segunda-feira, 1 de maio de 2017

Zelândia, o novo continente, quase todo submerso, proposto por geólogos


 
Não é Atlântida, ilha lendária que teria afundado, mas Zelândia, um continente real, situado no sudoeste do oceano Pacífico, cujo território de 4,9 milhões de quilômetros quadrados se encontra 94% submerso. Entre os 6% que estão acima do nível do mar, destacam-se as duas ilhas que formam a Nova Zelândia (inspiração para o nome do continente) e o arquipélago da Nova Caledônia. A proposta de considerar esse grande bloco da crosta terrestre como um continente — a exemplo da África, América do Norte, América do Sul, Antártida, Austrália e Eurásia — foi feita por uma equipe coordenada por Nick Mortimer, do GNS Science, nome atual do antigo Instituto de Ciências Geológicas e Nucleares neozelandês (GSA Today, 9 de fevereiro). Segundo os autores do estudo, a Zelândia, embora majoritariamente coberta pelo Pacífico, apresenta as principais características geológicas e geofísicas que definem as áreas da crosta continental em oposição às da crosta oceânica. Sua composição é essencialmente granítica, mais “leve” do que a da crosta oceânica, formada por basalto. Apresenta altitudes mais elevadas (por isso, a maior parte dos outros continentes está acima do nível do mar). Sua espessura é maior, por volta de 35 quilômetros. A da crosta oceânica atinge, em média, 8 quilômetros. A Terra é o único planeta do Sistema Solar cuja crosta é dividida em dois tipos, a continental e a oceânica. Ao movimento das placas tectônicas, os geólogos atribuem o surgimento da crosta granítica, ou seja, dos continentes. Além dessa definição geológica de continente, há também outras, como as geográficas e as geopolíticas. 
Revista Fapesp

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