sábado, 20 de agosto de 2011

Exoplanetas habitáveis podem existir em torno de anãs brancas

Astrônomos podem estar próximos da primeira descoberta de um novo planeta habitável

(University of British Columbia)
Foto de antigas anãs brancas no aglomerado globular M4:NASA e H.Richer
Por John Matson

A descoberta de planetas similares à Terra fora do Sistema Solar pode ser o primeiro passo para que seja encontrada vida extraterrestre. A Terra tem dado condições excepcionais aos seres vivos, dessa forma, um planeta similar, em princípio, também seria habitável.

A busca de um novo planeta habitável é uma atribuição específica do telescópio espacial Kepler, da agência espacial americana Nasa. Ele já detectou pistas de alguns planetas semelhantes à Terra. O telescópio espacial está observando mais de 150 mil estrelas para entender com que frequência planetas terrestres são formados ao redor de estrelas.

O fato de serem estrelas semelhantes ao Sol, no entanto, não é suficiente para abrigar planetas habitáveis. Em um estudo publicado recentemente no The Astrophysical Journal Letters, o astrônomo Eric Agol, da University of Washington, em Seattle, levanta a questão da habitabilidade em exoplanetas, sugerindo que esses corpos poderiam ser encontrados em torno de anãs brancas, abundantes no universo.

O telescópio Kepler que custou US$ 600 milhões procura pequenas e frequentes flutuações no brilho das estrelas que podem ser provocados pela passagem de um planeta com linha de visada a partir da Terra, num fenômeno chamado de eclipse de trânsito. Mas essas flutuações de brilho são extremamente sutis – o trânsito de um planeta similar à Terra diante de uma estrela similar ao Sol ofusca a estrela cerca de 0,01%. No caso de uma anã branca muito mais compacta, um planeta similar à Terra ocultaria muito mais de sua luz. Agol calcula que um planeta similar à Terra em uma órbita potencialmente habitável ocultaria cerca de 50% da luz emitida por uma anã branca durante o eclipse de trânsito. Uma mudança dessa magnitude seria detectável mesmo com um pequeno telescópio de superfície.
Scientific American Brasil

Nenhum comentário:

Geografia e a Arte

Geografia e a Arte
Currais Novos