sábado, 15 de novembro de 2008

DICAS DE VESTIBULAR 7

Divisão internacional do trabalho (DIT).
A atual divisão internacional do trabalho, que tem a hegemonia do capital financeiro tem dois vetores estruturais chaves: o primeiro deles é a reestruturação empresarial em todo o mundo, caracterizada pela maior concentração e centralização do capital, nos setores produtivos, bancário e financeiro, que tornou ainda mais importante o papel das grandes corporações transnacionais. Estas empresas, na realidade grandes oligopólios, controlam os principais mercados do globo, como o de computadores (dez empresas controlam 70% da produção), de automóveis (dez empresas respondem por 82% da produção), petroquímica (oito empresas dominam 71% do setor) e de material de saúde (sete empresas produzem 92% no mundo). Cerca de apenas 14 Estados nacionais possuem um PIB superior à movimentação financeira da Exxon, Ford ou General Motors. Calcula-se que mais da metade do comércio internacional ocorre dentro das próprias corporações transnacionais, entre matriz e filiais, superando, portanto, as trocas realizadas entre as nações.

O outro vetor que influencia fortemente a atual divisão do trabalho está relacionado aos Investimentos Diretos no Exterior (IDE), cujos fluxos aumentaram muito na década passada, inclusive para países semiperiféricos, mas que continuam ainda muito concentrado nos países centrais. Apesar do significativo aumento destes investimentos nas últimas décadas, diminuiu a participação das economias periféricas, praticamente sem alteração da fatia dos países desenvolvidos, que é muito grande.

Um dos elementos-chave da nova ordem econômica global é a atração das corporações pela via da redução dos custos do trabalho nos países periféricos e semiperiféricos, através de uma série de medidas: contratos de trabalhos temporários, contratos com encargos sociais reduzidos, flexibilização da jornada de trabalho, etc.

O desenvolvimento, em escala mundial, de indústrias viabilizadas por mão-de-obra barata provocou uma maior concentração da renda e a redução da demanda interna nas economias periféricas. O pior é que, mesmo com as concessões de subsídios públicos e de redução dos salários reais, não há garantias de que o investimento não possa se deslocar para outro país que ofereça condições ainda melhores.
yahoo respostas - pensador usuário eclético

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