domingo, 10 de julho de 2011

Derretimento de calotas polares reforça a definição de fronteiras

A região do Ártico, diferentemente da Antártida que é um continente protegido de toda atividade econômica e militar, não passa de um oceano com aglomerados enormes de gelo. Portanto os países que possuem costa para a região tem o direito de partilha como explica a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

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Graças ao aumento da temperatura do planeta, as geleiras no Pólo Norte, antes consideradas barreiras instransponíveis para o homem, já começam a derreter e apresentam aberturas. Com isso novas oportunidades para exploração de pesca, minerais, petróleo e gás natural surgem e os países que possuem costa para a área começam a discutir até onde vai o alcance de suas fronteiras marítimas e a reclamar soberania sobre pedaços do Ártico.

Diferentemente da Antártida que é um continente protegido de toda atividade econômica e militar, o Ártico não passa de um oceano com aglomerados enormes de gelo. Portanto, sua partilha se enquadra dentro da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que estipula às nações costeiras o direito de reclamar uma zona econômica de 200 milhas náuticas, correspondentes às suas águas territoriais. Seguindo essas normas, apenas cinco países – Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Noruega e Rússia - podem exigir uma parte do Ártico para exploração.

Até o momento a Rússia teve a ação mais drástica para garantir sua parcela ártica ao anunciar o planejamento da criação de brigadas militares especializadas para a região com o objetivo de defender seu território e seus interesses. Já a Dinamarca tem planos para reivindicar uma grande área que inclui até mesmo o pólo norte. Os Estados Unidos, que até então não haviam assinado a Convenção da ONU, já declararam a intenção de fazê-lo para não perder a oportunidade e garantirem seu pedaço do Ártico.
Revista Horizonte

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