A usina de Fukushima, após o terremoto em março
A Comissão de Segurança Nuclear do Japão elaborou um plano que propõe ampliar as medidas de prevenção e os cuidados nas áreas que estejam a 30 quilômetros de usinas de energia nuclear em todo o país. Atualmente essas orientações são seguidas para o perímetro de 10 quilômetros. A proposta de mudança foi provocada pelos acidentes radioativos ocorridos há sete meses.
Em 11 de março deste ano, na região de Fukushima, no Nordeste do país, o terremoto seguido por tsunami gerou vazamentos e explosões na Usina de Fukushima Daiichi. Os acidentes levaram ao esvaziamento de cidades inteiras, que permanecem assim.
Um grupo de trabalho, com peritos japoneses e o acompanhamento de estrangeiros, elabora o novo plano de segurança nuclear. Inicialmente, os especialistas recomendam que sejam designadas zonas de ação cautelar - as áreas em torno de 5 quilômetros em volta das usinas.
Os peritos sugerem também que em um raio de cerca de 50 quilômetros os moradores devem ser orientados a se precaver, por exemplo, tomando comprimidos de iodo. As propostas dos especialistas ainda poderão sofrer mudanças a partir de conversas com os representantes municipais.
A ideia é que o plano de segurança seja definido em parceria com representantes de 130 municípios. Atualmente pouco mais de 40 municípios estão envolvidos nas propostas de segurança nuclear no Japão. Porém, os acidentes de março geraram uma série de mudanças de comportamento. Para especialistas, foi o pior acidentes desde o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
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