Petróleo
A cada dia, mais perto do fim
Equipe Planeta
Foto: Thila Gon Yee |
Água suja : Além de a água ser mal distribuída no planeta, a pouluição das fontes naturais ajuda a diminuir os recursos hídricos disponíveis. Diante do problema para sobreviver, muitas pessoas têm de usar água suja. |
As reservas mundiais de petróleo conhecidas vão se esgotar dentro em breve. Ao mesmo tempo em que o consumo mundial aumenta sem parar, descobre-se que as reservas mundiais são bem menores do que se esperava. Segundo geólogos e especialistas da indústria petrolífera, de todos os problemas que o planeta enfrenta, este é o maior e o mais complicado.
O consenso é geral: até o ano de 2015, as reservas mundiais de petróleo não serão mais suficientes para atender a demanda. Os poços e os campos de hidrocarbonetos ficarão vazios, um após o outro, num processo que, em poucas décadas, transformará as atuais bombas de gasolina em simples memórias do passado. A previsão não vem de militantes ecologistas, nem de defensores da opção nuclear que desejam ver o mundo todo semeado de usinas atômicas. Essa teoria, conhecida pelo nome de peak oil (ápice do óleo) foi elaborada por altos integrantes da indústria petrolífera. Eles afirmam que o fim do petróleo não é para depois de amanhã: é para amanhã.
A exploração industrial do petróleo começou na metade dos anos 40, logo após o final da Segunda Grande Guerra. Hoje, a Agência Internacional de Energia informa que mais de 80 milhões de barris diários são consumidos (dados de 2004). A mesma fonte prevê que, até 2030, a demanda aumentará 50%, ou seja, 120 milhões de barris diários.
Diante disso, quais são as reservas mundiais de petróleo, e quanto tempo ainda poderemos viver nesse frenético ritmo de consumo do ouro negro? A Federação Petrolífera da Bélgica estima que elas se aproximam dos 172 bilhões de barris. Se o cálculo estiver correto, poderemos viver ainda 50 anos ao ritmo da produção atual. Mas o problema é que essas cifras são puramente especulativas, baseadas em reservas que ainda não foram descobertas, “mas das quais se suspeita a existência”.
Incertezas do gênero levam os países exportadores a mudar, de maneira muito aleatória, o montante de suas reservas, criando grande dúvidas quanto ao número real de barris que ainda existem em seus subsolos. ”
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