domingo, 13 de novembro de 2016

Poluição eletromagnética


Perigos e efeitos que a energia invisível do Wi-fi, as linhas de alta tensão, os telefones celulares e as antenas podem causar à saúde
Edgar Melo



Elas estão espalhadas na atmosfera e ninguém as vê, isso não quer dizer, no entanto, que as ondas eletromagnéticas sejam inofensivas. Emitida por equipamentos elétricos e eletrônicos, esse tipo de energia ocupa o espaço, atravessa qualquer tipo de matéria viva ou inorgânica e produz uma poluição imperceptível, capaz de influenciar o comportamento celular do organismo humano.

O uso da energia elétrica e eletromagnética tornou-se tão arraigado no cotidiano das grandes cidades, que já não é possível se privar do contato com elas. Além dos telefones celulares, os aparelhos eletrodomésticos e as linhas de alta tensão estão por toda parte. “Vivemos em um micro-ondas gigante”, diz o cientista, pesquisador do Sistema Integrado da Terra, ­ filósofo noosférico e engenheiro de sistemas de teleautomação Boris Petrovic, ao alertar sobre o impacto da presença dos campos e das radiações eletromagnéticas.

Petrovic explica que o corpo humano não foi preparado para lidar com as interferências das radiações e dos campos eletromagnéticos. O engenheiro esclarece que tanto os celulares quanto qualquer outro tipo de comunicação sem ­ o – como Wi-­fi e bluetooth – utilizam ondas de radiofrequência para transmitir dados ou voz. Essas ondas são de comprimento muito baixo e são chamadas de micro-ondas. Essa tecnologia é a mesma dos fornos de micro-ondas, usados para aquecer alimentos por atrito das moléculas de água.

O enfraquecimento do sistema imunológico, segundo o engenheiro, é a consequência mais grave da poluição eletromagnética. O efeito nocivo ocorre quando o campo elétrico dessas tecnologias interfere na bioeletricidade natural do corpo humano. Boris explica que os sintomas variam de dores de cabeça e irritabilidade a diversos tipos de câncer. “As consequências são mais evidentes em pessoas que apresentam eletrossensibilidade, mas, por ser de natureza cumulativa, esse tipo de poluição afeta a todos”, explica o pesquisador.

AS ANTENAS E AS MORTES POR CÂNCER
Um estudo referência no mundo foi realizado em Belo Horizonte, pela professora da faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais Adilza Dode. A tese de doutorado de Adilza evidencia mortes por câncer ao redor de antenas de telefonia celular na capital mineira. Analisando dados entre 1996 e 2006, a pesquisadora estudou 5 mil casos de morte por câncer e constatou que mais de 80% das vítimas moravam a uma distância de até 500 metros das antenas.

Segundo Adilza, os padrões permitidos no Brasil são os mesmos adotados pela Comissão Internacional de Proteção Contra Radiações Não Ionizantes (Icnirp), normatizados em legislação Federal de maio de 2009. “Até hoje, ninguém sabe quais são os limites de uso inócuos à saúde. Os padrões adotados pelo Brasil são inadequados. Eles foram redigidos com o olhar da tecnologia, da e­ ciência e da redução de custos, e não com base em estudos epidemiológicos”, assegura.

"Há mais de dez anos, surgem apelos da comunidade científi­ca para conscientização dos riscos da poluição eletromagnética"

OMS RECOMENDA A REDUÇÃO DE USO
Em 2010, a Food and Drug Administration (FDA), órgão de saúde dos Estados Unidos, divulgou um comunicado a­firmando que, apesar do aumento drástico no uso de telefone celular, as ocorrências de câncer no cérebro não aumentaram entre 1987 e 2005.

Diante da insegurança acerca dos impactos, em 2011, a Organização Mundial da Saúde divulgou um documento no qual classi­fica a radiação eletromagnética como “potencialmente cancerígena” e recomenda a redução das emissões “tanto quanto possível”. ‑

Quatro anos antes, o grupo de trabalho criado pela OMS para discutir o assunto publicou um documento no qual lista recomendações sobre exposições de curto até longo prazo. Para longo prazo, as indicações são de que o governo e a indústria devem monitorar a ciência e promover programas de pesquisa para desenvolver mais evidências sobre o tema. Segundo a OMS, há lacunas no conhecimento do assunto. A publicação ainda recomenda que, quando construídas novas instalações e projetados novos equipamentos, formas de baixo custo para a redução de campos devem ser exploradas.

Em relação a exposições de curto prazo, recomendações internacionais de exposição foram desenvolvidas para proteger os trabalhadores e o público contra estes efeitos e devem ser adotadas pelos responsáveis pelo desenvolvimento de políticas. Programas de proteção contra a poluição eletromagnética devem incluir medicação de exposição a fontes que excedam os valores-limite recomendados.



CIENTISTAS QUESTIONAM PARÂMETROS

Há mais de dez anos, surgem apelos da comunidade científica para conscientização dos riscos da poluição eletromagnética. O Painel Cientí­fico de Seletun (2011), organizado em Oslo, na Noruega, contou com a participação de cientistas de cinco países e teve como resultado uma série de recomendações para os governos. Entre outras conclusões, o Painel descon­fia dos parâmetros de exposição tidos como seguros pela Comissão Internacional de Proteção Contra Radiações Não Ionizantes (Icnirp) e usados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Painel estabelece em 0,1 μT (MicroTesla – unidade usada para medir campos magnéticos) como limite de exposição no período de 24 horas. Dessa forma, o recomendado passa a ser 1 mil a 10 mil vezes menor do que o atual. De acordo com os cientistas, os números da Icnirp foram de­finidos pelo olhar da tecnologia e redução de custos, sem ter como base estudos do impacto na saúde humana e no ambiente.

Após tomar conhecimento dos malefícios da exposição contínua a campos eletromagnéticos, um grupo de moradores do Alto de Pinheiros, localizado na zona oeste da cidade de São Paulo, moveu uma ação judicial contra a empresa AES Eletropaulo.

No processo, os moradores questionavam o aumento da radiação eletromagnética causado por novas torres instaladas pela Eletropaulo. À época, foi levantada a tese de que a exposição interage com o DNA humano, podendo provocar, entre outros males, a leucemia.

Em tramitação na justiça desde 2001, o caso já passou por duas instâncias, nas quais o ganho de causa foi dado aos moradores. Atualmente, o processo está no Supremo Tribunal Federal (STF), aguardando a decisão ­final do ministro Dias Toffoli. Nas outras instâncias, as deliberações foram embasadas no princípio da precaução, que se caracteriza pela incerteza científica sobre o dano ambiental.

"O magnetismo está por toda parte: no avião, num teatro lotado, enquanto você dorme com a televisão ligada na tomada ou quando é acionado o despertador do celular."

RADIAÇÃO: VILÃ OU MOCINHA?
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE SEUS EFEITOS E ENTENDA COMO É IMPORTANTE A MEDIÇÃO DESSE FENÔMENO
Nosso planeta recebe, há mais de 4 bilhões de anos, uma energia que atravessa o espaço na velocidade da luz: a energia solar. A radiação solar é o verdadeiro pivô da vida na Terra. Ela é responsável tanto pelo crescimento de um pequeno broto de feijão quanto pela dinâmica que governa os movimentos da atmosfera, além das próprias características climáticas do planeta. Atualmente, também se considera a radiação solar como uma das alternativas energéticas mais promissoras entre as ditas “energias limpas”.

Leituras dessa energia são usadas em diversos setores de atividades humanas, e alguns deles são explicados pelos meteorologistas da Squitter Soluções em Monitoramento Ambiental, Juliana Hermsdor­ Vellozo de Freitas e William Cossich Marcial de Farias.

Segundo eles, um exemplo prático disso é o planejamento diário de risco à exposição solar. Cada pessoa deveria considerá-lo, determinando o vestuário e as medidas de prevenção à tal exposição para reduzir os riscos de problemas de pele e de visão.

“Tais informações também influenciam o custo do nosso pão de cada dia, assim como o material a ser utilizado em uma construção civil. Além disso, a informação da quantidade de radiação que chega ao solo fornece suporte científico ao estudo dessa energia renovável”, explicam os profissionais.

ESTUDOS
Assim, medir e analisar essa quantidade de radiação que chega à superfície da Terra tanto pode aumentar a quantidade de sacas numa colheita como também pode subsidiar estudos determinantes sobre energia limpa.

Na agricultura, a radiação solar influencia significativamente as taxas de fotossíntese das plantas. O aproveitamento da radiação solar pela planta depende da sua capacidade de interceptar e utilizar a luz. O total de radiação solar interceptado e absorvido por uma camada de folhas está diretamente relacionado à radiação e à estruturação das folhas e do dossel.

“Considerando a eficiência de cada planta em fazer a fotossíntese, o rendimento de uma plantação pode variar. Quando exposta à baixa quantidade de radiação solar, uma cultura pode apresentar diminuição da área da folha, em que a ‘captação’ de energia é menor. Por outro lado, em condições de alta radiação solar, os índices dos tamanhos das folhas são maiores, e essa ‘captação’ de energia pode aumentar. Logo, pode-se medir essa quantidade de energia que a planta recebe com instrumentos meteorológicos, como o pirômetro”, completam os meteorologistas.

A escolha de um material a ser utilizado na construção civil, por exemplo, deve considerar as características meteorológicas próprias do local. Esses fatores agem diretamente na eficiência e no conforto das construções, nas quais o conhecimento da incidência de radiação solar permite determinar melhor as propriedades termofísicas de cada material a ser utilizado. “Janelas, asfaltos, além de diversos outros materiais, podem ser mais bem determinados quando se tem conhecimento sobre a radiação que chega ao local. Assim, é necessário que as medidas de radiação sejam feitas no local de interesse, diretamente por um sensor adequado, para que se tenha uma informação precisa e adequada ao melhor planejamento”, finalizam Juliana e William.





PROTEÇÃO AO ORGANISMO
O magnetismo está por toda parte: no avião, num teatro lotado, enquanto você dorme com a televisão ligada na tomada ou quando é acionado o despertador do celular. Embora a vida moderna tenha evoluído a tal ponto que não haja um caminho de volta para abdicar desses recursos de comunicação, existem formas de minimizar seus impactos na saúde. Uma das formas, segundo Fábio Cardoso, especialista em clínica médica, é ter uma boa nutrição, capaz de fornecer as vitaminas e os minerais necessários para manter o corpo equilibrado. Isso passa também por reduzir o máximo possível o consumo de alimentos industrializados e com agrotóxicos.

Segundo Cardoso, os impulsos naturais da energia corporal são de variação inconstante, pulsando de forma biológica. Já os impulsos de energia eletromagnética provenientes de aparelhos eletrônicos e tecnológicos têm pulso fixo, o que se torna um fator irritante para o corpo. De acordo com o médico, esse tipo de impulso é um campo de interferência à nossa saúde, causa desequilíbrio e, consequentemente, é responsável por diversas doenças.

A poluição eletromagnética é uma realidade e, mesmo que as autoridades ainda não tenham chegado a um consenso, é de extrema importância a população buscar formas de se proteger, garantindo a integridade de sua saúde.

Esse assunto e outros relacionados à Terapia Frequencial, alicerçada à medicina quântica alemã e russa, foram apresentados no Brasil em novembro, durante o 1 Congresso Internacional Fronteiras da Saúde Quântica (I CIFSQ), que aconteceu de 5 a 8 de novembro, em São Paulo, e traouxe ao País dois renomados cientistas internacionais: Konstantin Korotkov (Rússia) e Alexander Popp (Alemanha), filho do criador da teoria biofotônica, Fritz-Albert Popp, além do cientista Boris Petrovic e de outros dez médicos que atuam no Brasil nessa área prática.



RADIAÇÃO NOCIVA PODE SER AMENIZADA NO DIA A DIA
Estudos científicos revelam que regiões próximas a torres de transmissão de energia e de telefonia são carregadas de energia negativa, em razão das radiações eletromagnéticas, com efeitos nocivos, que podem se alastrar por grandes áreas.

Da mesma forma, os estudos mostram que, nos ambientes onde estão ligados muitos aparelhos elétricos ou eletroeletrônicos, como escritórios, centros de processamento de dados e outros, as pessoas também sofrem com essas emanações negativas. E, mesmo no dia a dia, estamos expostos a radiações eletromagnéticas negativas, por causa do uso indiscriminado de celulares, fones de ouvido ou até de fornos de micro-ondas.

Essas radiações, denominadas “poluição invisível”, segundo os mesmos estudos, podem provocar distúrbios como insônia, estresse e tontura, além de doenças como catarata, glaucoma e mal de Parkinson, entre outras.

PESQUISA
As radiações eletromagnéticas (REM) são estudadas há vários anos por cientistas de diversos países, como Suíça, Alemanha, França, Rússia, Espanha e Polônia. O mais importante pesquisador brasileiro da área, o comendador José Barbosa Marcondes, há mais de 50 anos dedica-se a desvendar e a esclarecer as causas e os efeitos dessas emanações negativas. Ele é reconhecido pelos cientistas internacionais pelos seus trabalhos e pesquisas nessa área.

Marcondes desenvolveu técnicas com as quais é possível proteger desde grandes áreas, como indústrias, empresas e fazendas. Há também modos simples, por meio dos quais podemos nos prevenir e nos proteger das REM, sem abrir mão do conforto e das facilidades que os avanços da tecnologia nos proporcionam nos dias atuais. Existem métodos específicos para detecção dessas áreas, mas, a princípio, hastes metálicas que podem ser improvisadas com objetos caseiros, como arame de cabide, pode ser usado para detectar os pontos negativos de um ambiente. Com mais de 80 anos de idade, José Barbosa Marcondes ensinou todas as técnicas à sua filha Elys Marcondes. Ela sugere, como antídoto para essas radiações, a simples mudança na disposição dos móveis no ambiente, até a alternativa de recorrer ao sal grosso da seguinte forma: empilhar três copinhos pequenos (de café) de plástico, cada qual com uma colher de café rasa de sal grosso; deixar os copinhos nas áreas de maior radiação; substituir os copinhos regularmente. Elyz Marcondes dá ainda as seguintes dicas para prevenção às radiações eletromagnéticas:
• Evite usar por tempo prolongado o telefone celular. Sempre que possível, use-o com fones de ouvido.
• Procure levar o celular longe do corpo e, principalmente, o mais distante possível da cabeça.
• Menores de 14 anos e pessoas que usam marca-passo ou aparelhos de audição devem utilizá-los com moderação.
• Ao operar o forno de micro-ondas, não que em suas proximidades, pois pode haver fuga de radiação acima do limite estabelecido pelos fabricantes. A radiação emanada do forno de micro-ondas atinge principalmente o fígado.
• Nos monitores de computador, dê preferência para os que têm o selo Low Emission do EPA e procure manter- se sempre a distância de, pelo menos, 90 cm da tela. Para TV, a distância é proporcional ao tamanho do tubo.
• Não permaneça ou trabalhe próximo da parte de trás de monitores e TVs. A radiação eletromagnética nesse local é mais elevada do que na parte frontal.
• Não trabalhe, tampouco more a uma distância inferior a 150 m das linhas de transmissão de alta tensão ou de subestações da rede elétrica. Estudos comprovam que as radiações emanadas pelos campos eletromagnéticos de baixa frequência (ELF) desses locais são indutoras de câncer e de leucemia (principalmente para crianças).
• Use com moderação secadores de cabelo, escovas de dente e barbeadores elétricos.
 Revista Geografia

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