Contrabando de marfim, lixo tóxico irregular e demais crimes ambientais geram US$213 bilhões anuais
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David Biello
Na Somália, o grupo terrorista al-Shabaab recebe pelo menos US$38 milhões todos os anos por cortar árvores ilegalmente e transformá-las em carvão. A atividade é a maior fonte de renda do grupo. No continente africano como um todo, o comércio ilegal de carvão – principal combustível de cozinha da África – provavelmente produz mais dinheiro que o tráfico ilegal de drogas.
Se reunidos, todos os tipos de crimes ambientais – do contrabando de marfim ao despejo ilegal de lixo tóxico realizado pela China – gera até US$213 bilhões para indivíduos indesejáveis em todo o mundo. Os dados foram compilados em um novo relatório do Programa Ambiental das Nações Unidas e da Interpol.
A maior porcentagem desse valor vem de crimes florestais – o corte ilegal de madeiras raras, como teca, e outras árvores ilegalmente derrubadas e perdidas na forma de exportação. E também existe o contrabando de vida selvagem, morta ou viva.
O contrabando de marfim chega a US$165 milhões anuais na Ásia, enquanto nossos parentes vivos mais próximos – grandes primatas como chimpanzés, gorilas e orangutangos – estão sendo sequestrados na natureza e vendidos a colecionadores particulares.
Mas o crime ambiental pode ser enfrentado. O Brasil, por exemplo, já reduziu dramaticamente o desmatamento da Amazônia com melhor policiamento, e a África Oriental aumentou suas apreensões de marfim. E, como consumidores, todos nós podemos ajudar no combate ao crime reduzindo a demanda por esses produtos. Simplesmente diga “não”.
Scientific American Brasil
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