Em um mundo com o dobro de CO2 na atmosfera, as plantas poderiam crescer melhor e auxiliar no esfriamento do planeta, mas não conseguiriam deter ou reverter as mudanças climáticas, anunciou a Nasa.
Um dos maiores mistérios que os cientistas enfrentam no que diz respeito às mudanças climáticas é como projetá-las no tempo, particularmente em conta da reação da Terra a temperaturas mais quentes, um fenômeno conhecido como "feedback" (retroalimentação).
Sabe-se há tempos que as plantas, que usam dióxido de carbono (CO2), luz solar e água para crescer através da fotossíntese, são capazes de se adaptar a níveis maiores de dióxido de carbono (CO2), ao usar nutrientes de forma mais eficiente e gerar folhas de maior tamanho.
"Este processo é chamado 'regulação para baixo'. Este uso mais eficiente da água e dos nutrientes tem sido observado em estudos experimentais que podem conduzir a um crescimento maior das folhas", explicou a agência espacial americana em um comunicado.
Um estudo da Nasa, descrito na edição da revista "Geophysical Research Letters", calculou que as plantas conseguem reduzir a temperatura planetária em até 0,3º C.
No entanto, esta cifra fica muito abaixo da elevação de 2ºC a 4,5º C, prevista em diversos modelos sobre o aquecimento global.
Folha de São Paulo
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