Oleoduto em Prudhoe Bay, no Alasca, EUA
Imperceptível aos olhos do mundo, ocorre a sorrateira, no entanto devastadora, poluição causada por petróleo
Provavelmente todos escutaram falar do catastrófico vazamento de
petróleo no Golfo do México. Mas o que se esquece facilmente diante de
suas gigantescas proporções é que, diariamente, ocorrem contaminações
muito menores ao redor do mundo. Por exemplo, no delta do Rio Níger, na
África Ocidental, onde, nos últimos 50 anos, cerca de 1,5 milhão de
toneladas de petróleo escorreram de dutos esburacados, destruições
causadas por sabotagem e descuidos durante roubo, diretamente para a
natureza. Foi assim, por exemplo, na Bacia Amazônica, junto ao Equador:
ali, o gigante petrolífero Texaco é acusado de, nas últimas três
décadas, ter contaminado gigantescas áreas da floresta tropical, donas
de bilhões de litros de águas residuais, com 60.000 toneladas de óleo
pesado. Ou ainda na Rússia, cuja imensa rede de oleodutos revelou, só em
2005, perto de 22.000 pontos de vazamento!
De acordo com estimativas cautelosas, essas instalações
antiquadas e decadentes deixam escapar na tundra e na taiga, anualmente,
entre 100.000 e 300.000 toneladas de petróleo bruto. E cientistas do
Conselho Nacional de Pesquisas americano afirmam: a cada 12 meses, os
oceanos do planeta são poluídos com 1,3 milhão de toneladas de petróleo,
das quais 600.000 brotam, espontaneamente, de fontes naturais no leito
marinho.
Nos casos do Mar do Norte e do Mar Báltico, o grupo ambientalista
Greenpeace estima um acréscimo de poluição da ordem de 20.000
toneladas/ano. Mas o consumidor final também tem sua fatia de culpa: só
nos Estados Unidos pingam, anualmente, cerca de 48.000 toneladas de
petróleo e derivados; eles escoam por pequenos vazamentos em veículos e
tanques de armazenamento.
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