quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

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2012 é o 9º ano mais quente desde 1850

Declaração da Organização Meteorológica Mundial aponta aquecimento global como culpado por derretimento de geleiras e outros fenômenos

Clara Nobre de Camargo


O derretimento exacerbado do gelo do Ártico é uma das maiores consequências do aquecimento globalFoto: SXC.HU

Para um ano que deveria ter sido mais frio devido ao fenômeno La Niña, 2012 não foi nada ameno. O mundo todo pode perceber que os efeitos das mudanças climáticas causaram secas, enchentes e ciclones, à exemplo do furacão Sandy, que causou mortes e prejuízos milionários na costa Leste dos EUA e no Caribe no final do mês de de outubro.

Durante uma Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas que aconteceu em Doha, Catar, nesta quarta-feira (28), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou uma declaração alertando que 2012 será classificado como o nono ano mais quente dos últimos 162 anos.

De acordo com o comunicado, a temperatura global e a da superfície dos oceanos aumentou cerca de 0,45°C em relação à média do intervalo dos anos entre 1961 e 1990. "É natural que ocorra variabilidade climática sobre as temperaturas devido a fenômenos como o El Niño e La Niña. Mas eles não alteram a tendência de longo prazo subjacente do aumento da temperatura devido à mudança climática decorrente das atividades humanas", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.

A região Nordeste do Brasil é mencionada em uma tabela divulgada no site da OMM, que diz que mais de 1.100 municípios foram afetados entre os meses de janeiro e outubro por uma severa seca que assola a região há 50 anos e prejudica a agricultura e pecuária locais.

A OMM declarou ainda que, neste ano, o gelo do em torno do Círculo Polar Ártico atingiu sua menor extensão desde setembro de 2007. Por volta de 11,83 milhões de quilômetros quadrados de gelo derreteram entre março e setembro de 2012. 

Está previso para o dia 4 de dezembro o lançamento do relatório “2001-2011: Uma década de Extremos”, que a OMM publica em parceria com agências da Organização das Nações Unidas. Na publicação se evidencia a tendência de aquecimento global e seu impacto sobre a saúde, o desenvolvimento sócio-econômico e a alimentação em todos os continentes do planeta.
Horizonte Geográfico

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