentes de cada um dos 11 melhores campeonatos de futebol do mundo. Como o Brasil é o país mais populoso da lista, deu Mengo. Mesmo considerando outros esportes populares fora daqui, o futebol leva vantagem. Nos Estados Unidos, os fãs de beisebol, basquete e futebol americano se dividem entre vários times de todas as regiões do país, fragmentando as torcidas - o New York Yankees, time de beisebol preferido, tem "só" 17 milhões de torcedores. Já em países populosos como China e Índia, a maioria dos fanáticos prefere clubes europeus ou times pequenos de críquete.

Torcer, torcer, torcer
Para 32,6 milhões de brasileiros, uma vez Flamengo, sempre Flamengo
BRASIL

Flamengo - 32,6 milhões

A força do Flamengo não está só no Rio de Janeiro: é o clube preferido nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O Sudeste tem maioria corintiana e no Sul só dá Grêmio

Pesquisa Datafolha, 2007

MÉXICO

Chivas - 30,8 milhões

De olho nos milhões de mexicanos que vivem nos Estados Unidos, o Chivas fundou uma filial para disputar o campeonato americano, o Chivas USA, em Los Angeles

Pesquisa Grupo Reforma, 2007

ARGENTINA

Boca Juniors - 16,4 milhões

Além de xeneizes, apelido que vem de um dialeto italiano, os fãs são chamados de bosteros. O terreno da Bombonera era uma fábrica de tijolos que usava fezes de animais como matéria-prima

Pesquisa Equis, 2006

ITÁLIA

Juventus - 16,3 milhões

Na temporada 2006/2007, a Juventus disputou a segunda divisão do campeonato e fez a média de público disparar 19% - enquanto a média da primeirona caiu 15%

Pesquisa Instituto Demos-Eurisko, 2007

ESPANHA

Real Madrid - 13,2 milhões

A popularidade do time, clube do século 20 pela Fifa, pode ser explicada em uma visita à sala de troféus: 30 títulos espanhóis, 9 campeonatos europeus e 3 mundiais

Pesquisa Centro de Investi-gaciones Sociológicas, 2007

JAPÃO

Kashima Antlers - 12,3 milhões

O Kashima é o Flamengo do Japão, exceto pelos títulos. O clube também tem Zico como ídolo - o Galinho encerrou a carreira nos Antlers e popularizou o esporte no Japão

Pesquisa Video Research Ltd., 2006

ALEMANHA

Bayern de Munique - 10,5 milhões

Dentre os ilustres torcedores do Bayern - 100 mil deles são sócios do clube - um dos mais fervorosos é o papa Bento 16, nascido na Baviera, estado da Alemanha cuja capital é a cidade de Munique

Pesquisa Sportfive, 2007

FRANÇA

Olympique - 10,2 milhões

Em 1993, o Olympique de Marselha tornou-se o único clube francês campeão europeu, mas o time não fatura um campeonato nacional desde 1992 - maior jejum desta lista

Pesquisa Institut National de la Statistique et des Études Économiques, 2006

HOLANDA

Ajax - 4,3 milhões

O Ajax tem origem em um bairro judeu, mas, mesmo formada por maioria não judaica, a torcida grita "Joden! Joden!" ("judeus", em holandês) e balança bandeiras com a estrela de Davi

Pesquisa TNS-NIPO, 2007

GRÃ-BRETANHA

Manchester United - 4,2 milhões

Na temporada 2006/2007, o Manchester teve a maior média de público do mundo, quase 76 mil torcedores por jogo. Há filas de até quatro anos para comprar ingressos

Pesquisa Roy Morgan International, 2006

PORTUGAL

Benfica - 4,1 milhões

O Benfica entrou para o Guinness em 2006 como clube de futebol com mais associados no mundo - são mais de 160 mil sócios do time de Lisboa, segundo o livro

Pesquisa Liga Portuguesa de Futebol Profissional, 2003


Qual o maior e qual o menor salário mínimo do mundo?
Depende do critério adotado. Se convertermos o salário mínimo para uma moeda referência, como o dólar, o menor seria o de Serra Leoa, na África, que não passa de 60 dólares. Já o maior seria o da Bélgica, que vale cerca de 1 040 dólares. O Brasil pode não ser o último do ranking, mas a comparação com outros países não é nada animadora. "No país, o piso mínimo tem variado entre 60 e 80 dólares nos últimos anos, o que nos deixa à frente apenas de Serra Leoa. Na América Latina, é o pior valor: todos os outros países pagam pelo menos 100 dólares", diz o senador Paulo Paim (PT-RS), um especialista no assunto. Os Estados Unidos, apesar de terem a maior economia do mundo, não lideram o ranking do mínimo, pois lá se pagam cerca de 890 dólares, valor inferior ao piso não só da Bélgica, como também de outros países europeus, como Holanda, França e Irlanda.

Mas é importante frisar que o valor em dólares não é a melhor forma de comparar salários. "O mais indicado é construir uma lista que leve em conta o custo de vida do país, indicando o real poder de compra do salário", afirma o economista Cláudio Salvadori Dedecca, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que a pedido de mundo estranho fez o gráfico comparativo abaixo. De acordo com esse critério, a Bélgica mantém a primeira posição, mas o fim da tabela muda um pouco, com o Brasil, por exemplo, apresentando um salário mínimo com maior poder de compra que o do México. Essas comparações, no entanto, não incluem todos os países do mundo, pois muitos sequer possuem um salário mínimo padrão. A Índia, por exemplo, tem mais de 100 faixas de pagamento diferentes, que variam conforme a idade, o ramo econômico, o tempo de serviço e a qualificação.

Criado no final do século 19, na Austrália e na Nova Zelândia, o salário mínimo foi adotado no Brasil em 1940, no governo de Getúlio Vargas. "Na época, havia 14 salários para diferentes regiões do país. O Rio de Janeiro, capital na época, tinha um piso quase três vezes superior ao do Nordeste. A unificação total só aconteceu em 1984", diz o economista João Sabóia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Poder de compra
Levando em conta o valor e o custo de vida do país, a Bélgica paga melhor
PAÍS - Bélgica

ÍNDICE* - 1,31

PAÍS - Holanda

ÍNDICE* - 1,18

PAÍS - França

ÍNDICE* - 1,09

PAÍS - Estados Unidos

ÍNDICE* - 1,00

PAÍS - Reino Unido

ÍNDICE* - 0,72

PAÍS - Argentina

ÍNDICE* - 0,34

PAÍS - Brasil

ÍNDICE* - 0,19

PAÍS - México

ÍNDICE* - 0,14

PAÍS - Nigéria

ÍNDICE* - 0,12

PAÍS - Quênia

ÍNDICE* - 0,06

* Para efeito comparativo, o poder de compra do mínimo nos Estados Unidos foi escolhido como padrão, equivalendo ao índice 1. Quanto maior o índice neste gráfico, maior é o poder de compra do salário mínimo. A comparação foi feita dentro de um grupo de países pré-selecionados

Fonte: Cláudio Salvadori Dedecca, economista da Unicamp, utilizando dados da Organização Internacional do Trabalho e do Banco Mundial relativos ao ano 2000



Por que todo mundo usava peruca na Europa dos séculos XVII e XVIII?
Não era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda começou com Luís XIV (1638-1715), rei da França. Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície. O resto da nobreza gostou da idéia e o costume pegou. A peruca passou a indicar, então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de status e prestígio. Também era comum espalhar talco ou farinha de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. Mas, por mais elegante que parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas também era nojenta. "Proliferava todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses cabelos postiços", afirma o estilista João Braga, professor de História da Moda das Faculdades Senac, em São Paulo.

Em 1789, com a Revolução Francesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das cabeças com perucas. Símbolo de uma nobreza que se desejava exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua origem, porém, era muito mais velha do que a monarquia francesa. No Egito antigo, homens e mulheres de todas as classes sociais já exibiam adornos de fibra de papiro - na verdade, disfarce para as cabeças raspadas por causa de uma epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de cachos brancos, típicas da nobreza européia, sobrevivem apenas nos tribunais ingleses, onde compõem a indumentária oficial dos juízes.
Revista Mundo Estranho

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