Gabi Monteiro
Em teoria, não - o continente não tem governo e nenhum habitante permanente. Na prática, sete países reivindicam parte do local (veja abaixo), mas essa disputa está suspensa até 2040 pelo Tratado da Antártida, que estabelece que ela é um território neutro, voltado somente à pesquisa científica, e proíbe a instalação de bases militares, a exploração de recursos naturais e o teste de armas, entre outros usos. Esse documento foi assinado em 1959, durante a Guerra Fria (ou seja, foi um tratado de paz em uma época de tensão) e entrou em vigor em 1961. Mais de 50 nações aderiram ao tratado, dentre elas o Brasil, que em 1982 inaugurou por lá a Estação Antártica Comandante Ferraz.
DISPUTA GELADA
O mapa acima mostra as áreas reivindicadas do continente por Argentina, Austrália, Chile, França, Reino Unido, Noruega e Nova Zelândia. As fatias reclamadas por Argentina, Chile e Reino Unido se sobrepõem em algumas partes. Além disso, pelo Tratado da Antártida, EUA e Rússia têm o direito de reivindicar território se quiserem. Mas, até 2040, o continente é uma terra neutra, dedicada à ciência
QUER BRINCAR NA NEVE?
Existem hoje cerca de 70 estações de pesquisa no local, operadas por 29 países. Para fazer estudos na Antártida, é necessário não só respeitar o Tratado da Antártida como também o Protocolo de Madri sobre Proteção Ambiental, que entrou em vigor em 1991. Ele proíbe confrontos violentos, atividades com resíduos radioativos, brigas por território e qualquer ato que represente risco à vida selvagem
TERCEIRAS INTENÇÕES
Até 2040, ano em que o tratado deve ser revisado, qualquer exploração voltada à obtenção de recursos naturais, como a extração de minérios e petróleo, está proibida. Essa discussão deve ficar mais polêmica no futuro: além de poder ter petróleo em seu subterrâneo, a Antártida também tem uma larga reserva de água doce - recurso natural que está ficando cada vez mais precioso
FONTES Itamaraty, Ministério do Meio Ambiente, Globo Repórter, COP Grey
ILUSTRA: Yasmin Ayumi
Em teoria, não - o continente não tem governo e nenhum habitante permanente. Na prática, sete países reivindicam parte do local (veja abaixo), mas essa disputa está suspensa até 2040 pelo Tratado da Antártida, que estabelece que ela é um território neutro, voltado somente à pesquisa científica, e proíbe a instalação de bases militares, a exploração de recursos naturais e o teste de armas, entre outros usos. Esse documento foi assinado em 1959, durante a Guerra Fria (ou seja, foi um tratado de paz em uma época de tensão) e entrou em vigor em 1961. Mais de 50 nações aderiram ao tratado, dentre elas o Brasil, que em 1982 inaugurou por lá a Estação Antártica Comandante Ferraz.
DISPUTA GELADA
O mapa acima mostra as áreas reivindicadas do continente por Argentina, Austrália, Chile, França, Reino Unido, Noruega e Nova Zelândia. As fatias reclamadas por Argentina, Chile e Reino Unido se sobrepõem em algumas partes. Além disso, pelo Tratado da Antártida, EUA e Rússia têm o direito de reivindicar território se quiserem. Mas, até 2040, o continente é uma terra neutra, dedicada à ciência
QUER BRINCAR NA NEVE?
Existem hoje cerca de 70 estações de pesquisa no local, operadas por 29 países. Para fazer estudos na Antártida, é necessário não só respeitar o Tratado da Antártida como também o Protocolo de Madri sobre Proteção Ambiental, que entrou em vigor em 1991. Ele proíbe confrontos violentos, atividades com resíduos radioativos, brigas por território e qualquer ato que represente risco à vida selvagem
TERCEIRAS INTENÇÕES
Até 2040, ano em que o tratado deve ser revisado, qualquer exploração voltada à obtenção de recursos naturais, como a extração de minérios e petróleo, está proibida. Essa discussão deve ficar mais polêmica no futuro: além de poder ter petróleo em seu subterrâneo, a Antártida também tem uma larga reserva de água doce - recurso natural que está ficando cada vez mais precioso
FONTES Itamaraty, Ministério do Meio Ambiente, Globo Repórter, COP Grey
Revista Mundo Estranho
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