sábado, 4 de janeiro de 2020

Estudo: Até 2100, precisaremos de mais de 250 calorias extras diárias


Nova pesquisa alemã revelou que o crescimento populacional e o aumento global do IMC médio farão com que nossa dieta típica necessite de mais alimentos
Sabrina Brito


A quantidade de alimento que demandaremos até o fim do século será muito maior do que a atual necessidade Akintunde Akinleye/Reuters


De acordo com um estudo publicado no último dia 23 no periódico científico PLOS ONE, a quantidade de comida necessária para alimentar a população mundial pode aumentar em quase 80% até 2100. Os pesquisadores responsáveis pelo artigo, da Universidade de Göttingen (Alemanha), afirmam que a tendência de aumento no Índice de Massa Corporal (IMC) observada em grande parte do planeta fará com que precisemos de mais calorias para nos satisfazer em um futuro próximo.

Segundo projeções da ONU, a população mundial será de aproximadamente 11 bilhões no final deste século. Segundo a pesquisa alemã, 60% do aumento calórico do qual precisaremos até então será resultado desse vertiginoso crescimento demográfico. Os outros 20% seriam fruto de um provável aumento na altura e no peso médio dos indivíduos até 2100.

A projeção dos cientistas é de que, até o final do século, a energia requerida por cada um sofrerá um crescimento de 253 calorias diárias. É o equivalente a duas bananas grandes ou uma porção de batatas fritas a mais que teremos que comer todos os dias para satisfazer nossos gastos metabólicos, de acordo com o artigo.

Os pesquisadores concluíram ainda que um fracasso em reformular a política alimentar global para lidar com essa mudança pode gerar grande desigualdade econômica e alimentar pelo planeta, o que evidentemente prejudicaria sobretudo as regiões mais pobres. Esse cenário vem do fato de que uma demanda por mais alimentos levará a aumento nos preços da comida. Enquanto os países mais ricos não demorarão a se acostumar com a nova situação, as nações pobres teriam esse desafio à frente, o que pode resultar em má nutrição.
Revista Veja

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