Dispersantes aumentam toxicidade do petróleo derramado Produtos fazem óleo se misturar à água até ser degradado por bactérias | ||||||
por Richard A. Lovett | ||||||
Peter Hodson, toxicologista aquático da Queen’s University em Kingston, Ontário, apresentou a sua tese em 9 de novembro à Society of Environmental Toxicology and Chemistry, em Portland, Oregon, em sessão que destacou os efeitos aleatórios de tratamentos com a fauna marinha. Os produtos químicos, conhecidos como dispersantes, são usados para reduzir a tensão superficial do petróleo derramado, permitindo que o vento e as ondas quebrem-no em gotículas microscópicas. Essas gotículas são dispersadas pela água do mar em vez de formar manchas de petróleo flutuantes, que podem atingir a costa. Também são mais facilmente atacadas por bactérias que se alimentam de petróleo. Mas até ser degradado por bactérias, o petróleo se mistura na água em vez de flutuar. Isso significa que seus componentes tóxicos, principalmente os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), podem ter um efeito maior sobre a fauna marinha. As declarações oficiais da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) relataram que a mistura de dispersante de petróleo resultante do derramamento de Horizon não é mais tóxico do que o próprio petróleo. Apesar de ser tecnicamente verdadeira, essa afirmação é enganosa, ressalva Hodson, que vem estudando o efeito da dispersão de petróleo em embriões de peixes. Hodson acrescenta que, embora a dispersão permita que o petróleo seja afastado de forma mais rápida, ele ainda pode demorar até um mês para que os micróbios tenham um impacto mensurável sobre a quantidade de petróleo presente. Scientific American Brasil |
sexta-feira, 18 de março de 2011
Notícias Geografia Hoje
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário