Tremores de terra, erupções vulcânicas e muitas vítimas são a trágica rotina da populosa Indonésia, cuja área está quase toda assentada sobre essa área turbulenta na borda do Oceano Pacífico
Talvez nenhum país sofra tanto os efeitos de estar no Anel de Fogo – o cinturão na fronteira de placas tectônicas que cerca o Oceano Pacífico, marcado por abalos sísmicos e erupções vulcânicas – quanto a Indonésia. Esse conjunto de cerca de 17 mil ilhas no Sudeste da Ásia, habitado por uma população de mais 260 milhões de pessoas, é castigado frequentemente por ocorrências significativas do gênero.
Só em 2018 foram três. O primeiro foi o terremoto de magnitude 6,4 ocorrido em agosto na ilha turística de Lombok (pelo menos 100 mortos), e o segundo veio menos de dois meses depois: o terremoto de 7,5 graus seguido de tsunami na ilha de Sulawesi, no fim de setembro (pelo menos mais de 2 mil mortos).
O mais recente, em 22 de dezembro, foi o tsunami causado pela erupção do vulcão Anak Krakatau (situado no Estreito de Sunda, entre Sumatra e a populosa ilha de Java), que fez um de seus flancos entrar em colapso. O desastre, que tirou a vida de pelo menos 437 pessoas e deixou mais de 14 mil feridos, teve origem praticamente no mesmo lugar em que, em 1883, ocorreu uma das maiores erupções vulcânicas da história terrestre, seguida de tsunami: a do Krakatoa, responsável por mais de 36 mil mortes.
Os vulcanologistas garantem que o Anak Krakatau (em indonésio, “Filho do Krakatoa”) vai bem de saúde e está se reconstruindo. Ou seja: a ameaça segue mais firme do que nunca.
Revista Planeta
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