Pesquisadores criam indicadores para melhor avaliar a longevidade da população
Andressa Spata
Os indicadores demográficos usados atualmente para medir a longevidade da população mundial incomodam alguns pesquisadores dessa área. Esses índices refletem o envelhecimento verificado atualmente, mas são incapazes de apontar novos padrões nesse fenômeno. Uma pessoa que atingiu os 60 anos em 2000, por exemplo, embora já seja considerada idosa, tem uma expectativa de vida maior do que alguém que tivesse a mesma idade em 1900. Para contornar discrepâncias como essa, uma equipe de especialistas desenvolveu três novos indicadores para avaliar a longevidade da população.
Os índices foram apresentados em artigo publicado eletronicamente esta semana na revista Nature pela equipe do pesquisador Wolfang Lutz, do Instituto Internacional para a Análise de Sistemas Aplicados (Laxenburg, Áustria). Lutz esclarece que o objetivo dos novos indicadores é capturar de diferentes maneiras a expectativa de vida a partir do momento em que o indivíduo atinge a idade média máxima até sua morte, e não apenas partindo-se do seu nascimento, como acontece ao se utilizar como parâmetro a idade cronológica.
“Esses indicadores projetam algumas novas perspectivas a respeito da forma como o envelhecimento é percebido”, explica ele em entrevista à CH On-line. “Eles acabam também por fornecer outros dados que nos dão uma visão um pouco mais otimista da situação do envelhecimento populacional, conforme o que foi analisado em relação às tendências demográficas mundiais.”
Com base nesses padrões, os pesquisadores consideraram a realidade de 13 grandes regiões no mundo, concluindo que, de modo geral, a velocidade do envelhecimento tem aumentado ao longo das décadas, mas que sua tendência até a metade do século 21 é de redução. Isso ocorrerá devido ao elevado o número de pessoas que já estarão em faixas etárias altas, paralelamente ao declínio das taxas de natalidade. Esses dados diferem dos fornecidos pelos indicadores atuais, para os quais o aumento da longevidade já se tornou uma constante.
Andressa Spata
Os indicadores demográficos usados atualmente para medir a longevidade da população mundial incomodam alguns pesquisadores dessa área. Esses índices refletem o envelhecimento verificado atualmente, mas são incapazes de apontar novos padrões nesse fenômeno. Uma pessoa que atingiu os 60 anos em 2000, por exemplo, embora já seja considerada idosa, tem uma expectativa de vida maior do que alguém que tivesse a mesma idade em 1900. Para contornar discrepâncias como essa, uma equipe de especialistas desenvolveu três novos indicadores para avaliar a longevidade da população.
Os índices foram apresentados em artigo publicado eletronicamente esta semana na revista Nature pela equipe do pesquisador Wolfang Lutz, do Instituto Internacional para a Análise de Sistemas Aplicados (Laxenburg, Áustria). Lutz esclarece que o objetivo dos novos indicadores é capturar de diferentes maneiras a expectativa de vida a partir do momento em que o indivíduo atinge a idade média máxima até sua morte, e não apenas partindo-se do seu nascimento, como acontece ao se utilizar como parâmetro a idade cronológica.
“Esses indicadores projetam algumas novas perspectivas a respeito da forma como o envelhecimento é percebido”, explica ele em entrevista à CH On-line. “Eles acabam também por fornecer outros dados que nos dão uma visão um pouco mais otimista da situação do envelhecimento populacional, conforme o que foi analisado em relação às tendências demográficas mundiais.”
Com base nesses padrões, os pesquisadores consideraram a realidade de 13 grandes regiões no mundo, concluindo que, de modo geral, a velocidade do envelhecimento tem aumentado ao longo das décadas, mas que sua tendência até a metade do século 21 é de redução. Isso ocorrerá devido ao elevado o número de pessoas que já estarão em faixas etárias altas, paralelamente ao declínio das taxas de natalidade. Esses dados diferem dos fornecidos pelos indicadores atuais, para os quais o aumento da longevidade já se tornou uma constante.
As pirâmides etárias são gráficos que ilustram a composição da população por faixa de idade e sexo. Seus índices são estimados a partir da idade cronológica, um dos indicadores tradicionais. Nos exemplos acima, estão as pirâmides do Japão e do Brasil. Na primeira, nota-se o predomínio da população adulta na faixa dos 50 anos e a redução da natalidade, representada pelo estreitamento da base. Já na segunda, prevalecem a população na faixa dos 20 anos e os elevados índices de natalidade (fonte: ONU – clique na imagem para ampliá-la).
Os novos indicadores
O primeiro dos três novos indicadores consiste na proporção da população em grupos de idade cuja expectativa de vida restante é de 15 anos ou menos. Quanto mais pessoas estiverem nesse grupo com a probabilidade de viver 15 anos, em média, maior terá sido a taxa de envelhecimento dessa população.
O segundo índice é a média de envelhecimento futuro, definida como uma estimativa da perspectiva de vida de uma pessoa que, no ano 2000, tenha a mesma expectativa de um indivíduo na média de idade previamente estipulada, no ano levado em consideração.
O último dos novos índices, por fim, é a média de anos de vida restantes para a população. Esse índice considera que a população divide-se em faixas de idade específicas e que, para cada uma delas, há uma determinada expectativa de vida. Assim, são obtidos dados sobre a idade restante de todos os membros da população, de acordo a faixa-etária em que se inclui.
Porém, Lutz não defende a substituição completa dos padrões usados atualmente, pelos propostos em seu trabalho. Na realidade, ele acredita que uma combinação poderá gerar dados mais confiáveis. “As principais instituições sociais, como as leis de aposentadoria, por exemplo, são definidas nos termos dos padrões de envelhecimento tradicionais, mais adequados para o que elas pretendem regulamentar”, pondera. “Por esse motivo, esses padrões usuais sempre terão importância.”
Andressa Spata
Revista Ciência Hoje
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