sábado, 21 de julho de 2012

Favela do Esqueleto




 A Favela do Esqueleto, na Tijuca, que chegou a ter quase quatro mil barracos e cerca de 12 mil habitantes. Os primeiros moradores se fixaram no local ainda na década de 50. As casas foram erguidas com restos do que seria o Hospital das Clínicas da Universidade do Brasil. A construção, no entanto, foi interrompida e nunca mais retomada. “Todo o processo de remoção foi conduzido com muita rapidez. As famílias cadastradas eram levadas para os conjuntos habitacionais e os barracos iam sendo derrubados  para a construção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e de um trecho da Avenida Radial Oeste. 
Os últimos 495 barracos da Favela do Esqueleto foram demolidos em 1965. Os ex-moradores acreditam até hoje que a ação teve fins políticos. “Foi uma jogada do Lacerda porque ele queria se eleger presidente. Minha família foi toda para a Vila Kennedy”, conta Dilmo, que preferiu ficar na Mangueira por causa do samba. Pouco mais de quatro décadas após a remoção, ele lembra com saudade dos amigos que se espalharam pela cidade. “Muitas pessoas eu nunca mais encontrei. Naquela época, o tráfico ainda estava no começo, tinha o malandro, o jogo de roda, mas ninguém na favela conhecia a cocaína. O clima era muito tranqüilo”, conta.


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