Imagens do Hubble mostraram mais um corpo celeste orbitando o planeta anão. O novo satélite, batizado de P5, tem entre 10 e 24 km de diâmetro
A foto mostra cinco luas orbitando o planeta anão Plutão
(Foto: NASA/ESA/M. Showalter, SETI Institute)
Imagens capturadas pelo Telescópio Espacial Hubble, da
Nasa, revelaram um corpo celeste que os astrônomos acreditam ser a quinta lua
de Plutão. Batizada de P5, a lua tem forma irregular, com diâmetro que varia de
10 a 24 quilômetros e está orbitando o planeta anão a uma distância aproximada
de 93 mil quilômetros.
Os cientistas estão intrigados com o fato de um astro tão
pequeno ter uma coleção tão complexa de satélites. A Terra, por exemplo, tem
apenas uma lua e um diâmetro cerca de cinco vezes maior que o de Plutão.
A nova descoberta fornece aos astrônomos pistas
adicionais sobre como o sistema do planeta anão se formou e evoluiu. A teoria
mais aceita pela ciência é de que todas as luas são relíquias de uma colisão
entre Plutão e outro grande objeto há bilhões de anos atrás.
Luas de Plutão
A maior lua do planeta anão, Caronte, foi descoberta em 1978 a partir do
Observatório Naval dos Estados Unidos. Em 2006, observações do Hubble
descobriram duas novas pequenas luas, Nix e Hidra. Em 2011, foi a vez de P4,
também a partir de dados do Hubble.
A quinta lua, P5, foi detectada em nove conjuntos
separados de imagens, capturadas pelo telescópio em 26, 27 e 29 de junho e em 7
e 9 de julho. A descoberta reúne cientistas do Instituto Seti (sigla para
“busca por inteligência extraterrestre”), da Universidade Johns Hopkins e do
Southwest Research Institute, todos nos Estados Unidos.
New Horizons
Uma sonda da Nasa, a New Horizons, está a caminho do pequeno planeta e deve
fazer um sobrevôo histórico em 2015. De acordo com os cientistas, a visão
poderosa do Hubble, que culminou na descoberta de P5 e de outras luas, vai
ajudar na navegação da sonda pelo sistema de Plutão, evitando potenciais riscos
de colisão com outras partículas - como o instrumento vai navegar a quase 50
mil km/h, até mesmo pequenas colisões podem destruí-lo.
Revista Època
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