sexta-feira, 21 de setembro de 2012

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Protesto de pescadores paralisa parcialmente obra de usina de Belo Monte
AGUIRRE TALENTO

Um protesto de pescadores paralisou nesta quinta-feira (20) a obra de barramento do rio Xingu que estava sendo feita na obra da hidrelétrica de Belo Monte, na região de Altamira (a 900 km de Belém).

O CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte) está fazendo uma ensecadeira (espécie de barragem provisória) para desviar parte do fluxo do rio e poder construir uma casa de força.

Um grupo de 50 pescadores, com cerca de 20 embarcações, está acampado no local desde o domingo (16). Eles pedem para ser recebidos pela Norte Energia, empresa responsável por Belo Monte, e reclamam que as obras já reduziram a quantidade de peixes no rio.

Os pescadores colocaram seus barcos ao redor do local das obras e acamparam em uma ilha próxima, sem entrar na área da empresa.

"Vários pontos de pesca já não existem mais e não há peixes suficientes para mantermos nossas atividades", disse Lúcio Vale, representante da colônia de pescadores de Altamira.

A Norte Energia disse ainda não ter conhecimento das reivindicações dos pescadores.

Devido à presença dos pescadores, a CCBM resolveu paralisar as atividades na ensecadeira "de maneira a preservar a segurança dos próprios manifestantes", informou, em nota. As obras continuam normalmente nos demais canteiros de obras.

A construção dessa ensecadeira estava parada à espera de uma autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que foi concedida na semana passada. Com isso, as obras foram retomadas.

Em pouco mais de um ano de obra, Belo Monte já enfrentou protestos de ambientalistas, índios, pescadores e dos próprios operários. A hidrelétrica, prevista para ser concluída em 2019, deverá ser a terceira maior do mundo.

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