Estudo com estrelas anãs vermelhas mostra que planetas potencialmente habitáveis podem ser vizinhos do Sistema Solar
Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, David A. Aguilar
Ilustração mostra planeta hipotético com duas luas orbitando uma estrela anã vermelha
Astrônomos anunciaram nesta quarta-feira (6) a descoberta de que um planeta parecido com a Terra pode estar bem mais próximo do que se imagina, a cerca de 13 anos-luz de distância, ou cerca de 124 trilhões de quilômetros. Ele ainda não foi propriamente encontrado, mas um estudo sobre estrelas anãs vermelhas mostra que estatisticamente, ele está bem perto.
Em termos espaciais, esta distância é praticamente vizinha. De acordo com Courtney Dressing, autora do estudo, se nossa galáxia, a Via Láctea, fosse do tamanho dos Estados Unidos, estes 13 anos-luz seriam equivalentes ao comprimento do Central Park, em Nova York.
As pequenas e frias anãs vermelhas são o tipo estelar mais comum na Via Láctea, com cerca de 75 bilhões de estrelas.
A equipe do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian usou dados da missão Kepler para estimar que 6% das anãs vermelhas têm planetas como a Terra, isto é, que tenham o mesmo tamanho que o nosso e que recebam tanta luz de sua estrela como a Terra recebe do Sol.
Esta alta taxa de ocorrência deve simplificar a busca por vida extraterrestre.
Ainda assim, é preciso ajustar as expectativas: por serem bastante diferentes do Sol, os planetas que orbitam anãs vermelhas podem também muito diferentes da Terra. Porque as anãs vermelhas são bem menores, os planetas potencialmente habitáveis teriam que orbitar muito mais perto de sua estrela. Eles seriam rochosos como a Terra, mas com atmosferas diferentes, que poderiam gerar tipos de vida completamente diferentes do nosso.
Como as anãs vermelhas também podem ser bem mais velhas que o Sol, isso significa que os planetas também podem ser mais antigos e suas potenciais formas de vida, mais antigas, com mais tempo de evolução.
O Sistema Solar tem 4,5 bilhões de anos, por exemplo, enquanto algumas anãs vermelhas têm 12 bilhões de anos.
O estudo será publicado na próxima edição do periódico Astrophysical Journal .
(Com informações da AP)
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