domingo, 31 de março de 2019

Glifosato: o polêmico herbicida em todo mundo


O glifosato, herbicida mais utilizado do mundo, é acusado de provocar câncer, mas até agora poucos países proibiram o uso da substância

 Agência France




(foto: Reprodução ) 
Desde 2015, a substância é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como "cancerígeno provável". É usado sob distintas marcas, sendo a mais conhecida delas o Roundup, fabricado pela Monsanto, propriedade do grupo alemão Bayer.


Confira abaixo algumas das restrições vigentes em vários países e regiões do mundo:


Estados Unidos

Na terça-feira, um júri americano considerou que o Roundup contribuiu para o linfoma não Hodgkin (LNH) de Edwin Hardeman, aposentado de cerca de 70 anos.


Em agosto passado, um tribunal de San Francisco condenou a Monsanto a pagar 289 milhões de dólares a Dewayne Johnson, que tinha o mesmo câncer.


A Justiça decidiu que o Roundup foi a causa de sua doença e que a Monsanto agiu de forma mal-intencionada, dissimulando riscos de seus produtos com glifosato.


A multa foi reduzida para 78,5 milhões de dólares por uma juíza, mas a Bayer apelou da decisão.


O grupo farmacêutico e de agroquímica alemão afirma que "a ciência confirma que os herbicidas à base de glifosato não geram câncer".


Nos Estados Unidos, há milhares de processos em curso contra a Monsanto, mas o que ocorrer no caso Hardeman, que ainda pode durar duas semanas, será crucial para o futuro.


América Latina
No Brasil, a Justiça pediu em 2015 para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliar "urgentemente" sua toxicidade diante de uma possível proibição - uma decisão que não agrada ao poderoso lobby do agronegócio.


Na Colômbia, as pulverizações aéreas de glifosato foram proibidas em 2015 pela Corte Constitucional. Mas Iván Duque, presidente desde 2018, é favorável a retomá-las para fazer frente ao aumento recorde das plantações de drogas.


Em El Salvador, o glifosato integrava a lista de 53 produtos agrícolas proibidos em 2013, mas logo foi retirado, com outras dez substâncias. Há uma comissão encarregada de avaliar os riscos.


Na Argentina, os conflitos entre os habitantes e os agricultores que usam glifosato são constantes. O segundo grupo considera o produto indispensável para seu trabalho. Contudo, como não existe uma legislação nacional, as prefeituras devem tomar decisões locais para limitar a fumigação.

Europa 
Após dois anos de debates especialmente intensos, em 2017 os Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram renovar por cinco anos a licença do glifosato.


A Comissão Europeia, órgão executivo da UE, justificou a decisão pela aprovação de suas agências científicas, a Efsa (segurança alimentar) e a Eccha (produtos químicos), que não consideraram a substância cancerígena.


Mas a independência da Efsa está em xeque. Vários jornais revelaram que seu relatório tinha trechos idênticos aos de um documento da Monsanto de 2012.


Já o governo francês prometeu que o glifosato seria parcialmente proibido em 2021, e totalmente, dentro de cinco anos.


Sri Lanka 
O herbicida foi proibido no Sri Lanka em junho de 2015, porque foi considerado responsável por uma doença nos rins, que afeta moradores das zonas de produção de arroz.


A comunidade científica do país destacou, porém, que não existem estudos que associem o glifosato diretamente à doença renal crônica. Com isso, a proibição foi suspensa em maio de 2018, com uma autorização de utilização nas plantações de chá e da seringueira.

quarta-feira, 27 de março de 2019

A falência da democracia


Com base na jusfilosofia, Roberto Beijato faz uma análise da democracia brasileira, confira!

Roberto Beijato Junior | Foto Shutterstock | Adaptação web Isis Fonseca


A democracia, como sabemos, possui seu mais valioso fundamento na outorga de poder ao próprio povo, que o exercerá diretamente ou, como é a regra geral no Brasil, por meio de representantes eleitos para tal fim. A própria Constituição Federal no parágrafo único de seu primeiro artigo estatui que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

No plano das ideias o dispositivo constitucional não deixa dúvidas ao instituir um regime democrático no Estado brasileiro, outorgando ao próprio povo todo o poder estatal.

Pressupõe-se, de igual modo, como decorrência lógica de uma democracia, que o povo tenha a possibilidade de escolher sujeitos para exercerem em seu nome referido poder, representando efetivamente os anseios populares.

Não é de hoje, entretanto, que os representantes eleitos exercem o poder em benefício próprio e daqueles que financiaram suas candidaturas, renegando ao povo – o verdadeiro detentor do poder – os últimos graus de prioridade.

Os constantes escândalos de corrupção que assolam o Brasil e constituem, a bem da verdade, o câncer que insiste em manter os excessivos níveis de desigualdade social e cultural no Brasil tornam a população absolutamente descrente naqueles que exercem o poder em seu nome, bem como torna a população descrente da própria política em si.

Trata-se, a evidência, de uma consequência da situação política brasileira e que não requer muitas digressões para ser percebida. Ora, enquanto o Brasil é um dos países com a maior carga tributária do mundo, é ao mesmo tempo, um dos países mais mal colocados nos índices educacionais.

Basta compararmos: em 2015 a tributação brasileira alcançou o expressivo índice de 33,47% do PIB nacional, segundo dados divulgados pela própria Receita Federal. Países conhecidos pela elevada tributação – porém com a devida contrapartida em qualidade de vida – como a Suíça, por exemplo, teve, no mesmo período, o total de 26,6% de seu PIP composto pela carga tributária. Os Estados Unidos da América registrou 26%, enquanto o Canadá registrou 30,8%, ambos no mesmo período.

Por outro lado, num ranking de 76 países, o Brasil é apenas o 60º no quesito educacional. A saúde pública, ademais, dispensa comentários face a notoriedade dos absurdos a que é submetida a população. A segurança pública, de igual modo, mostra a extrema violência que predomina nas grandes cidades brasileiras – reflexo da falta de investimento educacional -, sem mencionar a crise no sistema penitenciário brasileiro que não é sequer controlado pelo Estado. As imagens de presos sendo decapitados por outros presos em guerras entre facções que ocorreram livre da intervenção estatal chocaram o mundo.

Evidente que há uma disparidade notável entre a carga tributária brasileira – uma das mais altas do mundo – e a qualidade do serviço público ofertado à população – uma das piores do mundo. Para onde será que vai todo esse dinheiro, perguntamo-nos? Bem, os constantes escândalos de corrupção que testemunhamos diariamente respondem a essa pergunta. São bilhões em corrupção, contratos superfaturados, pagamentos mascarados como doações de campanha, etc.
Além da Jusfilosofia

O povo, detentor do poder, diga-se de passagem, paga elevadíssimos custos para manter os custos financeiros da corrupção que beneficia um pequeno grupo.

Há, neste sentido, uma clara desvirtuação do sistema democrático brasileiro. Em termos platônicos – a partir da clássica divisão que caracteriza seu idealismo filosófico entre mundo inteligível e mundo sensível – a democracia, no plano das ideias constitui um conceito perfeito, sendo possível aferir a essência de tal conceito, ou seja, a coisa em si, somente transcendentalmente.

Por outro lado, a representação material da democracia será inevitavelmente desvirtuada e maculada pelas vicissitudes humanas. No Brasil tal disparidade mostra-se com peculiar ênfase. Uma coisa é o mundo das normas constitucionais, onde o poder emana do povo, onde é assegurado a todos um longo leque de direitos fundamentais individuais e sociais – entre estes últimos os próprios direitos à saúde, moradia, alimentação, etc., localizados no art. 6º da Constituição Federal.

Outra coisa, bastante diversa é a realidade bastante deplorável quando comparada ao estado de dever ser emanado da Constituição, a desvirtuação do mundo material atinge sobremaneira o modelo ideal que não é possível sequer observá-lo na prática, restando apenas simulacros de sua idealização. Tais simulacros, por sua vez, possuem um relevante papel em benefício do poder, mantendo a situação de conformação social face à naturalizada violência simbólica exercida constantemente.
Revista Conhecimento Prático Filosofia

A influência do consumo


Uma ampla abordagem sobre os supérfluos essenciais e a cultura do hedonismo

Paulo César Galetto | Foto Shutterstock | Adaptação web Isis Fonseca


Promovida pela aceleração do consumo e ainda sugestionada pela mídia, pelas facilidades e confortos que a tecnologia nos proporciona, além de outros recursos disponíveis, somos constantemente influenciados e estimulados a conviver com o ideal do ego em uma cultura em que tudo é possível, tudo pode ser adquirido.

Pressionadas por essa cultura hedonista, as pessoas vivem atualmente em busca de um padrão de vida perfeito. Este novo cenário traz uma apologia sobre o que é necessário e o que é supérfluo, tornando-se este último, o essencial.

É fato que os processos de mudança fazem parte da nossa evolução e estão em evidência nos dias atuais. Tais eventos, por sua vez, trouxeram um aumento da necessidade de consumir que leva a um aumento da necessidade de produzir que por sua vez leva à necessidade de utilizar cada vez mais recursos. O esquema abaixo ilustra a situação apresentada.
A relação do consumo com a produção


Como reflexo desse ciclo, significativas mudanças ocorrem em todas as esferas, sociais, culturais e econômicas, e como consequência disso, também está influenciando a psique humana.

Se o supérfluo tornou-se necessário, será que atualmente vivemos em um mundo em que as aparências são mais importantes do que o conteúdo?

“Nada é o bastante para quem
considera pouco o que já é suficiente”.
Aristipo, filósofo grego

Sobre outro viés, as empresas já projetam seus produtos para serem descartados, chama-se isto de “descartabilidade”, ou seja, os produtos já são produzidos com um ciclo de vida cada vez menor, estimulando as pessoas a consumirem ainda mais.

Ao mesmo tempo, essa cultura tem produzido um sentimento de vazio e não foi capaz de livrar as pessoas do desamparo, da ilusão e da culpa. Sob este ponto de vista, será que é por isso que as neuroses, as angústias e estados depressivos estão cada vez mais evidentes em nossa época?


Se por um lado tivemos um amplo desenvolvimento para a sociedade, por outro podemos pensar que também tivemos mudanças de hábitos de consumo. Em paralelo, as empresas e a mídia descobriram ao longo das décadas através de estudos do comportamento, as fragilidades mais íntimas do indivíduo.

Fica evidente neste caso que, se há um público consumidor para determinada mercadoria produzida compulsoriamente, há uma necessidade de influenciar as condutas individuais.

Bauman (2005) descreve quando nossa capacidade de querer, desejar e de experimentar novas emoções passou a ser estimulada pela mídia, repetidas vezes, o consumo adquire o status de consumismo. Sendo assim, que fatores que levam as pessoas a serem compulsivamente consumistas?

“A ânsia de um reconhecimento
e a busca desenfreada para ocupar
tal lugar na sociedade geram
nas pessoas estados depressivos,
baixando sua autoestima, caso o
indivíduo não esteja preparado,
pois se sente frustrado.” Zimerman (2010, p 20).
Diferença entre o consumo e o consumismo

Mancebo (2002) define o consumo como o conjunto de processos socioculturais nos quais se realizam a apropriação e os usos dos produtos para atender as necessidades de sobrevivência.

Já o consumismo, segundo Aguiar (2002), tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas. Tudo isso, leva as pessoas a gastarem exageradamente, com o objetivo de suprirem alguma indiferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa autoestima ou a perturbação emocional.


A cultura pós-moderna, cada vez mais, utiliza uma linguagem simbólica instituída pelo capitalismo através dos padrões de beleza, moda, marcas, status, etc. Sendo assim, cada vez mais as empresas vendem suas mercadorias projetadas para serem descartadas com maior rapidez, ditadas pelas tendências de mercado, baseados nas supostas vantagens e benefícios, e não pela real necessidade. Por sua vez, as pessoas assumem uma posição alienada de si, pois sua satisfação deve ser imediatamente atendida.

Se a cultura do excesso e a globalização passaram a ser uma ausência de fronteiras, então significa que o imediatismo exacerbado do “ter”, deixou o “ser” em segundo plano. Será que não existem mais fronteiras para mente?

Atualmente, o decorrente desejo pelo supérfluo e satisfação imediata através do consumismo está evidente em todas as camadas sociais. E está adquirindo um papel fundamental em nossa cultura e que através do consumismo, os valores humanos agora são outros.

Entretanto, Birman (2006) alerta sobre o assédio e os excessos do mundo pós-moderno como, por exemplo: frustração, culpa e desejos não atendidos, entre outros sentimentos podem manifestar-se, trazendo consequências psíquicas para o corpo.
O comportamento do consumidor

Podemos destacar como, por exemplo, John W. Watson, fundador do conceito “Behaviorismo” (comportamento); seus estudos foram essenciais para as organizações entenderem que uma propaganda repetitiva através de um forte apelo emocional reforçaria uma resposta e levaria a certos hábitos de compra.

Ernest Dichter, criador das pesquisas motivacionais, teve como base de estudos a psicanálise de Sigmund Freud e com estas referências, a ciência do comportamento ganhou uma posição mais segura.


A partir desses conceitos, as pesquisas de marketing e de motivação começaram a ter uma finalidade específica para as empresas, não só vender o produto, mas também a de descobrir as motivações ocultas nas pessoas.

Surgiu um novo campo de estudo, o estudo do comportamento dos consumidores, através de influências de Freud, Newman, Kanota, e Engel. As ciências comportamentais tornaram-se foco de estudo nas faculdades de Administração. O comportamento do consumidor começou a ser visto como um amplo campo de
pesquisa, envolvendo outras áreas do conhecimento como economia, marketing, psicologia e outras ligadas às ciências comportamentais, como sociologia e antropologia.

O exemplo de Engel (2005), que relata um caso de uma pesquisa de motivação foi utilizada observando que as mulheres assam um bolo a partir do desejo inconsciente de dar a luz. Descoberto isso, uma campanha desenvolvida pela Pillsbury capitalizou-se em cima da frase “Nada transmite tanto amor como algo saído do forno”.

Com base nessas pesquisas adquiriu-se novos conhecimentos e as empresas começaram a utilizar diversas técnicas para influenciar o comportamento do consumidor com declarações subliminares, atraindo-as pelo inconsciente com métodos para alcançar a mente das pessoas, induzindo-as e fazendo-as responder conforme o anunciante pretendia. Todas essas as ações desenvolvidas são estratégias de mercado para lançar seus produtos.

Sheth (2008) descreve que o comportamento do cliente é definido como as atividades físicas e mentais realizadas pelo cliente e que resultam em decisões e ações como comprar e utilizar um produto ou serviço bem como pagar por ele. O comportamento do consumidor é como atividade diretamente envolvida em obter, consumir e dispor de produtos e serviços, incluindo processos decisórios que antecedem e sucedem as ações.

Isto significa que: para o consumidor adquirir um produto é necessário passar por um processo de decisão de compra, pode-se destacar que ele precisa ter uma necessidade e um desejo em evidência.

No campo da Administração este processo decisório é definido como positivismo lógico, no qual há dois objetivos principais que precisam ser alcançados:

1. Entender e prever o comportamento do consumidor e;

2. Descobrir como influenciá-lo.
Variáveis que moldam a tomada de decisão e o comportamento de compra

As variáveis são determinadas por vários fatores, divididos em três categorias, conforme o esquema a seguir:


Importante enfatizar que, quando comportamento energizado é positivo, acelera o processamento de informação e reduz o tempo de decisão na seleção de produtos apropriados. E como as empresas projetam suas estratégias para descobrir essas influências motivadoras para satisfazer uma necessidade?

Tudo começa quando há um reconhecimento da necessidade. Uma necessidade é ativada e sentida à medida que esta energia aumenta e conduz a pessoa em direção a um objeto. Freud chamou isso de pulsão (impulso ou libido). E quanto maior é a pulsão, maior a investida e urgência em satisfazê-lo. Aqui pressupõe a falta que antecede a necessidade.


As empresas que estão atentas a esses fatores conseguem promover produtos que são mais eficazes para aumentar a urgência de atender este impulso. Estimulando certos padrões de comportamento e na busca para a satisfação de uma necessidade, estes surgem para funcionar como desejos.

Se uma pessoa tem sede ou fome, por exemplo, sente um desconforto, um desprazer (neste caso a falta de nutrientes); ou seja, uma necessidade biológica. Neste momento o comportamento é ativado, e o produto oferecido leva às associações positivas, que ativam estes impulsos. Essa necessidade quando ativada, conduz o indivíduo em direção ao objeto e ele passa a comportar-se de acordo com este desejo.

Neste caso, as empresas utilizam estratégias para ativar esta motivação pela aproximação. Este conceito é utilizado para descrever seus esforços reduzindo as associações negativas para aproximar o cliente do produto, oferecem certo tipo de compensação. Tudo isso tem um sentido óbvio: Fazer os consumidores se sentirem bem. Isto quer dizer que as necessidades podem ser criadas?

Segundo Engel (2008) é possível, pois já está evidente que os profissionais de marketing induzem a um hábito e a um novo padrão de comportamento, manipulando as pessoas a comprarem coisas que não precisam.

Por exemplo: A empresa lança a seguinte mensagem: “Você precisa deste produto porque você merece estar bem”.

Este forte apelo emocional segundo Engel (2008), remete inconscientemente a uma autogratificação e pode reforçar a autoestima e como consequência leva a um comportamento merecido, ou seja, neste caso, a frase acima pode induzir e envolver o consumidor a algo que realmente ele necessita, ou acha que necessita.

Entretanto, esta arte de influenciar as atitudes e comportamentos das pessoas é uma das tarefas fundamentais, porém mais desafiadoras que as empresas enfrentam atualmente para conquistar seus consumidores.
Revista Conhecimento Prático Filosofia

terça-feira, 26 de março de 2019

Desmatamento brasileiro pode elevar temperaturas em até 1,45ºC até 2050


Até 2050, a temperatura global poderá aumentar até 1,45ºC em razão da devastação das floretas brasileiras, mostra estudo conduzido por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e dos Estados Unidos

Vilhena Soares


Florestas liberam mais água para a atmosfera do que a vegetação aberta: impacto da derrubada é disseminado(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press )

O desmatamento de florestas no Brasil pode ter impacto significativo no aquecimento do planeta Terra. Um estudo conduzido por cientistas brasileiros e americanos mostra que, mantidos os ritmos atuais de degradação, a atividade será responsável por um aumento de 1,45ºC na temperatura global até 2050. No trabalho, divulgado na última edição da revista Plos One, os autores também reforçam que o reflorestamento pode ser a resposta para evitar esse cenário preocupante.

Os cientistas explicam que as florestas refletem menos luz solar e têm maior evapotranspiração (perda de água da vegetação para a atmosfera) do que a vegetação aberta, mantendo o ambiente do clima ameno. Dessa forma, o desmatamento afeta diretamente a temperatura da superfície terrestre local. Até recentemente, havia dados globais limitados sobre esse aspecto mais localizado do problema, o que impedia interpretações e previsões mais detalhadas.

Diante de novas informações acessíveis, a equipe utilizou um conjunto de dados globais, contemplando o período de 2000 a 2010, sobre cobertura florestal, taxas de evapotranspiração, reflexão solar e temperatura da superfície da Terra para construir um modelo que pudesse quantificar a relação entre a destruição da mata e as mudanças de clima em regiões tropicais, temperadas e boreais. “Nosso estudo surgiu do conhecimento gerado por estudos anteriores feitos por outros pesquisadores de diferentes países, aliado às experiências de cada autor do presente trabalho”, conta ao Correio Gisele Winck, uma das autoras e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O trabalho contou com a participação de cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores descobriram que a natureza do efeito de desmatamento e de florestamento e a magnitude da mudança de temperatura dependeram da latitude. Nas regiões tropicais e temperadas, a degradação levou ao aquecimento, enquanto o florestamento teve efeito de resfriamento. Nas regiões boreais, o desmatamento levou a um leve resfriamento, embora a magnitude do efeito fosse menor. A magnitude dos impactos da mudança florestal foi maior nas regiões tropicais, com, por exemplo, desmatamento de aproximadamente 50%, levando a um aquecimento local de mais de 1°C.

Combinação de impactos 


Também chamou a atenção da equipe o tamanho do impacto da devastação em um território pequeno. “Nos impressionou a magnitude do efeito que a mudança da cobertura florestal em uma área de 5 x 5 quilômetros (que foi a escala do nosso estudo) tem sobre a temperatura, e como o efeito se propaga de uma área desmatada para outras intactas ao redor”, detalha Gisele Winck. “Isso é alarmante, ainda mais quando pensamos que esse efeito que detectamos é adicional ao do aumento da temperatura devido às mudanças ambientais globais.”

O trabalho não resultou apenas em conclusões alarmantes. Segundo a autora, a boa notícia é que a magnitude do efeito da volta da floresta é o mesmo, mas de forma positiva, diminuindo o aumento da temperatura. “Nesse quesito, o que mais nos impressionou foi que o reflorestamento feito em um intervalo de apenas 10 anos foi suficiente para reverter os efeitos do desmatamento sobre o clima”, complementa Gisele Winck.

Os pesquisadores ressaltam que os resultados entram em concordância com uma série de pesquisas recentes voltadas para o aumento da temperatura global. “Segundo o quinto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), já estamos experimentando o efeito do aumento da temperatura em 1°C, com consequências locais e regionais graves, como ondas de calor, seca, aumento de focos de incêndio e da incidência de eventos extremos”, diz a autora. “Estamos em uma corrida contra o tempo para restringir o aquecimento global em 1,5°C nas próximas décadas. Soma-se a isso os até 1,5°C de aumento devido ao desmatamento. É imprescindível que cada um de nós esteja ciente desses dados e que saiba que, mesmo individualmente, podemos ajudar a minimizar esses impactos. Cada ação conta”, ressalta a cientista brasileira.


“O reflorestamento feito em um intervalo de apenas 10 anos foi suficiente para reverter os efeitos do desmatamento sobre o clima”

Gisele Winck, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

segunda-feira, 18 de março de 2019

Estudo aponta que dois terços das geleiras do Himalaia podem derreter até 2100


Segundo pesquisa do Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas, impacto pode variar de inundações a um aumento dos níveis de poluição do ar

Agência Estado




(foto: Reuters TV) 

Um terço das geleiras do Himalaia pode derreter até o fim do século em razão das mudanças climáticas, que ameaçam as fontes de água doce para cerca de 1,9 bilhão de pessoas, mesmo que os atuais esforços para reduzir o aquecimento global funcionem. Mas se essas ações falharem, o impacto pode ser ainda pior: dois terços das geleiras da região poderão derreter até 2100.
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As informações são de um estudo publicado nesta segunda-feira, 4, pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas. "O aquecimento global está a caminho de transformar os glaciares, os picos das montanhas cobertas por geleiras da região do Hindu Kush e Himalaia", disse Philippus Wester, da entidade, que liderou as pesquisas.

O estudo foi realizado durante cinco anos e observou os efeitos das mudanças climáticas na região que passa por Afeganistão, Paquistão, Índia, Nepal, China, Butão, Bangladesh e Mianmar. A área, que inclui algumas das montanhas mais altas do mundo, tem geleiras que alimentam sistemas fluviais como os rios Indo, Ganges, Yangtzé e Mekong.

(foto: University of Kashmir)

As pesquisas apontam que o impacto do derretimento pode variar de inundações causadas pelo aumento de escoamento a uma elevação dos níveis de poluição do ar em razão do carbono negro e poeira depositada nas geleiras.

Saleemul Huq, diretor do Centro Internacional para Mudança Climática e Desenvolvimento, um centro de pesquisas sobre meio ambiente em Dhaka, descreveu as descobertas no estudo como "muito alarmantes". "Todos os países afetados precisam priorizar o combate a esse problema antes que ele atinja proporções de crise", afirmou.

Huq foi um dos revisores externos do estudo, que ressaltou ainda que mesmo que um ambicioso Acordo de Paris consiga limitar o aquecimento global a 1,5°C até o fim do século, mais de um terço das geleiras da região serão perdidas. Se a temperatura global aumentar 2°C, dois terços dos glaciares do Himalaia derreterão.

O Acordo de Paris de 2015 foi um momento crucial na diplomacia internacional, reunindo governos com diferentes visões sobre como reduzir o aquecimento global. Foi estipulada uma meta de evitar que as temperaturas subam mais de 2°C, ou 1,5°C se possível.

Segundo um estudo recente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, precisariam ser reduzidas a um nível que o planeta consegue absorver - conhecido como net-zero - até 2050 para manter as temperaturas globais em 1,5°C, como previsto no acordo.

O Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas disse que o estudo contou com o trabalho de mais de 350 pesquisadores e especialistas de 22 países. Fonte: Associated Press.

domingo, 17 de março de 2019

Aumento do nível do mar pode engolir países inteiros até 2100


Modelos teóricos chegaram a prever um aumento de 4 metros no nível do mar, o que poderia engolir países inteiros, até 2100, em um cenário de políticas de mitigação conservador.

Paloma Oliveto


Glaciar Renegar, no leste da Antártida: risco de o continente contribuir para a elevação do mar em mais de 39cm é de 5%(foto: Nick Golledge/Divulgação)
Um dos efeitos mais estudados das mudanças climáticas é o derretimento do gelo no Ártico e na Antártida. Modelos teóricos chegaram a prever um aumento de 4 metros no nível do mar, o que poderia engolir países inteiros, até 2100, em um cenário de políticas de mitigação conservador. Esse número pode estar superestimado, diz um grupo de pesquisadores de vários países, em um estudo publicado na Nature. Não se trata, porém, de uma boa notícia. Outro artigo dos mesmos cientistas divulgado também na revista britânica afirma que o degelo na extremidade sul do planeta terá potencial mais devastador do que se imagina, com alterações na temperatura atmosférica que, por sua vez, aumentarão mais o derretimento.

No primeiro artigo, liderado por Tamsin Edwards, do King’s College de Londres, os pesquisadores sugerem que o colapso das falésias de gelo da Antártida no oceano — fenômeno provocado pelo aumento das temperaturas globais, que causa o derretimento das plataformas congeladas — não impactará significativamente no aumento do nível do mar. Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram taxas simuladas de degelo ocorrido há 3 milhões de anos, 125 mil anos e 25 anos — nesse último caso, eles avaliaram os dados reais.


O novo modelo climático aplicado prevê que há apenas 5% de risco de o continente contribuir com uma elevação do nível do mar acima de 39 centímetros até 2100. “A instabilidade das falésias de gelo não parece ser um mecanismo essencial para o aumento do volume oceânico. Mesmo com um cenário de concentrações muito altas de gases de efeito estufa, a contribuição desse fenômeno seria de menos da metade do que foi proposto anteriormente (um metro)”, aponta Edwards.

Isso, porém, não significa que o degelo na Antártida e no Ártico não terá consequências extremas para o planeta, aponta o segundo estudo publicado na Nature. “Sob as atuais políticas governamentais globais, estamos caminhando para um aumento de temperatura entre 3 ou 4 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, fazendo com que uma quantidade significativa de gelo derretido da Groenlândia e da Antártida deságue nos oceanos da Terra. De acordo com nossos modelos, essa água causará interrupções significativas nas correntes oceânicas e aumento no aquecimento em todo o mundo”, disse, em nota, Nick Golledge, do Centro de Pesquisa Antártica da Universidade Victoria, em Wellington, na Nova Zelândia.


A equipe de pesquisadores liderada por ele combinou simulações detalhadas dos efeitos climáticos complexos associados ao derretimento com observações por satélite de mudanças recentes nas camadas de gelo. Como resultado, os cientistas conseguiram criar previsões mais confiáveis e precisas do que ocorrerá considerando as atuais políticas climáticas, segundo Golledge.

Impactos generalizados

As simulações sugerem que o aumento mais rápido na elevação do nível do mar provavelmente ocorrerá entre 2065 e 2075. O derretimento das camadas geladas afetará a temperatura da água e os padrões de circulação nos oceanos, com consequência direta na temperatura do ar. Esses efeitos não serão sentidos de maneira uniforme. “Os níveis de água não se elevam como em uma banheira”, explica Natalya Gomez, pesquisadora do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias da Universidade de McGill, no Canadá, que participou do estudo. “Algumas áreas do mundo, como as nações insulares do Pacífico, sofrerão um grande aumento no nível do mar, enquanto que nas regiões próximas aos polos o nível do mar cairá”, diz.


No entanto, os efeitos do derretimento das placas de gelo são muito mais generalizados do que simplesmente elevar ou reduzir o nível do mar, afirmam os pesquisadores. Os modelos indicam que as principais correntes oceânicas, como a do Golfo, ficarão enfraquecidas. Como consequência, a temperatura atmosférica ficará mais alta no Ártico, no leste do Canadá e na América Central, e as temperaturas mais baixas atingirão o noroeste da Europa, do outro lado do Atlântico.

De acordo com os pesquisadores, esse fenômeno não foi considerado quando se estabeleceram as metas do Acordo de Paris. No estudo, eles destacam que, mesmo que os países cumpram com o prometido no documento, que pretende reduzir as emissões de gases efeito estufa, isso não será suficiente para evitar as alterações nas correntes oceânicas.

Segue padrão de aquecimento

A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) anunciou na quarta-feira (6/2) que a temperatura média da superfície do planeta registrada em 2018 foi a mais alta dos últimos 140 anos, quando se iniciaram os registros do tipo. O ano passado só foi superado por 2016, 2017 e 2015, por ordem decrescente de temperatura, o que significa um padrão de aquecimento ano a ano. “Já não estamos falando de uma situação em que o aquecimento global é algo futuro. Está ocorrendo aqui, agora”, disse Gavin A. Schmidt, diretor do Instituto Goddar de Estudos Espaciais da Nasa, responsável pela análise. Em 2018, o termômetro marcou 0,83 grau Celsius acima do documentado entre 1951 e 1980, mostrou o trabalho. Desde 1880, o planeta ficou 1ºC mais quente, devido às emissões de dióxido de carbono, explicou Schmidt.

Cor dos oceanos mudará no final do século devido à mudança climática


Resultados preveem que as zonas azuis ficarão mais azuis e as verdes ainda mais verdes

Agência Estado

(foto: Joe Raedle/AFP)

Por causa das mudanças climáticas, mais de 50% dos oceanos terão mudado de cor em 2100. A tendência é que as regiões azuis e verdes se intensifiquem, segundo estudo do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos.

O estudo publicado na revista Nature Communications conclui que o aquecimento global está provocando grandes alterações nas populações de fitoplâncton, algas com capacidade de fazer fotossíntese, o que vai afetar a cor dos oceanos.

Os resultados estimam que as zonas azuis, como a dos subtrópicos, ficarão mais azuis, refletindo a redução dos níveis de fitoplâncton - e de vida em geral. Já as verdes, como observado perto dos polos, devem ficar ainda mais verdes, uma vez que temperaturas mais quentes tendem a causar proliferação de espécies de fitoplâncton.

A cor do oceano depende de como raios de sol interagem com moléculas da água. Elas absorvem quase toda a luz solar, exceto a parte azul do espectro, que é refletida de volta. Assim, áreas do oceano aberto, com menos vida, aparentam azul intenso. Quando há organismos no mar, eles podem absorver e refletir diferentes comprimentos de onda de luz, dependendo de suas propriedades, o que muda a percepção da cor. 

O fitoplâncton, por exemplo, contém clorofila, pigmento que absorve mais a porção azul da luz para fazer fotossíntese, e menos verde. Assim, mais verde é refletido de volta e áreas ricas em algas ficam dessa cor.
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Modelo
Os cientistas desenvolveram um modelo que simula o crescimento e a interação de várias espécies de fitoplâncton e como variam à medida que as temperaturas aumentam. E reproduziram o modo como o fitoplâncton absorve e reflete a luz e como afeta a cor do mar, considerando a mudança climática.

Stephanie Dutkiewicz, a diretora de pesquisa do projeto, prevê que mudanças em fitoplâncton podem mudar cadeias alimentares, o que ela vê como "potencialmente sério". Mas admite dificuldade de definir se isso se deve à mudança climática ou à variação natural da clorofila. "Fenômenos como El Niño ou La Niña causariam mudança na clorofila, porque varia a quantidade de nutrientes no sistema." (Com agências internacionais).

sábado, 16 de março de 2019

Pesticida aumenta o risco de câncer de mama e perda de olfato


Contato com o DDT na infância ou na puberdade deixa mulheres mais vulneráveis ao surgimento do tumor cerca de 40 anos depois. Uso da substância é proibido no Brasil há apenas 10 anos




Muito usado no século 20, o produto ainda é aplicado em países da África e da Ásia para combater a malária(foto: Reuters/Enny Nuraheni - 15/3/04)

Longe das prateleiras brasileiras há apenas 10 anos, quando foi proibida sua produção e comercialização, o pesticida DDT aumenta o risco de câncer de mama em mulheres que foram expostas à substância em algum momento da vida. Um estudo publicado, nesta semana, no Journal of the National Cancer Institute, dos Estados Unidos, mostrou que pessoas que tiveram contato com o inseticida antes dos 14 anos, particularmente quando bebês ou no início da infância, têm mais possibilidade de desenvolver esse tipo de tumor antes da menopausa. Já aquelas sujeitas à substância depois dessa fase estão em risco aumentado ao alcançarem os 50-54 anos.


“O que descobrimos é que o tempo realmente importa. Sabemos que se exposições perigosas acontecem quando o tecido das mamas está mudando rapidamente, como na puberdade, isso impacta o desenvolvimento do órgão de forma que pode resultar em câncer posteriormente”, diz Barbara A. Cohn, pesquisadora do Instituto de Saúde Pública dos EUA. “A pesquisa publicada sugere que o DDT afeta o câncer de mama como um disruptor endócrino, que o período de tempo entre a primeira exposição e o risco (da doença) parece ser de cerca de 40 anos, e que outros disruptores endócrinos químicos podem potencialmente simular esse padrão de risco.” Disruptores endócrinos são substâncias externas que, no organismo, agem como hormônios, causando sérias alterações, incluindo o desenvolvimento de tumores.


O DDT foi amplamente usado no mudo todo no século 20. Apesar de banido — em alguns países, desde a década de 1970 —, ele continua presente no meio ambiente e ainda é usado para enfrentar a malária na África e na Ásia. Segundo os pesquisadores do Instituto de Saúde Pública dos Estados Unidos, a cada duas vezes mais exposição ao produto, há um risco três vezes maior de câncer de mama pós-menopausa em mulheres que tiveram contato com o pesticida na puberdade. A substância aumenta a chance de desenvolvimento desse tipo de tumor em pessoas expostas a ela na fase uterina até os 14 anos.


Resultados consistentes


“Embora tenham sido feitos muitos estudos sobre meio ambiente e câncer de mama, apenas uma pequena fração deles, de fato, mediu as exposições ambientais durante janelas de suscetibilidade — nesse caso, início da infância e antes da menarca”, afirma Mary Beth Terry, professora da Universidade de Colúmbia e autora do trabalho. “Os estudos que mediram a exposição ambiental durante as janelas de suscetibilidade, como o nosso, são consistentes em apoiar uma associação positiva com o risco de câncer de mama”, completa a pesquisadora.


A pesquisa baseia-se em dados de 15.528 mulheres, que participaram de um estudo epidemiológico ao longo de seis décadas. Para determinar os níveis de exposição ao DDT, os cientistas analisaram amostras de sangue estocadas, que foram coletadas de 1959 a 1967, durante cada trimestre da gestação e logo depois o pós-parto. Eles usaram dados estaduais para identificar os casos de câncer de mama diagnosticados entre 1970 e 2010 em mulheres de 50 e 54 anos e cruzaram as informações.

Um estudo anterior, de 2007, usou os mesmos métodos, combinando 129 casos de câncer de mama diagnosticados, de 1962 a 1994, em mulheres com até 50 anos de idade. A nova pesquisa expandiu a janela de resultados, considerando casos diagnosticados entre a idade de 50 a 54 anos, quando a maioria das mulheres concluiu recentemente a menopausa. “Enquanto você viaja pela vida, os períodos de risco mudam”, enfatiza Cohn. “Considerando os padrões que observamos, trabalhar para trás para determinar quando uma mulher entrou em contato com a substância pode ajudar na detecção precoce e no tratamento do câncer de mama associado ao DDT.”


"Trabalhar para trás para determinar quando uma mulher entrou em contato com a substância pode ajudar na detecção precoce e no tratamento do câncer de mama associado ao DDT”


Barbara A. Cohn, pesquisadora do Instituto de Saúde Pública dos Estados Unidos

Olfato danificado

No caso dos homens, o contato regular com pesticidas, incluindo o DDT, e herbicidas pode comprometer a capacidade olfativa, segundo estudo da Universidade do Estado de Michigan (EUA). Os pesquisadores chegaram à conclusão após acompanhar 11.200 agricultores ao longo de 20 anos. Os resultados inéditos foram divulgados, neste mês, na revista Environmental Health Perspectives.


Segundo Honglei Chen, principal autor, estudar os agricultores forneceu dados mais confiáveis sobre exposições a pesticidas do que se fosse considerada a população em geral. “Como o uso desses produtos faz parte do trabalho deles, são mais propensos a lembrar quais substâncias usaram e, em casos de alta exposição, a fazer relatos específicos”, justifica.


No início do estudo, 16% dos participantes relataram ter experimentado um evento de alta exposição a pesticidas ou herbicidas, como ter grande quantidade de produto derramada no corpo. Duas décadas depois, eles foram questionados sobre a existência de algum tipo de comprometimento olfativo. Aqueles que tiveram o contato exagerado foram 50% mais propensos a relatar problemas como perda parcial ou total do olfato, segundo os autores.

Água e sabão


A pesquisa também mostrou que uma lavagem imediata, usando sabão e água, pode mitigar o risco de complicações. Comparado com agricultores que nunca experimentaram um evento de alta exposição, aqueles que se limparam em um intervalo de três horas apresentaram risco 40% maior de ter problemas olfativos. Já os que esperaram quatro ou mais horas viram o risco potencialmente duplicar.


A equipe identificou que dois inseticidas — DDT e lindano — e quatro herbicidas — alacloro, metolacloro, 2,4-D e pendimetalina — apresentaram maior associação com o mau olfato. Honglei Chen não descarta outras consequências do contato excessivo com as substâncias. “Mais pesquisas precisam ser feitas, mas alguns estudos ligaram esses produtos químicos ao Parkinson e possivelmente à demência”, diz.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Os 5 países que concentram 70% dos ecossistemas intactos no mundo



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Hoje, mais de 77% da terra (excluindo a Antártida) e 87% do oceano foram modificados por atividades humanas

Cinco países abrigam 70% das áreas terrestres e marítimas virgens no mundo - e o Brasil está entre eles.

Ao lado de Austrália, Canadá, Estados Unidos e Rússia, o país aparece em destaque no primeiro mapa global de ecossistemas intactos da Terra já feito por cientistas - no caso, pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, e da Sociedade para a Conservação da Vida Silvestre. Parte deste projeto foi apresentado por seus autores em um artigo no site da revista Nature no final de 2018.

Eles alertam que o que está nas mãos deste países é de enorme interesse global, mas há poucas ferramentas hoje para proteger especificamente os ecossistemas virgens.

"Os passos que estas nações tomarem (ou falharem em tomar) para limitar a expansão de estradas e rotas de navegação, e para controlar o desenvolvimento em larga escala na mineração, extração de madeira, agricultura, aquacultura e pesca industrial, serão críticos", afirmam.

O estudo destaca como exemplos de biomas que contêm estas florestas a Amazônia; a tundra e a taiga, presentes em países do Hemisfério Norte como Canadá e Estados Unidos; e regiões desérticas da Austrália.

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Austrália, Brasil, Canadá, EUA e Rússia são os cinco países que abrigam a maior área de natureza intacta no mundo

Quando este grupo dos cinco é expandido, 20 países acabam responsáveis por 94% destes ecossistemas intactos - definidos pelos pesquisadores como áreas com nenhuma ou mínima interferência humana.

O levantamento não inclui partes do alto mar fora de fronteiras nacionais e a Antártica.
Perda acelerada

Segundo o artigo, há um século, apenas 15% da superfície da Terra era explorada pela agropecuária.

Hoje, mais de 77% da terra (excluindo a Antártida) e 87% do oceano foram modificados por atividades humanas.

Entre 1993 e 2009, 3,3 milhões de quilômetros quadrados de áreas virgens - uma superfície maior que a Índia - foram perdidos para a agricultura, a mineração e outras ações antrópicas, por exemplo.

No mar, áreas livres da pesca industrial, do transporte marítimo e da poluição estão praticamente confinadas às regiões polares.

Mas qual é especificamente a importância desta natureza intacta, em comparação com fragmentos de florestas em áreas urbanas, por exemplo?
Por que os ecossistemas virgens são importantes

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Biomas do Hemisfério Norte, como a tundra e a taiga, também guardam espécies e processos biológicos com pouca interferência humana

Alguns especialistas em conservação ambiental defendem que ecossistemas remanescentes em regiões degradadas têm uma preservação prioritária pois oferecem benefícios mais diretos como para a saúde humana e para o desenvolvimento turístico.

No entanto, cada vez mais estudos têm revelado as funções cruciais que áreas intactas podem exercer.

Para começar, elas abrigam espécies em uma abudância próxima ao natural - resguardando informações genéticas e processos ecológicos que sustentam a biodiversidade em uma escala de tempo evolutiva.

Por exemplo, no mar, são as áreas virgens que ainda têm populações viáveis de grandes predadores como o atum, o marlim e os tubarões, lembram os autores do artigo na Nature.

Ecossistemas intactos também amortecem desastres naturais e eventos climáticos extremos, do nível local ao global.

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A Amazônia é destacada na pesquisa como um dos exemplos de biomas que abriga áreas de mata virgens

"Simulações de tsunamis, por exemplo, indicam que os recifes de corais saudáveis oferecem ao menos duas vezes mais proteção do que os altamente degradados", escrevem os pesquisadores.

Estas áreas são importantes ainda diante das mudanças climáticas - por exemplo, por estocarem carbono em larga escala.
100% de proteção

Segundo John Robinson, da Sociedade para a Conservação da Vida Silvestre, a Terra já perdeu muito de sua natureza virgem - por isso, a instituição e os pesquisadores de Queensland pedem que nada menos que 100% destas áreas sejam protegidas pela comunidade internacional.

"Devemos aproveitar esta oportunidade antes que estas regiões desapareçam para sempre", alerta.

Os autores do estudo indicam que a proteção passa por mapear e registrar estas áreas como tal, além de oferecer políticas de incentivo para sua preservação.
BBC Brasil

quarta-feira, 13 de março de 2019

Concurso de Professor de Geografia - Simulado 1 2019 - Legislação


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Legislação 
1. De acordo com a Lei 9394/96, Art. 1º, é INCORRETO afirmar que:
(A) A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa.
(B) A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil
(C) A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem nas manifestações culturais
(D) Esta lei negligencia a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

2. ; Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) o princípio IX (nono) consiste na garantia do padrão de qualidade, o que não ocorre na charge abaixo. Este inciso encontra-se:

(A) No artigo 2;
(B) No artigo 5;
(C) No artigo 10;
(D) No artigo 3;

3.  De acordo com o art. 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, preencha as lacunas e assinale a alternativa correta. O ensino fundamental ________, com duração de ________ anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos ________anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão.
(A) obrigatório / 9 (nove) / 6 (seis)
(B) inicial / 9 (nove) / 5 (cinco)
(C) obrigatório / 9 (nove) / 5 (cinco)
(D) obrigatório / 8 (oito) / 5 (cinco)

4. Em consonância aos ordenamentos legais do âmbito federal, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCNEB) trazem um conjunto complexo de elementos importantes para a qualidade do processo de ensino e aprendizagem nas escolas brasileiras. No que se refere à promoção, aceleração de estudos e classifcação as DCNEB ratifcam no Ensino Fundamental e no Médio, “as fguras da promoção e da classifcação podem ser adotadas em qualquer ano, série ou outra unidade de percurso escolhida, exceto no(s) [...]”. Assinale a alternativa correta.
(A) Primeiros anos do Ensino Fundamental
(B) Primeiro ano do Ensino Fundamental
(C) Primeiro ano do Ensino Médio
(D) Penúltimos anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio

5. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente considera-se criança:
(A) pessoa até quatorze anos de idade completos.
(B) A pessoa até doze anos de idade incompletos.
(C) A pessoa até doze anos de idade completos.
(D) A pessoa até seis e doze anos de idade.

Poluição atmosférica causa duas vezes mais mortes do que se pensava


Pesquisadores estimam que só na China ocorreram 2,8 milhões de mortes em 2015 devido a este fenômeno

AF Agência France


(foto: Caio Gomez/CB/D.A. Press/D.A Press)
A poluição atmosférica mata a cada ano de forma prematura 8,8 milhões de pessoas no mundo, o dobro do que era estimado até agora, segundo um novo estudo publicado nesta terça-feira (12).



Entre 40% e 80% destas mortes, baseadas em cifras de 2015, são causadas por ataques cardíacos, AVCs e outros tipos de doenças cardiovasculares, segundo os autores da pesquisa, publicada na revista European Heart Journal.


Isto significa que a poluição atmosférica provoca anualmente mais mortes que o tabaco, responsável por 7,2 milhões de óbitos no mesmo ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).


"Pode-se evitar fumar, mas não se pode evitar estar submetido ao ar poluído", indicou um dos responsáveis do estudo, o professor Thomas Münzel, da Universidade de Mainz (Alemanha).


Em nível mundial, os estudos haviam cifrado até agora o número total de mortes em cerca de 4,5 milhões.

Os pesquisadores estimam que só na China ocorreram 2,8 milhões de mortes em 2015 devido a este fenômeno. Nos 41 países do continente europeu - onde o estudo se concentrou, principalmente - estas totalizaram 790.000, e nos 28 países da UE, 659.000.


Estes cálculos também são superiores aos da Agência Europeia do Meio Ambiente (AEMA).


Em seu informe anual publicado em outubro, a AEMA considerou que a poluição do ar com partículas muito finas (PM2,5), dióxido de nitrogênio (NO2, emitido pelos motores a diesel) e ozônio foi responsável em 2015 por 518.000 mortes prematuras na Europa e por 480.000 na UE.


Os autores alemães do estudo utilizaram uma nova ferramenta estatística: primeiro estimaram a exposição aos poluentes baseando-se em um modelo que simula a maneira como os gases atmosféricos interagem com os compostos químicos procedentes da atividade humana (produção de energia, indústria, transportes, agricultura, etc). 


Depois aplicaram estes dados a um novo modelo estatístico que combina os índices de mortalidade e a exposição.


Fontes de energia limpas

"Utilizamos novas análises de riscos, baseadas em dados epidemiológicos muito mais amplos que até agora e procedentes de 16 países", indicou à AFP um dos cientistas, Jos Lelieveld.


A mortalidade média atribuída à poluição atmosférica por parte destes investigadores é de 120 óbitos anuais por cada 100.000 habitantes. Esta taxa é superior na Europa (133), apesar de que os controles são mais estritos nesse continente que em outras regiões.


"Isto se explica pela combinação de uma má qualidade do ar e de uma forte densidade da população, que deriva em uma exposição situada entre as mais altas do mundo", segundo o professor Lelieveld.


A mortalidade é especialmente elevada no Leste Europeu, com 36.000 mortes por ano na Romênia e 76.000 na Ucrânia, ou seja, taxas superiores a 200 por 100.000 habitantes.


Na Alemanha, a taxa é de 154 mortes por 100.000 habitantes, contra 105 na Espanha e na França e 98 no Reino Unido.


Os autores do estudo consideram "urgente" rebaixar os tetos de exposição às partículas finas.


O limite anual médio para as PM2,5 fixado pela UE é de 25 microgramas por metro cúbico, ou seja, 2,5 vezes mais que as recomendações da OMS.


"Dado que a maior parte de partículas finas e de outros poluentes atmosféricos na Europa procedem da combustão de energias fósseis, é urgente passar a outras fontes de energia", segundo Lelieveld.

Este estudo "parece mostrar que o risco cardiovascular relacionado com a poluição está subestimado e esta constatação me parece pertinente", comentou o médico Holly Shiels, cientista da Universidade de Manchester, que não participou do estudo.


"Até agora, estávamos nos concentrando no risco de câncer relacionado com a poluição do ar ou nos efeitos imediatos no aparelho respiratório. Agora, compreendemos melhor seu vínculo com os problemas cardíacos, os efeitos sobre o cérebro ou a reprodução", declarou à AFP o diretor da AEMA, Hans Bruyninckx, em uma entrevista independente da publicação do estudo.

Concurso de Professor de Geografia - Simulado 1 2019


 Boa Prova
Geografia Hoje

1.  (Barra de Guabiraba-PE 2016) 
É uma planície vasta e aberta onde não há sinal de árvores nem arbustos, com capim baixo em abundância. Estão localizadas em praticamente todos os continentes, com maior ocorrência na América do Norte. A brasileira é o pampa gaúcho. São regiões muito amplas e oferecem pastagens naturais para animais de pastoreio e as principais espécies agrícolas alimentares foram obtidas das gramíneas naturais através de seleção artificial.
(A) Savana
(B) Estepe
(C) Pradaria
(D) Tundra

2. (Ituiutaba-MG 2016) 
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Nome dado ao movimento populacional registrado diariamente nas grandes cidades. Esse tipo de migração envolve milhões de pessoas espalhadas nos grandes centros urbanos de todo mundo. É comum em cidades com uma região metropolitana estabelecida:
(A) Migração sazonal.
(B) Imigração pendular.
(C) Migração Pendular.
(D) Nenhuma das alternativas

3. (Ituiutaba-MG 2016) 
O processo de urbanização intensifica o consumo nas cidades, o que acarreta a produção de mais mercadorias e o aumento do ritmo da atividade industrial. Sobre esse assunto, assinale a alternativa CORRETA:
(A) É certo pensar que a industrialização é o único fator que condiciona o processo de urbanização.
(B) O avanço nos sistemas de telecomunicação e mídias sociais impulsionaram a globalização.
(C) O crescimento acelerado das cidades contribui para fomentar a macrocefalia urbana.
(D) Nenhuma das alternativas.

4. (Santa Cruz do Arari-PA 2016) 
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Em tempo de revolução técnico-científico-informacional, tornar um produto mais valorizado por meio do incremento de inovações tecnológicas é o eixo fundamental para o desenvolvimento da indústria de ponta e dos investimentos públicos em pesquisa. No contexto acima, é correto afirmar que
(A) a transmissão de informações através de cabos de fibra ótica e o desenvolvimento de tecnologia rudimentar na engenharia genética contribuem para grandes avanços em produtos farmacêuticos.
(B) os vultosos investimentos em pesquisas cientificas e tecnológicas promovidos por tecnopolos contribuem para novos materiais, programas de computador e produtos vinculados à biotecnologia.
(C) os Estados Unidos, Egito, Malásia e Japão, campeões nos campos da informação, telecomunicações, da biotecnologia, e mão de obra altamente qualificada, têm contribuído para o maior desenvolvimento da produção industrial do planeta.
(D) a automação por meio de robôs industriais em países de tecnologia de ponta tem gerado uma absorção expressiva da mão de obra no setor industrial, em detrimento do setor de serviços.

5. (Santa Cruz do Arari-PA 2016) 
O trânsito e o transporte nas grandes metrópoles brasileiras são problemas que cada vez mais tomam grandes proporções. Além disso, o modelo econômico adotado, ao incentivar a aquisição de carros, gera, entre outros problemas, os ambientais. Neste contexto, é correto afirmar que
(A) os congestionamentos frequentes nos grandes centros urbanos contribuíram para que o poder público investisse em transporte coletivo de boa qualidade, com veículos novos e seguros.
(B) a imensa frota de veículos é responsável por grande parte da poluição atmosférica nos centros urbanos, visto que contribui para o aumento do efeito estufa, por meio da emissão do dióxido de carbono (CO2).
 (C) a grande concentração de asfalto, concreto e veículos nas cidades faz com que a temperatura média desses lugares seja menor do que em áreas próximas, contribuindo assim para a redução das ilhas de calor.
(D) a pavimentação de vias em áreas urbanas tem contribuído para reduzir a impermeabilização do solo e o entupimento de bueiros e bocas de lobo, permitindo o melhor escoamento das águas da chuva para as redes fluviais.

6. (Santa Cruz do Arari-PA 2016) 
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A globalização, atual fase de mundialização do capitalismo, está para seu atual período informacional como o colonialismo esteve para sua etapa comercial e o imperialismo para a industrial e financeira. Sobre o processo de globalização, é correto afirmar que
(A) é consequência do avanço tecnológico em diversos setores da economia e da modernização dos sistemas de transportes e telecomunicações, que ocorrem de forma diferenciada no meio geográfico e são responsáveis pela aceleração dos fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas.
(B) os fluxos de globalização se dão em rede e seus nós mais importantes são tantos os lugares que dispõem dos maiores mercados consumidores e melhores infraestruturas quanto os lugares de pouco desenvolvimento, portanto a globalização acontece igualmente no sistema mundo.
(C) esse processo tem dimensões essencialmente econômicas que causam grandes impactos para o setor industrial e financeiro, porém a sociedade, a cultura e a política estão isentas desses impactos.
(D) sua expansão capitalista acontece em empresas transnacionais que estão sediadas, principalmente, em países emergentes e pobres, com o objetivo de controlar e manipular mercados dos países desenvolvidos.

7. (São Lourenço do Sul-RS 2016) 
De acordo com Oliveira in ROSS, o Mercosul foi criado a partir do Tratado de Assunção, assinado em 1991. O tratado estabeleceu que a partir de 1º de janeiro de 1995 ficaria implantada de forma definitiva a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países pertencentes a esse bloco econômico, através da eliminação das barreiras tarifária e não tarifária. Qual dos países abaixo NÃO é considerado um país integrante do Mercosul?
(A) Brasil.
(B) Cuba.
(C) Argentina.
(D) Uruguai.

8. (Petrolina-PE 2016) Identifique os tipos de produção agrícola.
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I. Sistema agrícola arcaico, baseado em técnicas rudimentares (queimadas, enxadas), com esgotamento e abandono do solo onde são cultivados produtos de subsistência.
 II. Sistema tradicional que utiliza técnicas mais aprimoradas (adubação e terraceamento) e caracteriza-se por propriedades pequenas e mão-de-obra numerosa.
 III. Sistema agrícola baseado na monocultura e no latifúndio, com mão-de-obra numerosa e produção em larga escala, voltada para o mercado externo.

(A) I. Agricultura itinerante/ II. Agricultura de jardinagem/ III. Agricultura de plantation.
(B) I. Agricultura de subsistência/ II. Agricultura de plantation/ III. Agricultura itinerante.
(C) I. Agricultura de plantation/ II. Agricultura de jardinagem/ III. Agricultura itinerante.
(D) I. Agricultura coletiva/ II. Agricultura de roça/ III. Agricultura jardinagem.

9. (Petrolina-PE 2016) 

O Brasil é considerado um país rico quando o assunto trata de recursos hídricos. Qual desses motivos poderia ocasionar uma crise de água em nosso país?
(A) escassez dos rios intermitentes.
 (B) poluição e desperdício no consumo.
(C) inexistência de rios efêmeros.
 (D) ausência de reservas de águas subterrâneas.

10. (Petrolina-PE 2016) 
A urbanização desordenada, que atinge os municípios despreparados para atender às necessidades básicas, causa uma série de problemas sociais e ambientais, exceto:
(A) a criminalidade

(B) a favelização
(C) a poluição do ar e da água
(D) a diminuição dos resíduos sólidos

Geografia e a Arte

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