terça-feira, 22 de junho de 2010

O boi brasileiro é imbatível

O boi brasileiro é imbatível

Rebanho bovino do país bate recordes de produção e de vendas externas

NILZA BELLINI

Foto: Nilza Bellini

Com um rebanho de quase 200 milhões de cabeças e faturamento de mais de US$ 28 bilhões por ano, a bovinocultura representa a maior fatia do pujante agronegócio brasileiro, além de responder por cerca de 7,5 milhões de empregos. No ano passado, em função da restrição ao crédito e da queda no consumo, ainda reflexos da crise econômica que teve início em 2008, houve redução de exportações de carne in natura de 23% (de US$ 5,3 bilhões para US$ 4,1 bilhões). Passado esse período difícil, no entanto, a retomada do comércio mundial da carne brasileira já vem ocorrendo, como mostram os resultados dos dois primeiros meses deste ano.

A receita das exportações do setor em fevereiro de 2010 foi de US$ 973 milhões, o que representou um aumento de 24,5% em relação ao mesmo mês de 2009 (US$ 781 milhões). “Isso é reflexo da demanda antes reprimida sobretudo de dois países, o Irã e a Rússia”, diz Otávio Hermont Cançado, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). “O Irã é o segundo maior importador de carne bovina in natura do Brasil e paga melhor que o primeiro, a Rússia”, explica. “A demanda iraniana no primeiro bimestre do ano elevou-se em 216% sobre os valores faturados no mesmo período do ano anterior, e a da Rússia subiu 35%”. Para o final de 2010, a Abiec prevê um crescimento total de 10% a 15% na receita das exportações.

Ao mesmo tempo, a cadeia produtiva do couro, que abrange os setores de curtumes e calçados, gera mais de 500 mil empregos e movimenta receita superior a US$ 21 bilhões por ano. As exportações brasileiras de couros somaram US$ 234 milhões nos dois primeiros meses deste ano, registrando crescimento de 59,18% em relação ao mesmo período de 2009. O cálculo é do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base na prévia da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em fevereiro, os embarques foram de US$ 130 milhões, representando um aumento da ordem de 75,68%, ante o mesmo mês do ano passado e de 25% em relação a janeiro de 2010.

A demanda pela carne brasileira, que mantém o país no primeiro lugar entre os exportadores mundiais, não decorre, apenas, da retomada da economia. Nesta última década, a pecuária deixou de ser uma atividade defasada tecnologicamente para incorporar modernizações em todos os seus aspectos: da seleção genética das matrizes até as metodologias de recuperação de pastos e desenvolvimento sustentável, do combate às doenças como a febre aftosa até sistemas de rastreabilidade capazes de garantir o controle total sobre a história do animal destinado à exportação.“Tudo caminha para tornar a carne brasileira um produto destacado, com valor agregado, e não simples commodity”, diz Lygia Maria Pimentel, veterinária e consultora de mercado da Scot Consultoria, empresa de coleta e análise de informações de mercado para o campo.

Lygia observa, porém, que o caminho a percorrer ainda é longo. Atualmente, o Brasil cria 1,16 cabeça de gado por hectare de pasto, o que é pouco quando se leva em conta a tecnologia disponível para o campo. Mesmo assim, esses números colocam a média nacional bem acima da mundial, que é de 0,4 cabeça por hectare. “Somos exemplo para outros países, mas quando as práticas de manejo já disponíveis forem realmente adotadas será possível quase quadruplicar a produção”, afirma ela.

Vale lembrar que a criação de gado no Brasil é, sobretudo, de pasto. O confinamento, sistema em que os bovinos ficam fechados em piquetes ou currais e os alimentos e a água são fornecidos em cochos, é usado apenas na fase de produção que antecede o abate, o que corresponde, em geral, a 8% da vida do animal, ou seja, 75 dias dos 30 meses que ele vive em média. Essa modalidade é usada na época seca do ano e exige investimentos e logística, uma vez que a produção regional dos grãos que servirão de alimento e os frigoríficos com abatedouro que adquirirão o gado precisam estar situados a razoável proximidade da fazenda, para que haja compensação econômica.

A notoriedade do gado brasileiro tem provocado reação dos concorrentes, o que muitas vezes prejudica nosso comércio externo. Nenhum outro país, porém, tem quantidade ou preços mais competitivos que o Brasil, que apresenta ainda um grande potencial de expansão. A China, embora disponha de uma grande área territorial e um dos consumos mais baixos do mundo, não tem recursos hídricos para intensificar a exploração da pecuária e promete tornar-se um forte cliente brasileiro. A Europa enfrenta problemas de espaço e luminosidade. Produtores menores, como a Irlanda, fazem eventualmente pressão contra a importação de carne brasileira, como aconteceu no final de 2007, quando nossas vendas para a Europa foram embargadas durante algum tempo.

Sustentabilidade nos pampas

A pecuária evoluiu nesta década graças à tecnologia desenvolvida pela iniciativa privada e, principalmente, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que desde sua criação, em 1973, estuda o segmento. Hoje, o rebanho nacional de gado de corte é de aproximadamente 137,5 milhões de cabeças. Porém, ainda há arestas a aparar. Para toda a cadeia produtiva da carne se organizar eficientemente no Brasil, é necessário não só implementar uma forte política de incentivo ao pecuarista e à indústria como estimular ainda mais a pesquisa científica.

No sul do país, em particular no Rio Grande do Sul, a pecuária sempre foi feita sobre pastagens naturais, num ecossistema único no planeta, com uma extensa diversidade vegetal, que recebe em nosso país o nome de bioma pampa e é responsável pela alimentação de cerca de 90% do rebanho de produção de carne daquele estado. São campos que se estendem para além das divisas territoriais, até a Argentina e o Uruguai. Nenhum dos três países, até recentemente, deu importância a um manejo correto do meio e a sua recuperação. Foi a Embrapa Pecuária Sul, unidade da empresa ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que iniciou um importante estudo sobre o tema, ainda em desenvolvimento.

Daniel Montardo, chefe adjunto de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Embrapa Pecuária Sul, alerta para o fato de que os pampas não têm o mesmo potencial produtivo das pastagens cultivadas, mas ainda assim permitem a exploração econômica aliada à sustentabilidade, já que não são resultantes de desmatamentos, mas a vegetação original daquela região. Ela persiste durante todo o ano, sem necessidade de semeadura, o que traz vantagens econômicas para o pecuarista, que pode diminuir seus gastos com a alimentação do rebanho. Com manejo adequado, segundo Montardo, é possível reduzir o uso de ração, pelo menos durante os seis meses da “estação quente”, e baratear o custo da criação. No período mais frio, o campo nativo fica crestado pela geada. Para resolver o problema, estuda-se a introdução de espécies de plantas que ofereçam uma concentração de nutrientes adequada. “A ideia é manter a biodiversidade, por meio de manejo correto e preservação do conjunto de espécies existentes, sem grande adubação, mas com a inclusão de outras variedades naturais”, diz ele.

A questão da sustentabilidade se tornou prioridade no Brasil não apenas por consciência ecológica dos agroindustriais brasileiros, mas por pressão externa. Organizações não governamentais eventualmente veiculam na mídia europeia anúncios-denúncia que sugerem evitar o consumo de carne brasileira, de modo a não contribuir (segundo os ativistas) para a derrubada da floresta amazônica. Esse tipo de pressão fez o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) buscar alternativas para evitar a continuidade do desmatamento e a expansão da fronteira pecuária na Amazônia. Desde o ano passado, o agente financeiro adotou novas exigências para concessão de financiamentos aos frigoríficos, que estão obrigados a comprovar sua adesão ao sistema de rastreabilidade.

A vida do gado no computador

O engenheiro agrônomo Márcio Vinícius Ribeiro de Moraes, diretor da Pantanal Certificadora e Identificadora, empresa autorizada pelo Mapa a identificar e certificar bovinos de acordo com as normas impostas pelos importadores para a compra da carne brasileira, explica que nenhum quilo de carne pode ser exportado se o gado correspondente não tiver sido rastreado. Para isso, o bezerro recebe uma espécie de brinco ou button, que é fixado na orelha do animal e contém um código de barras com informações sobre sua origem, sexo, raça e condição sanitária, além da produção e da produtividade das fazendas por onde passou. Por enquanto, cerca de 3 mil propriedades pecuaristas realizam esse controle no Brasil, para poder vender bois para a indústria exportadora.

O sistema, chamado Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), é gerido pelo Mapa. O procedimento exige o credenciamento de um médico veterinário, constantemente avaliado e monitorado pelos auditores do governo federal. É esse profissional que faz as vistorias nas propriedades rurais e as relata ao ministério, para que sejam acrescentadas às informações que constam do código de barras.

Em âmbito mundial, as origens desse sistema remontam a 1995, após o registro de um episódio de intoxicação humana por salmonela na Inglaterra. Em 1999, na Bélgica, cientistas descobriram que a carne bovina estava contaminada com dioxina, uma substância tóxica derivada de processos industriais e que poderia estar na ração que alimenta o gado. Contudo, a gota de água para a implantação da rastreabilidade foi a notícia da contaminação de carne canadense pelo mal da vaca louca, doença provocada sobretudo pela ingestão de ração com restos animais.

No Brasil, esse “passaporte” da carne, que dá garantias quanto ao registro, controle, identificação e inspeção dos animais e seus produtos, vem sendo exigido pelos importadores desde 2000. Aqui o gado é totalmente vegetariano e, portanto, a doença da vaca louca é praticamente impossível. Contudo, dois casos emblemáticos reforçaram essa exigência: em 2005, um foco de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e no Paraná e, em 2008, a notícia da adulteração de laticínios com soda cáustica, formol e água oxigenada. Além do controle sanitário, os importadores exigem que os animais cujos dados constam do sistema do Sisbov não sejam criados em locais que constem da relação de áreas embargadas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devido a desmatamento nem da “lista suja” do Ministério do Trabalho e Emprego e que não tenham origem em fazendas condenadas por invasão de terras indígenas, violência agrária ou grilagem de terras. Todos os países da União Europeia, além de Chile, Albânia e Suíça, estabelecem a rastreabilidade para a importação da carne. Outras nações já acenaram com a possibilidade próxima da imposição, como Rússia, Japão, China, Egito e outros.

O controle do desmatamento

A cada ano, 43,1 milhões de cabeças de gado são abatidas no Brasil. A produção anual de carne in natura está estimada em 9,15 milhões de toneladas, e a exportação em 2 milhões de toneladas. O consumo per capita de carne no Brasil é bastante superior ao da União Europeia: 36,7 quilos, enquanto na Europa é de cerca de 17 quilos. Existem 225 milhões de hectares de pastagens espalhados pelo país, 750 indústrias frigoríficas de médio e grande porte, 560 indústrias de curtume e 4,2 mil empresas fabricantes de calçados. A grande maioria dos animais (85%) está livre da febre aftosa. A principal meta das associações de criadores, agora, é reduzir ao mínimo a degradação ambiental na Amazônia.

A pecuária aparece como a principal causa de desmatamento do bioma amazônico, que se espalha por nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. O engenheiro agrônomo Judson Ferreira Valentim, chefe geral do Centro de Pesquisa Agroflorestal do Acre, da Embrapa, e membro do conselho diretor da Oscip Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, diz que o grande problema da pecuária na Amazônia ainda é o baixo nível tecnológico da atividade na maioria das propriedades.

“De qualquer forma, a situação melhorou bastante nos últimos anos”, diz ele. Em 2009, o Ministério do Meio Ambiente anunciou dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com a menor taxa de desmatamento da Amazônia desde 1988: um recuo de 45% no período de 2008 a 2009, em relação a 2007-2008. “Houve um aumento da eficiência das ações de controle governamentais”, diz Judson. “O governo identificou 36 municípios onde o desmatamento era intenso e os puniu com restrições a financiamento. Além disso, a criação de novas tecnologias, como a eletrificação de cercas por painéis de energia solar, barateou a implantação de sistemas de manejo e rotação do gado.”

Judson observa que 70 milhões de cabeças são criadas na Amazônia em 61 milhões de hectares de pastagens nativas e cultivadas. “Com o uso adequado de tecnologias já validadas pela Embrapa em diferentes condições ambientais, é possível converter os atuais sistemas de produção extensivos em sistemas intensivos capazes de sustentar um crescimento de 175% do rebanho atual de bovinos e outros, sem necessidade de desmatar novas áreas”, afirma ele. “O que se discute, agora, é como pagar melhor o produtor que adotar essas tecnologias”, diz.

A predominância do nelore

No mundo, há aproximadamente mil raças de bovinos, das quais 250 têm alguma relevância. No Brasil, são cerca de 60 as que podem ser exploradas comercialmente. Elas podem ser divididas em três grupos: para produção de leite, de carne ou com dupla aptidão (corte e leite). Com exceção de algumas regiões da Amazônia e do sul do país, a raça mais popular no Brasil é o nelore (ou anelorado, resultante de cruzamento), cujo rebanho, de cerca de 110 milhões de cabeças, corresponde a 80% do total de gado de corte. Da família zebuína, o nelore tem origem indiana e chegou ao país ainda no século 19, pelo porto de Salvador.

André Locateli, gerente executivo da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, conta que na Índia, onde o boi é sagrado, a raça é chamada de ongole. No Brasil, ficou conhecida como nelore porque as primeiras reses que vieram para cá foram embarcadas num antigo porto indiano que tinha esse nome. Depois, já no início do século 20, algumas cabeças que chegaram ao Rio de Janeiro foram se multiplicando, passando a ser criadas também em São Paulo e Minas Gerais e, em 1938, foi possível dar início ao registro genealógico da raça no Brasil. As últimas importações de reprodutores de nelore da Índia aconteceram no começo da década de 1960. A partir daí foram proibidas pelo governo, por razões sanitárias.

Como tem pelo curto e grosso, o nelore resiste bem ao calor e aos parasitas. Além disso, consegue extrair muitos nutrientes de capins grosseiros, pouco atraentes para outras raças, como as europeias. As fêmeas são excelentes mães e, por sua rusticidade, são a base para cruzamento com todas as variedades criadas no Brasil. Locateli explica que o nelore tem uma fisiologia diferente do gado europeu: sua gordura fica embaixo da pele, restrita à área externa ao músculo, enquanto nas raças europeias a gordura é intramuscular, o que contribui para maior maciez da carne. Durante muito tempo essa característica fez o nelore ser menos valorizado, mas hoje, com técnicas de melhoramento genético e mudança de hábitos alimentares, sua carne magra tornou-se bastante prestigiada e é exportada para quase 150 países.

A novidade entre os criadores, agora, é a compra de embriões, já autorizada pelo governo, que permitirá um “refrescamento” do sangue e o surgimento de uma linhagem genética nova de nelore, segundo informa Locateli. Essa medida deverá ampliar o percentual de venda de sêmen de nelore para inseminação, que, em 2009, correspondeu a 51% desse mercado. Em segundo lugar, com 25%, ficou a venda de sêmen de angus (e de red angus), raça europeia originária do norte da Escócia. Por enquanto, a angus é a mais testada. Em cruzamentos com nelores nascem reses que podem ser abatidas jovens – uma exigência do mercado moderno.

O fato é que a complexidade desse setor, em todos os seus aspectos, exige cada vez mais da cadeia produtiva e dos cientistas brasileiros. O improviso foi abandonado de vez e em seu lugar o que se vê é o requinte e a sofisticação técnica. E, com essas vantagens competitivas, o país caminha para se tornar imbatível no mercado mundial.

Leite também é exportado

O leite é um dos mais importantes alimentos para a nutrição humana. Segundo cálculos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO, na sigla em inglês), serão produzidos no mundo, em 2010, cerca de 578 bilhões de litros. A Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL) estima que, desse montante, 28,6 bilhões serão ordenhados no Brasil, o que coloca nosso país no sexto lugar entre os maiores produtores globais.

Vicente Nogueira Netto, diretor da CBCL e presidente da Federação Pan-Americana de Leite, explica que o setor foi beneficiado por recentes medidas do governo relativas às compras externas, que incluíram, entre outras, a adoção de mecanismos de proteção aceitos pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 2008, o Brasil alcançou um saldo positivo de US$ 300 milhões – foram US$ 540 milhões em exportações, invertendo a tendência anterior. “Em 2009 voltamos a ter déficit, mas posso afirmar que essa foi apenas uma eventualidade”, diz Nogueira Netto, creditando os problemas à crise mundial. “Avançamos bastante em termos de qualidade, tanto da genética bovina quanto de outros elos da cadeia produtiva”, afirma ele.

Cerca de 80% do leite brasileiro vem da agricultura familiar, que, atualmente, mantém estrutura para resfriar o produto imediatamente após a ordenha. O manejo é também um dos principais fatores para explicar o aumento da produção, uma vez que o leite, por ser altamente perecível, já não se perde na etapa do transporte.

O crescimento do número de indústrias de derivados lácteos e o aprimoramento de suas atividades influenciaram decisivamente esse processo. Sob fiscalização rigorosa dos órgãos de controle de higiene alimentar, a cadeia produtiva brasileira exporta mais de 40 tipos de queijos, iogurtes e outros lácteos.

A melhoria na qualidade de vida do brasileiro é outro fator que deve ser levado em conta. No início desta década, o consumo per capita no país não ultrapassava 98 litros. Hoje, atinge 148 litros por habitante/ano, um índice considerado razoável, embora a recomendação da Organização Mundial da Saúde para países em desenvolvimento seja de 200 litros por ano.

O gado nelore não é adequado para a produção de leite. As principais raças leiteiras exploradas no Brasil são as que provêm de gado mestiço holandês-gir (cerca de 70% da produção).

Revista Problemas Brasileiros

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