O estudo mostrou que os gases que provocavam a perda da camada de ozônio foram substituídos com sucesso
A destruição da camada de ozônio foi freada. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a agência espacial americana (Nasa) e 300 cientistas de todo o mundo, a camada que protege a vida na Terra dos níveis nocivos de radiação ultravioleta parou de diminuir, mas não começou a se recuperar. O estudo mostrou que os gases que provocavam a perda da camada de ozônio foram substituídos com sucesso. Em seu lugar são usados produtos que também tem menor impacto sobre o aquecimento global.
A ONU comemorou o relatório - o primeiro em quatro anos sobre a camada de ozônio. Segundo a entidade, o acordo de 1987, que determinou a retirada dos gases nocivos de aparelhos como geladeiras, impediu "um esgotamento maior" da camada. "Na última década, o ozônio não está mais diminuindo, mas também não está aumentando", diz Geir Braathen, cientista-chefe da Organização Meteorológica Mundial.
A avaliação é de que a proteção da camada de ozônio e a retirada dos gases nocivos da indústria representaram benefícios importantes. Se não fosse pelo controle do uso do clorofluorcarbono (CFC), os cientistas apontam que as emissões seriam 30% superiores, hoje em dia.
O acordo de 1987 conseguiu, portanto, uma redução real no impacto das emissões cinco vezes maior que o obtido pelo Protocolo de Kyoto. Também foram importantes os benefícios para a saúde. Segundo o levantamento, 20 milhões de casos de câncer de pele foram evitados na década, além de 130 milhões de casos de catarata.
(Com Agência Estado)Revista Veja
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