domingo, 20 de abril de 2014

Samis - UM POVO APÁTRIDA


Entre dois mundos

Marja-Kari Omma vive na Suécia, uma rica e moderna nação industrializada, e pertence a um arcaico povo nômade: os samis ou lapões. Ela deve viver como seus antepassados ou romper com as tradições? Uma equipe de reportagem a acompanhou durante cinco anos, frequentemente assaltados por dúvidas

Elin Berge (Fotos) e Camilla Andersson (Texto)

UM POVO APÁTRIDA

20.000 Samis Vivem na Suécia; outros 50.000 se espalham pela Noruega, Finlândia e pela Península de Kola, na Rússia. Achados arqueológicos provam que os samis, ou lapões, são descendentes de um povo nômade que chegou há mais de 10.000 anos na atual região de Sápmi, ou Lapônia.

Os habitantes ancestrais do norte da Escandinávia, sábmes, como se autodenominam, ou saamis ou samis, defendem seus direitos desde a década de 1950, expressão de uma nova consciência e autoconfiança. Dizem que até há 100 anos atrás, seu idioma nem possuía um correspondente para o termo "guerra", pois os samis permaneceram durante muito tempo na defensiva. Inclusive quando o seu destino começou a espelhar o dos índios da América do Norte. Nesse meio tempo, já foi instaurado um Parlamento sami, o sametinget, em Kiruna. Nas escolas, leciona-se no idioma sami e esta minoria étnica dispõe de jornais e canais de televisão, além de uma bandeira e hino próprios. Mas para o cotidiano desse povo, essas pequenas conquistas ainda são bastante insignificantes.

Como sempre, nos territórios atravessados por suas renas eles são apenas tolerados. E não raro acabam simplesmente desalojados. Os samis estão envolvidos em uma luta pelos seus direitos, mas até hoje não conseguiram fazer valer sua voz ativa. A Administração Federal se recusa, terminantemente, a ratificar a convenção que garantiria o direito de autodeterminação a esta população ancestral.
Inconformada com a situação, Marja-Kari Omma observa: "Tudo o que o governo nacional teria de dizer aos seus cidadãos é: vocês sabem que aqui também vivem samis. E isso é algo que vocês simplesmente precisam aceitar".


Reportagem completa aqui
Revista GEO - Edição 20 - 2010

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