Correntes de ar que cruzam o
Oceano Pacífico e a temperatura das águas no Atlântico norte, influenciadas
pelas geleiras do Pólo Norte, determinam o ciclo das chuvas e secas no Nordeste
do Brasil.
Antônio Carlos Fon
Aracati, nos sertões do Ceará; cantarino na Chapada
do Araripe — divisa de Pernambuco com o Ceará —, porque assovia ao atravessar a
serra: um vento forte, de nordeste para sudoeste, que sopra
pontualmente entre 19 e 21 horas e refresca agradavelmente as noites de
primavera. Mas, para os nordestinos, a mesma brisa benfazeja é o primeiro sinal
de tragédia. Quando sopra nas últimas semanas de dezembro e no mês de janeiro,
é sintoma certo de seca. Seca que será tão mais grave e inevitável
se não chover até 19 de março, dia de São José. Durante séculos, enquanto os
meteorologistas torciam o nariz, essas foram duas das formas de o sertanejo
fazer a previsão do tempo para a temporada das chuvas na região, entre março e abril. Agora, respaldados
pelas observações de satélites meteorológicos e modernos computadores, os
climatologistas dão a mão à palmatória: os sertanejos tinham razão.
O que o sertanejo não sabia é que as secas do Nordeste têm origem em lugares tão
distantes quanto o Sudeste asiático e o círculo polar ártico. O que é compreensível:
os próprios cientistas levaram décadas para entendê-las. São provocadas por
dois intrincados e fascinantes mecanismos gerais de circulação de ventos no
planeta. São fenômenos que se estabeleceram provavelmente há 20 000 anos, no
fim da última grande era glacial. O primeiro e mais importante é composto pelas
áreas de baixa e alta pressão atmosférica no Pacífico equatorial — a pressão atmosférica
não é igual em todo o globo terrestre — conhecido como “célula de Walker”.
Na década de 1920, o inglês Gilbert Walker descobriu
que o padrão meteorológico do Oceano Pacíficoequatorial contém uma área de baixa
pressão atmosférica sobre a Indonésia e o norte da Austrália e uma área de alta
pressão no oceano, próximo à costa da
América do Sul, resultado da lei física de que o ar quente tende a subir e o ar
frio tende a descer. De maio a setembro, as águas quentes do OceanoÍndico e do Mar da China provocam a
ascensão de um vento quente e úmido, criando o que os meteorologistas chamam de
área de baixa pressão. A ascensão desse vento úmido, também chamada de
convecção, leva à formação de nuvens e chuvas, no fenômeno conhecido no Sudeste
asiático como monções. Livre da água, o vento viaja sobre o Pacífico a uma altura de 15 quilômetros em
direção ao leste. Nesse trajeto, o vento se resfria e tende a descer sobre o oceano, próximo à costa oeste da América do Sul,
criando uma área de alta pressão atmosférica.
O ar de cima para baixo impede a formação de nuvens
de chuvas, o que, ao longo de milhares de anos, levou ao surgimento do deserto
do sul do Chile e da região de Lima, no
Peru. Parte dessa coluna de ar retorna em direção à Austrália e à Indonésia,
enquanto uma parcela, novamente aquecida, toma novo movimento ascendente sobre
a Amazônia, provocando chuvas na região, e desce sobre o Nordestebrasileiro, onde recebe os nomes de
aracati ou cantarino, para refrescar as noites de primavera. Mas nem sempre
acontece assim.
Em ciclos de três e sete anos, nos meses de
setembro, outubro e novembro, por motivos que ainda não se consegue determinar
com certeza, uma grande massa de água quente vinda da Austrália avança pelo Pacífico equatorial em direção ao leste
além da Ilha de Taiti, no fenômeno conhecido como El Niño. A água quente cria
nova zona de convecção, deslo-cando as chuvas do meio do OceanoPacífico para a costa oeste da América do
Sul, na altura do Peru, e levando a corrente de ar vinda do Sudeste asiáti-co a
cair diretamente sobre o Nordeste brasileiro, impedindo a formação
de nuvens dechuva.
É quando o suave assovio do cantarino na Chapada do
Araripe nos meses de janeiro a março se torna de mau agouro, anunciando seca para o inverno — os nordestinos chamam
a estação das chuvas naregião de “inverno”,
embora ocorra nos meses de verão-outono oficiais. É chegado, então, o tempo das
novenas, promessas e procissões para São José, cujo dia, 19 de março, é a
última esperança dechuva no sertão.
Afinal, apesar de sua importância, o El Niño não é o único fator determinante
das chuvas no Nordeste.
Ainda assim, as chuvas da terceira semana de março
no Nordeste dependem muito mais de fatores
físicos que de fé. Elas são conseqüência de outro fenômeno meteorológico
conhecido desde o século XVIII e chamado pelos climatologistas de ZCIT — zona
de convergência intertropical, um anel de ar úmido que envolve a Terra próximo
à linha do equador. A ZCIT oscila entre as latitudes de 10° ao norte e 5° ao
sul, a região onde os ventos
alísios dos hemisférios norte e sul se encontram. Esse fenômeno também é
chamado de “célula de Hadley”, devido ao meteorologista inglês George Hadley
(1685-1768) que em 1735 descreveu seu funcionamento. Dependendo da localização,
a zona de convergência intertro-pical pode amenizar ou agravar as secas
provocadas pelo El Niño.
As nuvens de chuva da zona de convergência intertropical
são alimentadas em boa parte pelo sistema de baixa pressão atmosférica da região da Terra Nova, no Canadá, próximo ao
círculo polar ártico. Quando a baixa pressão é mais forte na Terra Nova, o ar
úmido engrossa a ZCIT que se desloca em direção às águas mais quentes próximas
ao equador, acompanhando com um pequeno atraso o movimento do Sol. Assim,
quando o Sol atravessa a linha do equador no equinócio de outono do hemisfério
sul, entre os dias 20 e 21 de março, a zona de convergência intertropical atinge
sua posição mais ao sul, com o seu centro sobre a cidade de Quixadá, a 5° de
latitude sul, no sertão cearense, provocando as chuvas do dia de São José.
Às vezes, porém, a chuva não chega. O movimento da zona de
convergência intertropical depende da tempertatura das águas no oceano, que na região equatorial varia entre 26° e 29°. E
uma variação de 1 a meio grau entre as águas do Atlântico norte e do sul é a diferença
entre um “inverno” chuvoso ou seco. Com as águas do Atlântico norte mais frias, a ZCIT
desloca-se para o sul, trazendo suas nuvens carregadas. Se as águas do Atlântico estiverem mais frias no sul,
entretanto, as chuvas serão despejadas na Amazônia e sobre a Ilha de Marajó.
Para o nordestino será a seca, a fuga da asa-branca,
a terra calcinada e a fome. Sem culpa de São José.
ÁGUA
Um mar de água doce sob a terra seca
Só o Piauí abriga um volume de águas subterrâneas
quatro vezes maior que a Baía de Guanabara. Mas os projetos para aproveitá-las
estão engavetados
Nos últimos vinte anos, o geólogo João Alberto
Bottura, pesquisador da seção de Águas Subterrâneas do Instituto de Pesquisas
Tecnológicas paulista, trabalhou em cerca de vinte projetos de estudos de águas
subterrâneas no Nordeste e um para
extrair água no Deserto do Saara. Mas, enquanto seu trabalho para Muammar
Khadafi está ajudando a transformar o deserto líbio em um pomar, os estudos
feitos no Brasil continuam
dormindo placidamente nos arquivos e pra-teleiras dos vários órgãos públicos
que os encomendaram. “O Nordeste tem pesquisas e conhecimentos
suficientes para otimizar o uso dos recursos hídricos disponíveis”, afirma
Bottura. “O que falta é a decisão política de aproveitá-los.”
A certeza de que não falta água no Nordeste não é nova. Já em 1984, o Projeto
Radam, do Ministério das Minas e Energia, constatava através de sensoreamento
remoto a existência de um potencial de 220 bilhões de metros cúbicos de água
nas áreas mais afetadas pelas secas. Desse total, 85 bilhões de metros cúbicos
estavam na super-fície da terra e 135 bilhões subterrâneas, sendo 15 bilhões em
rochas cristalinas, de difícil perfuração, e 120 bilhões em rochas
sedimentares, mais fáceis de perfurar para alcançar o lençol freático. Somente
no Piauí, afirma o geólogo Aldo da Cunha Rebouças, presidente da Associação
Brasileira de Águas Subterrâneas, o reservatório hídrico sob a terra é superior
em quatro vezes à Baía de Guanabara.
Um exemplo desse potencial é o poço Violeta, no vale
do Rio Gurguéia, no sudoeste do Piauí, o poço de maior vazão da América Latina,
com um jorro de 800 000 litros por hora, à tem-peratura de 60° e altura de 27
metros — equivalente a aproximadamente um edifício de nove andares —,
suficiente para abastecer uma população de l00 000 pessoas. “No entanto, toda
essa água está jorrando em vão, sem ser utilizada para matar a sede das pessoas
ou irrigar plantações”, indigna-se o piauiense José Luiz Albuquerque Filho,
também hidrogeólogo pesquisador, há treze anos no IPT paulista, diante do incrível
desperdício de 70 bilhões de litros de água nos últimos dez anos, desde que o
poço de 1 000 metros de profundidade foi aberto. Isso em plena região do Polígono das Secas. E o desperdício
não pára por aí.
Chove no Polígono uma média de 400 a 700 milímetros
por ano. Sete vezes mais, por exemplo, que na Califórnia, uma das regiões de
agricultura mais desenvolvidas no mundo. A diferença está no gerenciamento
desses recursos. Enquanto na Califórnia cada litro é criteriosamente estocado e
aproveitado, o Nordeste brasileiro
morre de sede enquanto a água se evapora sem uso por falta de redes de
distribuição. Segundo a Funceme — Fundação Cearense de Meteorolgia e Recursos
Hí-dricos, somente o projetado açude Castanhão, com seu espelho de água de 650
quilômetros quadrados, poderá perder anualmente 1 bilhão de litros por
evaporação. Pior ainda é quando se armazena a água apenas para torná-la
inutilizável.
“Os rios do Polígono das Secas arrastam o sal da
terra, depositando-o nas proximidades do oceano”, explica o geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber,
presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e um dos mais
profundos e abrangentes estudiosos do Nordeste e seus problemas. Um erro muito
freqüente na construção dos açudes nordestinos pode, porém, anular essa ação.
“Grande parte dos açudes da região não possuem descarregador de fundo,
uma válvula próxima à base da barragem para liberar os excessos de água”, conta
José Alberto Bottura. Com isso, o sal acaba acumulando-se no fundo dos
reservatórios e, com o tempo, salinizando toda a água. O que pode transformar
em realidade o delírio profético de Antônio Conselheiro no final do século
passado ao afirmar que “o sertão vai virar mar”. Desgraçadamente para os
sertanejos, entretanto, um mar de águas salgadas, inútil para matar sua sede.
Solução
Como conviver com a estiagem
A ciência ensina a administrar a carência de águas.
E arranca colheitas da terra calcinada, plantando na hora certa para não
desperdiçar a umidade
Em 1991, os agricultores cearenses colheram 794 000
toneladas de grãos — arroz, milho, feijão, amendoim, mamona e sorgo —, com uma
perda de 21,6% sobre a colheita de 1 milhão de toneladas de 1988, a melhor já
obtida no Ceará. No entanto, ela foi recebida com entusiasmo pelo governo e
fazendeiros. Significou um aumento de 89% sobre as 420 000 toneladas de 1990 e
foi obtida quando fazia dois anos que o Nordeste enfrentava uma das piores secas do
século. Por trás desse resultado estava o Programa Nordeste, um pequeno e quase desconhecido
projeto do Ministério da Ciência e Tecnologia. Não foi sua única façanha.
Graças às suas informações, o Ceará conseguiu evitar o colapso do abastecimento
de água para 1,7 milhão de habitantes de Fortaleza no ano passado.
Criado em 1991, a partir de experiência bem sucedida
no Ceará, o Sistema de Informações Gerenciais em Tempo, Clima e Recursos Hídricos — SIGTEC, nome
oficial do projeto, reúne cinqüenta cientistas. São dois meteorologistas, dois
especialistas em recursos hídricos e um em Informática com nível mínimo de
mestrado em cada núcleo estadual do Piauí à Bahia e uma diminuta coordenação
sediada no INPE — Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos
Campos, São Paulo. Eles não têm altos salários, não distribuem verbas ou
decidem sobre obras, mas seus boletins diários e mensais são acompanhados
minuciosamente por fazendeiros, prefeitos e governadores de todo o Nordeste.
São boletins de previsão do tempo a curto e médio
prazo — ou seja, a possibilidade de chover em até três dias e a expectativa climatológica
para um período de três meses; disponibilidade de água em rios e reservatórios,
índice de umidade no solo e evaporação. Tudo isso com o sensoreamento da regiãopor satélites e disponíveis a qualquer
momento em cada núcleo, mantidos pelos governos estaduais e interligados por
rede de Informática. “Nosso objetivo é apenas o de gerar informações para o
gerenciamento dos recursos hídricos pelos tomadores de decisão”, explica Fausto
Carlos de Almeida, gerente do projeto. Em outras palavras, evitar mau uso e
desperdício.
Foi assim, por exemplo, que a Funceme — Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, o núcleo do Ceará, criado em 1988
e que inspirou todo o projeto, levou o governo do Estado a organizar o programa
Hora de Plantar, uma adaptação da técnica de administração de recursos just in
time, desenvolvida pela indústria japonesa, para a agricultura no semi-árido.
Ele consiste em monitorar diariamente o nível de umidade do solo e as
possibilidades de chuvas e só distribuir sementes aos agricultores quando as
condições indicarem “risco mínimo” de perdas ocasionadas por períodos de
estiagem em plena estação das chuvas, que no semi-árido chegam a durar até
vinte dias. Com essa estratégia, o Ceará conseguiu salvar 50% de sua safra em
1990, primeiro ano da seca, enquanto os outros
Estados nordestinos amargavam perdas de 85%, e quase dobrar a produção em 1991 quando
os outros Estados do Polígono das Secas se debatiam em meio ao drama provocado
pela estiagem.
Com base no monitoramento do nível dos açudes e
estudos climatológicos, que, a partir datemperatura do Pacífico e do Atlântico previam outro ano de poucas
chuvas para 1993, o governo cearense decidiu construir em noventa dias um canal
ligando o açude de Orós a Fortaleza. O que evitou racionamento de água na
capital do Ceará no ano passado.
A maior proeza do Programa Nordeste, porém, saiu de uma pequena sala do
INPE. Dali, quase soterrado por livros, índices de evaporação, temperatura dos oceanos, direção e
velocidade dos ventos, o meteorologista Carlos Nobre, pesquisador sênior do
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, um dos pilares do Programa Nordeste, anunciou em dezembro do ano passado o
fim daseca em 1994. A distribuição de sementes
baseada nessa previsão levou a economia cearense à contramão da inflação
brasileira: enquanto no resto do país a inflação acumulada nos dois primeiros
meses beirava os 100%, e 1 quilo de feijão que em janeiro custava 1 000
cruzeiros reais no Vale do Jaguaribe, alto sertão cearense, caía para 250
cruzeiros em meados de março. Com uma redução de 75%.
INDÚSTRIA
Quem ganha com o drama de toda a população
Açude do Cedro, um monumento da “indústria da seca”: barragem em pedra talhada a mão,
esculturas e grades de ferro importadas, mas sem água sequer para a região de Quixadá
Resultado de uma promessa do imperador Pedro II — de
que empenharia até a última jóia da coroa para acabar com a seca do Nordeste —, o açude do Cedro começou a ser
construído em 1884, mas só ficou pronto em 1906. A barragem de 15,5 metros de
altura e 415 metros de comprimento é toda de pedra talhada a mão, guarnecida
por esculturas de pedra e grades de ferro importadas. Seus 128 milhões de
metros cúbicos de água não chegam para matar a sede da região de Quixadá e os equipamentos de
irrigação só beneficiam alguns poucos. Tombado pelo Patrimônio Histórico em
1987, o açude do Cedro é um monumento centenário à política de combate às
secas: demorado, caro, suntuoso e ineficiente.
Na época ainda não havia sido cunhada a expressão
“indústria da seca”, que só surgiria em
1959, mas foi para evitar esses erros e rebater as críticas pelo mau uso do
dinheiro público que, em 1906, foi criado o Dnocs — Departamento Nacional de
Obras contra a Seca. O governador Ciro
Gomes, do Ceará, costuma dizer que o problema da seca poderia ser resolvido em dez anos, com
a aplicação de 2 bilhões de dólares em programas que seguissem um bom
planejamento estratégico. Nos 88 anos desde sua criação o Dnocs consumiu 6
bilhões de dólares em dezenas de milhares de açudes, projetos de irrigação e
poços.
A maioria dessas obras, porém, foi feita em
propriedades particulares, sem benefícios diretos para a população do Polígono
das Secas, uma área de 947 150 quilômetros quadrados que vai do norte de Minas
Gerais ao Piauí, campo especialmente fértil apenas pa-ra as denúncias de
corrupção e mani-pulação de verbas com objetivos políticos.
Um caso exemplar foram as denúncias que envolveram,
no ano passado, o presidente da Câmara dos Deputados, Inocêncio Oliveira,
flagrado utilizando máquinas do Dnocs em sua revendedora de motocicletas em
Serra Talhada, no semi-árido pernambucano, enquanto a região se debatia com uma das piores secas
deste século. “E o pior de tudo é que os próprios limites do Polígono das Secas
são artifi-ciais e politiqueiros, servindo muito para drenar recursos do Fundo
Constitucional do Nordestepara os inúmeros
‘anões’”, afirma o geólogo José Luiz de Albuquerque Filho, do IPT paulista.
Albuquerque argumenta com um estudo da Funceme para o Banco do Nordeste do Brasil, o qual, baseado em critérios técnicos,
concluiu pela redução de 160 000 quilômetros quadrados do atual Polígono das
Secas. Denúncias como essa levaram à fracassada tentativa de criar, no ano
passado, uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a indústria da seca. Seria a décima CPI sobre o assunto desde
1952. Todas sem resultados práticos.
Os ventos contra o Nordeste
Quando eles descem sobre a região, a umidade não sobe e as nuvens de chuva não se formam. Entenda como os ventos
lá da Indonésia acabam afetando o nosso Nordeste:
1 - Os ventos oriundos de baixa pressão sobre a Indonésia cruzam o Pacífico a 15 000 metros de altitude
1 - Os ventos oriundos de baixa pressão sobre a Indonésia cruzam o Pacífico a 15 000 metros de altitude
2 - Com o Pacífico aquecido, devido ao El Niño, os
ventos frios descem junto à costa oeste da América do sul
3 - Parte da coluna de vento, novamente aquecido,
torna a subir, provocando chuvas no Peru e na região amazônica
4 - Após perder calor e umidade, o vento volta a
descer, agora sobre o Nordeste, impedindo a
formação de nuvens de chuva
Revista Superinteressante
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