Relatório da ONU pede esforço global para acelerar redução das emissões de carbono
REUTERS
As emissões de gases do efeito estufa em 2020 serão entre 8 e 12 bilhões de toneladas a mais do que o nível necessário para manter o aquecimento global em apenas 2 graus Celsius e evitar uma grave mudança climática, estimou um relatório da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira.
O relatório anual do Pnuma (Programa nas Nações Unidas para o Meio Ambiente) analisou as atuais promessas de países para reduzir as emissões, e se seriam suficientes.
O estudo constatou a diferença de 8-12 bilhões de toneladas por ano entre as promessas e as reduções nas emissões que os cientistas estimam ser necessárias até 2020 para evitar os efeitos potencialmente devastadores do aquecimento global. A estimativa foi pouco diferente do levantamento de 8-13 bilhões do ano passado.
É "cada vez mais difícil" manter o rumo para limitar os aumentos de temperatura, e a ação global é necessária para acabar com a diferença de emissões, diz o relatório.
Em 2010, os países concordaram em agir para limitar o aumento de temperatura, mas muitos não conseguiram fazer as reduções de emissão para respaldar as promessas.
Representantes de mais de 190 países vão se reunir em Varsóvia, na Polônia, na próxima semana para uma conferência da ONU para discutir cortes de emissões sob um novo pacto climático, que será assinado até 2015, mas que só entrará em vigor em 2020.
Cientistas disseram que as emissões anuais não poderiam ser de mais de cerca de 44 bilhões de toneladas (gigatoneladas) por ano até 2020 para ter uma boa chance de limitar o aumento geral da temperatura a menos de 2 graus Celsius.
As emissões totais globais de gases que provocam o efeito-estufa em 2010 já são de 50,1 gigatoneladas, destacando a escala da tarefa adiante.
"Ação adiada significa uma taxa maior de mudança climática no curto prazo e provavelmente impactos climáticos no curto prazo, assim como o uso continuado de infraestrutura intensiva de energia e intensiva de carbono", disse o subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, em comunicado.
Estudos mostraram que as emissões poderiam ser reduzidas em 14-20 gigatoneladas/ano a um custo de até 100 dólares por tonelada de dióxido de carbono equivalente se as promessas fossem mais ambiciosas e expandidas para incluir todos os países e mais indústrias, dizia o relatório.
O relatório cita o aumento da eficiência energética, energia renovável, melhorias nas práticas agrícolas e a reforma de subsídios ao combustível fóssil como maneiras de diminuir as emissões.
"Conforme seguimos para Varsóvia para a última rodada de negociações climáticas, há uma necessidade real de aumento da ambição por todos os países: ambição que pode levar os países mais rápido e mais longe na direção de resolver as lacunas das emissões e de um futuro sustentável para todos", disse Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção Básica das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, no comunicado.
O relatório anual do Pnuma (Programa nas Nações Unidas para o Meio Ambiente) analisou as atuais promessas de países para reduzir as emissões, e se seriam suficientes.
O estudo constatou a diferença de 8-12 bilhões de toneladas por ano entre as promessas e as reduções nas emissões que os cientistas estimam ser necessárias até 2020 para evitar os efeitos potencialmente devastadores do aquecimento global. A estimativa foi pouco diferente do levantamento de 8-13 bilhões do ano passado.
É "cada vez mais difícil" manter o rumo para limitar os aumentos de temperatura, e a ação global é necessária para acabar com a diferença de emissões, diz o relatório.
Em 2010, os países concordaram em agir para limitar o aumento de temperatura, mas muitos não conseguiram fazer as reduções de emissão para respaldar as promessas.
Representantes de mais de 190 países vão se reunir em Varsóvia, na Polônia, na próxima semana para uma conferência da ONU para discutir cortes de emissões sob um novo pacto climático, que será assinado até 2015, mas que só entrará em vigor em 2020.
Cientistas disseram que as emissões anuais não poderiam ser de mais de cerca de 44 bilhões de toneladas (gigatoneladas) por ano até 2020 para ter uma boa chance de limitar o aumento geral da temperatura a menos de 2 graus Celsius.
As emissões totais globais de gases que provocam o efeito-estufa em 2010 já são de 50,1 gigatoneladas, destacando a escala da tarefa adiante.
"Ação adiada significa uma taxa maior de mudança climática no curto prazo e provavelmente impactos climáticos no curto prazo, assim como o uso continuado de infraestrutura intensiva de energia e intensiva de carbono", disse o subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, em comunicado.
Estudos mostraram que as emissões poderiam ser reduzidas em 14-20 gigatoneladas/ano a um custo de até 100 dólares por tonelada de dióxido de carbono equivalente se as promessas fossem mais ambiciosas e expandidas para incluir todos os países e mais indústrias, dizia o relatório.
O relatório cita o aumento da eficiência energética, energia renovável, melhorias nas práticas agrícolas e a reforma de subsídios ao combustível fóssil como maneiras de diminuir as emissões.
"Conforme seguimos para Varsóvia para a última rodada de negociações climáticas, há uma necessidade real de aumento da ambição por todos os países: ambição que pode levar os países mais rápido e mais longe na direção de resolver as lacunas das emissões e de um futuro sustentável para todos", disse Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção Básica das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, no comunicado.
Folha de S. Paulo
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