Nasa/Divulgação
Telescópio 'caçador' de buracos negros é colocado em órbita
Equipamento ajudará cientistas a estudar expansão do
universo e formação de galáxias
Reuters
O NuStar, telescópio com tecnoloia de raio X que vai dar
mais informações sobre a formação das galáxias, foi colocado em órbita nesta
quarta-feira, 13, para iniciar uma missão de dois anos no espaço, informaram
funcionários da Nasa. O equipamento também vai ser usado para que astrônomos
estudem buracos negros e outros fenômenos espaciais.
O telescópio vai circular na órbia da Terra durante seus
dois anos de missão. O dispositivo é capaz de examinar grupos de galáxias,
supernovas e regiões do espaço onde partículas são aceleradas a uma velocidade
próxima à da luz, como perto de buracos negros.
Quanto às supernovas, os restos da explosão de uma estrela
gigante, os cientistas pretendem obter mais informações sobre traços de titânio
radioativo. "Há uma grande varidade de fenômenos, das estrelas de neutrons
até resquícios de explosões estelares que ainda não identificamos", disse
Fiona Harrison, uma das pesquisadoras do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
As supernovas servem como padrão de medida para determinar a
taxa de expansão do universo. Os astrônomos acreditam que a luz emitida pelas
explosões é um indicador do quão longe a estrela morta está da terra. "Com
essas observações, teremos uma ideia melhor da física de uma supernova",
disse Daniel Stern, cientista do projeto do NuStar.
Os cientistas ainda disseram que a tecnologia de
identificação de raios X do NuStar pode revelar a localização de buracos
negros. "Estamos certos de que toda grande galáxia tem um buraco negro
gigantesco em seus centros e acreditamos que a maioria dos que estão ativos,
atream matéria e emitem muita luz estão escondidos sob nuvens de gás e
poeira", disse Stern. O NuStar é capaz de analisar o espaço por trás
dessas nuvens.
O telescópio tem duas conchas formadas por 133 espelhos
feitos de vidros flexíveis, como os que são usados nas telas de laptops. Como
os raio x precisa de uma grande área para adaptar seu foco, o equipamento tem
também um mastro de quase 11 metros. O custo total foi de US$ 180 milhões.
Jornal O Estado de S. Paulo
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