quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cidades do Iucatão


UXMAL A Pirâmide do Mágico e o Palácio do Governador - designações atribuídas nos tempos modernos - dominam o horizonte de Uxmal, a mais famosa das antigas cidades maias de Puuc - ou terra das colinas - no Iucatão. Serpenteando no horizonte, a norte, vê-se a crista de montanhas calcárias que ajuda a definir esta importante região arqueológica. Texto de George E. Stuart; Fotografias de Kenneth Garret

O caminho que conduz às ruínas maias de Chac, no Iucatão, serpenteia pelo mato, onde tudo parece ter espinhos. Ao longo dos últimos 40 anos, fiz muitas caminhadas pelas florestas espinhosas do Noroeste do Iucatão. Como arqueólogo, sei bem que muitas ruínas da antiga civilização maia permanecem ainda escondidas - tal como estavam na estação seca de 1841-1842, quando aqui chegou o americano John Lloyd Stephens. Atormentado pelo calor, pela falta de água e pelas pragas de carraças, o grupo liderado por Stephens deparou-se com maravilhas atrás de maravilhas. Em Labná, ficou fascinado com a fachada de um templo grandioso "ornamentado com uma arte como nunca outro povo criou". Em Sayil, contemplou a Casa Grande, as ruínas maciças de um sumptuoso palácio com três andares. A área explorada durante oito meses por esta equipa é conhecida como Puuc, palavra maia que significa "crista" - e, por extensão, "terra das colinas". O Puuc cobre mais de 6.000km2 de colinas e vales ondulantes da região noroeste do interior da península do Iucatão. O solo desta região é um dos mais ricos para a agricultura do território que os maias dominaram, embora a terra seja amaldiçoada por um lençol freático situado 100m abaixo da superfície, só alcançável através de cavernas profundas que ocasionalmente surgem na camada de calcário. Michael Smyth, arqueólogo e bolseiro da National Geographic, calcula que, durante um período que se estendeu desde antes de 800 d.C. até cerca de 1.000 d.C., o Puuc manteve aproximadamente 150 cidades prósperas como Uxmal, Kabah e Sayil e pode ter tido uma população de 500 mil habitantes.

National Geographic Portugal

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