vaivém do carbono
O ciclo do carbono é o mecanismo pelo qual esse elemento se movimenta entre os reservatórios naturais (rochas e jazidas), os seres vivos e a atmosfera. O assunto está ligado ao aquecimento global e pode aparecer nos processos seletivos
Marcela Campos
Provavelmente você já ouviu falar do Protocolo de Kyoto, um acordo em que vários países se comprometem a reduzir a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. Entre esses gases, um em especial costuma ganhar destaque nos vestibulares: o dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico ou CO2. O aquecimento global é consequência direta do desequilíbrio no Ciclo do Carbono. Quer saber o que é isso? Então siga adiante e acompanhe as explicações dos professores ouvidos pelo Vestibular.
Ciclo Biogeoquímico é o caminho realizado por um elemento que envolve a participação de organismos vivos (bio), componentes abióticos (geo) e transformações químicas. Há pelo menos quatro ciclos desse tipo: da água, do oxigênio, do nitrogênio e do carbono. Para entender o vaivém do carbono, o primeiro passo é saber que uma das principais fontes atmosféricas desse elemento é o CO2, utilizado pelas plantas na fotossíntese. Esse processo dá origem à matéria orgânica que compõe esses seres vivos, como carboidratos, aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos. Quando as plantas são ingeridas por animais, há a assimilação desse material orgânico e, consequentemente, do carbono.
O retorno
Por outro lado, tanto as plantas quanto os animais realizam a respiração, transformando matéria orgânica em energia e expelindo o CO2. “O retorno do carbono para o meio também ocorre por diversos processos de decomposição da matéria orgânica e pela queima de combustíveis fósseis”, explica o coordenador de Biologia do Colégio Bom Jesus, Geraldo Cardoso Sobrinho. Os combustíveis fósseis, como petróleo, gás, turfa e carvão, são formados por restos de seres vivos que morreram há milhões de anos. Quando esses combustíveis são queimados, o carbono que estava fora de circulação é devolvido para a atmosfera. Segundo o professor de Biologia Leandro Gorski, do Curso Decisivo, o carbono também é eliminado pela atividade vulcânica.
“O ciclo do carbono é o mecanismo pelo qual o elemento carbono se movimenta entre os reservatórios naturais (rochas e jazidas), os seres vivos e a atmosfera. Ao todo são seis processos principais que fazem estas transições: a respiração, a fotossíntese, a decomposição, a fossilização, o vulcanismo e a combustão”, resume o professor Julio Cezar Müller Filho, do Curso Elite.
Efeito estufa
Tudo bem, você conheceu o Ciclo do Carbono. Mas o que tudo isso tem a ver com o aquecimento global? O Sol manda uma série de radiações para o nosso planeta. Parte volta para o espaço e parte “fica presa” na atmosfera por causa da presença de gases como o CO2, o que causa o efeito estufa. A retenção do calor é necessária para manter a vida no planeta e acontecia mesmo antes da ação humana. Mas a poluição e os desmatamentos aumentam a concentração de CO2 na atmosfera e intensificam o aquecimento global. “A passagem do extrato de rochas e jazidas para o extrato atmosférico tem ocorrido em larga escala atualmente pela chamada queima de combustíveis fósseis”, afirma Júlio Cezar.
Segundo o professor Geraldo Sobrinho, são liberadas na atmosfera 7 bilhões de toneladas de carbono por ano, enquanto 4 bilhões de toneladas são absorvidas anualmente pelas florestas e pelos oceanos (em função da presença de algas). Para tentar reverter a situação, existem hoje tentativas de neutralização do carbono com o plantio de árvores, considerando que elas são capazes de fixar o gás diretamente da atmosfera. “O cálculo de quantas árvores devem ser plantadas é realizado por empresas especializadas. Há a possibilidade de neutralizar todo o tipo de atividade humana, inclusive uma viagem de turismo. É só calcular a emissão e plantar”, explica Sobrinho.
Já para o professor Júlio Cezar, há muitas controvérsias sobre a neutralização do carbono e poucas certezas sobre o assunto. Segundo ele, pesquisas atuais apontam que a neutralização do carbono via fotossíntese poderia acarretar problemas de falta de espaço físico, já que as áreas plantadas poderiam “disputar espaço” com a população humana.
O ciclo do carbono é o mecanismo pelo qual esse elemento se movimenta entre os reservatórios naturais (rochas e jazidas), os seres vivos e a atmosfera. O assunto está ligado ao aquecimento global e pode aparecer nos processos seletivos
Marcela Campos
Provavelmente você já ouviu falar do Protocolo de Kyoto, um acordo em que vários países se comprometem a reduzir a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. Entre esses gases, um em especial costuma ganhar destaque nos vestibulares: o dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico ou CO2. O aquecimento global é consequência direta do desequilíbrio no Ciclo do Carbono. Quer saber o que é isso? Então siga adiante e acompanhe as explicações dos professores ouvidos pelo Vestibular.
Ciclo Biogeoquímico é o caminho realizado por um elemento que envolve a participação de organismos vivos (bio), componentes abióticos (geo) e transformações químicas. Há pelo menos quatro ciclos desse tipo: da água, do oxigênio, do nitrogênio e do carbono. Para entender o vaivém do carbono, o primeiro passo é saber que uma das principais fontes atmosféricas desse elemento é o CO2, utilizado pelas plantas na fotossíntese. Esse processo dá origem à matéria orgânica que compõe esses seres vivos, como carboidratos, aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos. Quando as plantas são ingeridas por animais, há a assimilação desse material orgânico e, consequentemente, do carbono.
O retorno
Por outro lado, tanto as plantas quanto os animais realizam a respiração, transformando matéria orgânica em energia e expelindo o CO2. “O retorno do carbono para o meio também ocorre por diversos processos de decomposição da matéria orgânica e pela queima de combustíveis fósseis”, explica o coordenador de Biologia do Colégio Bom Jesus, Geraldo Cardoso Sobrinho. Os combustíveis fósseis, como petróleo, gás, turfa e carvão, são formados por restos de seres vivos que morreram há milhões de anos. Quando esses combustíveis são queimados, o carbono que estava fora de circulação é devolvido para a atmosfera. Segundo o professor de Biologia Leandro Gorski, do Curso Decisivo, o carbono também é eliminado pela atividade vulcânica.
“O ciclo do carbono é o mecanismo pelo qual o elemento carbono se movimenta entre os reservatórios naturais (rochas e jazidas), os seres vivos e a atmosfera. Ao todo são seis processos principais que fazem estas transições: a respiração, a fotossíntese, a decomposição, a fossilização, o vulcanismo e a combustão”, resume o professor Julio Cezar Müller Filho, do Curso Elite.
Efeito estufa
Tudo bem, você conheceu o Ciclo do Carbono. Mas o que tudo isso tem a ver com o aquecimento global? O Sol manda uma série de radiações para o nosso planeta. Parte volta para o espaço e parte “fica presa” na atmosfera por causa da presença de gases como o CO2, o que causa o efeito estufa. A retenção do calor é necessária para manter a vida no planeta e acontecia mesmo antes da ação humana. Mas a poluição e os desmatamentos aumentam a concentração de CO2 na atmosfera e intensificam o aquecimento global. “A passagem do extrato de rochas e jazidas para o extrato atmosférico tem ocorrido em larga escala atualmente pela chamada queima de combustíveis fósseis”, afirma Júlio Cezar.
Segundo o professor Geraldo Sobrinho, são liberadas na atmosfera 7 bilhões de toneladas de carbono por ano, enquanto 4 bilhões de toneladas são absorvidas anualmente pelas florestas e pelos oceanos (em função da presença de algas). Para tentar reverter a situação, existem hoje tentativas de neutralização do carbono com o plantio de árvores, considerando que elas são capazes de fixar o gás diretamente da atmosfera. “O cálculo de quantas árvores devem ser plantadas é realizado por empresas especializadas. Há a possibilidade de neutralizar todo o tipo de atividade humana, inclusive uma viagem de turismo. É só calcular a emissão e plantar”, explica Sobrinho.
Já para o professor Júlio Cezar, há muitas controvérsias sobre a neutralização do carbono e poucas certezas sobre o assunto. Segundo ele, pesquisas atuais apontam que a neutralização do carbono via fotossíntese poderia acarretar problemas de falta de espaço físico, já que as áreas plantadas poderiam “disputar espaço” com a população humana.
Jornal Gazeta do Povo
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