O Brasil começa amanhã a discutir com China, Índia e África do Sul um posicionamento conjunto sobre os temas que serão levados à COP-18, conferência do clima de Doha, no Catar, que ocorre em novembro deste ano.
Os países fazem parte do BASIC, grupo informal que tradicionalmente se reúne antes do debate oficial. Representantes da Argentina, Barbados, Catar e Argélia também participarão do encontro, que ocorre em Brasília na quinta (20) e na sexta-feira (21).
O embaixador Luiz Alberto Figueiredo, Subsecretário-Geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Itamaraty reconheceu em coletiva de imprensa nesta quarta-feira que a conferência deste ano não trará tantas novidades se comparada à última edição do evento.
Em 2011, a conferência do clima de Durban, na África do Sul, deu origem a um documento batizado de "Plataforma de Durban", que estabelece um calendário para criar "um protocolo, outro instrumento legal ou um resultado acordado com força legal" em 2015, que possa entrar em vigor até 2020.
Esse é o ano que o Brasil defende como data limite de um segundo período de vigência do Protocolo de Kyoto, cuja primeira etapa se encerra em 2012. A duração desse segundo período ainda é alvo de discussão entre os signatários do documento.
"O que se espera é que a conferência [de Doha] seja uma conferência de implementação de decisões importantes que foram adotadas na conferência anterior. (...) O que tinha que ser lançado como processo negociador já foi lançado", disse Figueiredo.
Além do prazo de extensão do protocolo, a fixação de metas obrigatórias de redução de emissões para os países desenvolvidos também está na pauta da reunião entre ministros que acontece amanhã e sexta na capital federal.
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