sábado, 20 de novembro de 2010

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Quem lucra com o aquecimento global: as marmotas
Verões mais longos permitem que espécie se reproduza com calma
por Katherine Harmon
Cortesia de Raquel Moncius
Marmota em ação: verões de grandes atividades
Enquanto os ursos polares sofrem com a diminuição dos blocos de gelo, outra criatura peluda não se afeta com a mudança climática. Nas últimas três décadas, as marmotas-de-barriga-amarela (Marmota flaviventris) têm se multiplicado muito mais, graças a verões mais longos, de acordo com um novo estudo.

“Essas marmotas geralmente hibernam durante sete a oito meses por ano, o que torna os meses de verão um tempo muito agitado para elas", diz Arpat Özgül, do Departamento de Ciências Biológicas do Imperial College of London e principal autor do novo estudo. "Elas têm de comer muito, ganhar de peso, engravidar, produzir a prole e prepare-se para hibernar novamente."

Mas, como os verões estão cada vez longos, as marmotas têm tempo de fazer tudo isso com um pouco mais de calma, resultando em mais filhotes. Essa preparação extra (para reprodução) significa que "elas são mais propensas a ter sucesso e sobreviver", disse Özgül, cujos resultados foram publicados on-line no dia 21 julho na revista Nature.

Outras criaturas da floresta não têm se saído tão bem com a mudança climática. Um estudo publicado no início desse ano constatou que as populações do carcaju estão em declínio, provavelmente por causa da diminuição da acumulação de neve.

Preparando-se para futuras mudanças, no entanto, é importante estudar os sucessos e fracassos das espécies que tentam sobreviver às alterações climáticas, afirmou Tim Coulson, também do Imperial College e co-autor do estudo. "Se nós pudermos prever melhor como a mudança climática é susceptível de influenciar o mundo natural, talvez possamos descobrir maneiras de ajudar as espécies a conseguir prosperar em nosso no clima alterado”.
Scientific American Brasil

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